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    Training process of the social representations on transsexuality among health professionals : possible ways to overcome prejudice

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    O objetivo deste artigo é identificar e analisar a estrutura das representações sociais dos profissionais de saúde sobre transexualidade. O referencial teórico-metodológico utilizado na pes¬quisa foi a abordagem estrutural das representa¬ções sociais, desenvolvida por Jean-Claude Abric. Foram sujeitos da pesquisa 128 profissionais de saúde de 22 unidades da Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal. A coleta de dados consistiu na aplicação de questionário semies¬truturado baseado na técnica de associação livre com o termo indutor “transexualidade”. Os dados foram tratados no software EVOC 2000. O perfil dos sujeitos indica a predominância de partici¬pantes do sexo feminino e de profissionais da área da enfermagem. Os termos “mudança de sexo” e “preconceito” aparecem provavelmente compon¬do o núcleo central, e “transformação”, “opção”, “respeito” e “aceitação” os sistemas periféricos da representação.The scope of this paper is to identify and analyze the structure of social representations of health professionals about transsexuality. The theoretical and methodological benchmark used was the structural approach to social representa¬tions developed by Jean-Claude Abric. 128 health professionals from 22 health units in the State He¬alth Department of the Federal District of Brasília were interviewed. Data collection consisted of the application of a semi-structured questionnaire based on the technique of free association with the key word “transsexuality.” The data were proces¬sed using EVOC 2000 software. The profile of the subjects reveals the predominance of female par¬ticipants and professionals in the field of nursing. The terms “sex change” and “prejudice” seem to feature as the central nucleus, and “transforma-tion,” “option,” “respect” and “acceptance” are the peripheral systems of representation

    Representações sociais de profissionais de saúde sobre transexualidade

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    Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Ciências da Saúde, Programa de Pós-graduação em Ciências da Saúde, 2012.Introdução: No Brasil, nos últimos anos, a transexualidade tem sido objeto de políticas públicas, principalmente no campo da saúde. Apesar de ser tema de discussões sociais e de investigações acadêmicas e estar frequentemente em evidência nos meios de comunicação, como televisão, revistas e internet, ainda pode ser considerada um universo pouco conhecido. A existência de múltiplas dimensões dessa questão, tanto no que se refere às pessoas que vivenciam a transexualidade, como às pessoas que entram em contato de alguma forma com essa realidade, configuram-na como uma questão complexa. Uma dessas dimensões é o que se sabe sobre a transexualidade e como ela é percebida socialmente, pois esses fatores podem influenciar as relações e as condutas das pessoas ao lidar com essa questão. No campo da saúde, a forma como o profissional de saúde percebe a transexualidade pode ter influência direta nas suas práticas e, consequentemente, na direção e na qualidade da atenção à saúde. Compreender essa percepção se torna fundamental para a construção de uma atenção à saúde de qualidade. Objetivos: Analisar as representações sociais de profissionais de saúde da Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal sobre transexualidade, por meio da identificação de conhecimentos e vivências, e do conteúdo e da estrutura dessas representações. Métodos: Trata-se de um estudo baseado na Teoria das Representações Sociais com 128 profissionais de saúde, médicos, enfermeiros e auxiliares/técnicos em enfermagem de 22 unidades de saúde da Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal, utilizando questionário semi-estruturado auto-aplicável. O processamento dos dados foi feitos pelos softwares ALCESTE e EVOC. Foram observadas todas as recomendações éticas vigentes. Resultados: Quanto ao perfil dos profissionais, nota-se a predominância de participantes do sexo feminino, casados ou vivendo em união estável, católicos e pardos. A idade variou entre 24 e 67 anos (mediana 43, média 42), predominando a faixa etária de 30 a 49 anos (62,4%). Quanto às características profissionais, a maior parte dos participantes é de Centros de Saúde de atenção básica, profissionais da área da enfermagem, sendo que a maior parte são auxiliares ou técnicos em enfermagem e quase 60% afirma já ter atendido uma pessoa transexual ao longo de sua carreira profissional. Em relação ao conteúdo das representações sociais, os profissionais percebem a transexualidade como paciente que muda de sexo e precisa ser aceito, e como pessoas que merecem respeito, mas que falta habilidade profissional para lidar com essa questão. No que se refere à estrutura das representações sociais, os termos “mudança de sexo” e “preconceito” aparecem como pertencendo ao núcleo central, e, dentre outros, “discriminação”, “opção” “coragem” como fazendo parte do sistema periférico. Discussão e Considerações finais: As representações sociais dos profissionais de saúde sobre transexualidade aparentemente tem forte relação com as variáveis categoria profissional, sexo e religião. Relatam que se sentem despreparados para lidar com essa questão, evidenciando a necessidade de uma política de educação permanente em saúde que atenda a essa demanda. A construção de um sistema de saúde que contribua para a redução das desigualdades e para a melhoria da qualidade de vida da população passa pela compreensão da construção de processos relacionais, como o estigma, oferecendo subsídios para uma formação profissional que se aproxime mais das realidades da população. _________________________________________________________________________________ ABSTRACTIntroduction: In Brazil, during these latest years, transsexuality has been object of public policies, especially in the health field. Although being subject for academic social debates and investigations and also being frequently under the spot in the media, such as television, magazines and the internet, the matter itself might be considered a few known universe. The existence of multiple dimensions for this matter, concerning those people living their transsexuality as much as the people somehow in touch with this reality, turn it into a complex question. One of those dimensions is what is known about transsexuality and how it is socially percept, for these factors might influence people’s relations and behaviors as dealing with the matter. In the health field, the manner how the health professional perceives transsexuality might have direct influence on one’s practices and, therefore, on the course and the quality of attention to healthcare. Understanding this perception becomes fundamental in order to build a quality attention to healthcare. Objectives: Analyzing health professionals from the Health Office of Distrito Federal social representations on transsexuality through the identification of knowledge and experience, and of the contents and structures of such representations. Methods: This is a study based on the Social Representation Theory held with 128 health professionals, doctors, nurses and nursing technicians or assistants from 22 health units in the Health Office of Distrito Federal using a semi and self applied questionnaire. The data processing was made by the software ALCEST and EVOC. All the ethical recommendation established was observed. Results: As for the professionals profile it can be noticed the predominance of the female sex participants, married or living in a stable relationship, catholic and brown. The age varied between 24 and 67 years old (median 43, average 42), prevailing the age range from 30 to 49 years old (62,4%). As for the professional characteristics the majority of the participants was from Health Centers for basic attention, professionals of the nursing field, being most of them nursing technicians or assistants, and almost 60% of them claim have already taken care of a transsexual person during their professional career. Concerning the content of the social representations the professionals perceive transsexuality as a patient who changes his or her sex and needs to be accepted, and people that deserve respect, but they also admit that lacks professional ability to handle this matter. About the structure of the social representations the terms “sex change” and “prejudice” appear as belonging to the core of the question, and among others, “discrimination”, “option” and “courage” make part of the peripheral system. Discussion and Final considerations: The health professionals’ social representations on transsexuality apparently have strong relation to the variables professional category, sex and religion. They report feeling unprepared to handle this matter, evidencing the need of a permanent educational policy in the health ambit that attends this demand. The construction of a health system that contributes to the reduction of inequality and the improvement in the quality of life of the population passes by the comprehension of the construction of relational processes such as the stigma, offering subsidies to a professional formation that reaches the different realities of the population
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