94 research outputs found

    Sono e envelhecimento

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    O sono está associado a uma variedade de alterações, incluindo a respiração, a função cardíaca, o tónus muscular, a temperatura, a secreção hormonal e a pressão sanguínea (Madalena, 1979). O sono continua a ter funções que se desconhecem, mas, sabe-se que é mais essencial à vida do que comer e beber (Paiva, 2008). As suas variações com a idade são reconhecidas desde há muito tempo. O idoso dorme aproximadamente 6 horas, o período de latência é maior, o sono é mais superficial apresentando ausência dos estádios mais profundos. O idoso saudável apresenta diminuição na quantidade de horas de sono noturno, no entanto, tem períodos de sono diurno (Camara & Camara, 2006). Ferreira e Azevedo (2001) consideram que os problemas de sono no idoso são a principal causa de diminuição de qualidade de vida. Com este trabalho pretendemos realizar uma revisão da literatura que nos permita identificar as alterações do sono que surgem com o avançar da idade, assim como, as suas causas e consequências. É nosso intuito ainda, realçar a importância de introduzir uma correta higiene do sono como forma de promover a saúde tanto a nível físico como mental

    Envelhecimento ativo

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    O conceito “Envelhecimento Ativo” foi introduzido em 2002 pela Organização Mundial de Saúde, definindo-o como o “processo de optimização das oportunidades para a saúde, participação e segurança, para melhorar a qualidade de vida das pessoas que envelhecem” (pg. 12). O incremento da qualidade de vida preconizado como objectivo fulcral do envelhecimento activo, contempla não unicamente indivíduos saudáveis e activos, mas também indivíduos frágeis, fisicamente incapacitados ou que necessitem de cuidados. Este conceito é mais abrangente que o conceito de envelhecimento saudável, pois para além da saúde são tomadas em conta os aspectos socioeconómicos, psicológicos e ambientais (Ribeiro & Paúl, 2011). Num projecto de envelhecimento activo, para além das políticas e programas que incrementam a saúde física, são igualmente importantes aquelas que promovem as relações sociais e a saúde mental. Em Portugal, a promoção do envelhecimento activo constituía uma das estratégias de intervenção do Programa Nacional para a Saúde das Pessoas Idosas (DGS, 2004), programa este elaborado com o aval científico da Sociedade Portuguesa de Geriatria e Gerontologia. Com este trabalho pretende-se através de uma revisão da literatura, apresentar os principais determinantes do envelhecimento activo, bem como, alguns dos muitos programas de promoção do mesmo, efectuados em distintos países

    Repercussão dos estereótipos sobre as pessoas idosas

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    Os estudos científicos que abordaram os estereótipos acerca dos idosos, realizados essencialmente desde o final da primeira metade do século XX, revelaram maioritariamente durante várias décadas o predomínio injustificado de uma imagem negativa acerca do envelhecimento e acerca das pessoas idosas, tendência esta destacada e contestada por diversos autores (Lehr, 1977/1980; Palmore, 1988; Laforest, 1989/1991; Moragas, 1995; Belsky, 1999/2001; Motte e Tortosa, 2002). Tais estereótipos que podem traduzir-se em barreiras à funcionalidade dos idosos, não passam de falsas concepções, na medida que negam a enorme heterogeneidade que caracteriza o processo de envelhecimento e que está presente, mesmo quando nos reportamos a grupos etários de idade avançada. Atendendo que com frequência os estereótipos negativos levam a atitudes negativas, e as atitudes negativas suportam estereótipos negativos, urge implementar estratégias sociais que visem o seu combate e impeçam a sua manifestação

    Idoso e paremiologia : fonte de sabedoria

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    A palavra é um elemento decisivo nas relações humanas (Miguel, 2005). A pós-modernidade caracteriza-se por quatro pontos essenciais: mobilização no sentido de estreitar relações entre a ciência e outras formas de conhecimento; flexibilização da ciência no uso de metodologias; reflexão sobre a interdisciplinaridade como forma de restituir um saber, até então construído na direcção da espacialidade e da fragmentação e por último na reflexão crescente sobre a necessidade de democratizar o saber, ou seja necessidade de apropriação colectiva dos frutos da ciência como forma de promover a democracia, a liberdade e o desenvolvimento (Boaventura Santos, 2000). Resultante de um estudo fenomenológico procurou-se encontrar corroboração científica dos provérbios na área da saúde, verificou-se que de 290 provérbios estudados, existe fundamento científico em 57% e 86% dos provérbios situam-se no âmbito da promoção da saúde (Antão, 2009). Pelo exposto e, considerando o postulado de que a aprendizagem é feita ao longo da vida, tal como nos diz o provérbio “aprender até morrer”, recordamos no entanto que o marco fundamental da aprendizagem é a infância e os saberes geracionais explorados no ambiente familiar, social e escolar poderão ser uma mais-valia no âmbito da saúde. O idoso, além de muitos outros actores é aquele que se situa em relevo pelo: conhecimento da realidade da vida e sua pela experiência e vivência

    Doença renal crónica: qualidade de vida

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    Os profissionais de saúde têm capacidade de influenciar os resultados dos doentes com doença crónica, através de competentes cuidados, compreendendo a forma como os doentes se sentem em relação à sua doença, ao seu compromisso no processo de tratamento e à sua capacidade de controlar o impacto nas suas vidas, melhorando a sua qualidade de vida. Pretendeu-se avaliar a percepção da Qualidade de Vida relacionada com a saúde em doentes com insuficiência renal crónica em diálise. Foi desenvolvido um estudo transversal e descritivo numa amostra de 263 pessoas com IRC, em diálise, em 2007. O instrumento de medição utilizado foi o SF-36 v2. Foi verificada relação estatística entre os factores sócio-demográficos e clínicos e os índices de qualidade de vida relacionados com a saúde destes doentes. Verificando-se valores médios de qualidade de vida superiores nos doentes do sexo masculino, nos mais jovens, com maiores habilitações, com companheiro/a, trabalhadores activos, maiores rendimentos, com menos tempo de tratamento, com menor número de doenças associadas e com um menor número de complicações. Só conhecendo as variáveis relacionadas com a qualidade de vida se podem implementar medidas ou tomar decisões no sentido de melhorar a qualidade de vida dos doentes. Motivo pelo qual se torna indispensável esta avaliação, sendo os enfermeiros, os técnicos de eleição nesta abordagem, dado o tipo de relação que estabelecem com os doentes e o tempo que passam junto deles

    Comportamento de jovens face ao álcool

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    Não estando definida a fronteira entre o consumo normal e o excessivo, é indiscutível a sua associação entre o álcool e casos de morbil-mortalidade. O consumo de álcool está associado à violência interpessoal, comportamentos de risco e um fator que contribui para comportamento sexual de risco, doenças sexualmente transmissíveis e da infecção pelo HIV (who, 2010). A vida académica é mesclada de acontecimentos e desafios, por isso, momentos de lazer, alegria, euforia e liberdade para serem colocados em ato um conjunto de ações que atingem, com frequência, a borderline do risco (Rebelo e cols, p.28). Realizar uma avaliação diagnóstica das perceções dos estudantes sobre o álcool e estimular a reflexão de forma a confrontar as suas respostas com a realidade científica. Estudo quantitativo, descritivo e transversal. Foi aplicado um questionário a 47 estudantes do ensino superior em sala de aula, previamente à abordagem dos efeitos de substâncias químicas no organismo e os seus efeitos sobre a saúde individual e coletiva com o objetivo de saber qual a sua perceção sobre a temática. A colheita de dados ocorreu no ano letivo 2011/2012. Os estudantes inquiridos tinham idades compreendidas entre os 18 e 28 anos , + _ 19,87. Predomínio do sexo feminino 38 respostas e 10 sexo masculino. Quando questionados se alguma vez se tinham embriagado 83% respondeu afirmativamente e 17% disseram nunca ter acontecido. Dos 47 estudantes, 7 (15%) deles, admitiram já se ter conduzido sob o efeito do álcool. O consumo do álcool foi considerado prejudicial por 81% (38 3studantes), Destes apenas, 6% mencionam que causa dependência, os restantes, mencionam ser um agravo à saúde em geral. A embriaguez está fortemente associada com complicações agudas tais como violência, em particular doméstica, acidentes de viação e outros, podendo igualmente provocar graves problemas crónicos de saúde e sociais (Breda 2010, p.7). O facto de 7 estudantes já terem já conduzido sob o efeito do álcool também é preocupante pois, como afirmam Mello, Barrias e Breda , (2001), o álcool é uma importante causa de morte em acidentes de estrada, sendo a causa direta e principal, em 40 a 50% dos acidentes mortais. Considerando que outros comportamentos de risco estão associados ao consumo desta substância, é necessário cada vez mais reiterar mensagens corretas e adequadas provenientes de âmbitos e setores diferentes de forma a capacitar os jovens para a tomada de decisões responsáveis em prol da sua saúde

    Idadismo

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    O termo idadismo (ageism) foi introduzido em 1969 por Butler (1969, p.243), definindo-o como um processo de “estereótipos e discriminação sistemática contra as pessoas por elas serem idosas, da mesma forma que o racismo e o sexismo o fazem com a cor da pele e o género”. Para Palmore (1999), o idadismo traduz um preconceito ou uma forma de discriminação, contra ou a favor a um grupo etário. A discriminação pode ocorrer de uma forma pessoal por indivíduos ou institucional, traduzido pela discriminação para com os idosos, resultante da política de uma instituição ou organização. O idadismo pode acarretar várias consequências para a população mais idosa

    Alerta ... AVC! O que sabemos?

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    Este estudo procurou investigar qual o nível de conhecimento dos sinais e sintomas do acidente vascular cerebral. Optou-se por um estudo quantitativo, descritivo e transversal. Participaram 171 indivíduos. Os dados foram recolhidos em 2009, utilizando-se a técnica de amostragem não probabilística acidental. A maioria da amostra revelou desconhecimento dos três sinais de alerta primordiais na deteção precoce do acidente vascular cerebral

    Airborne exposure of Rhizobium leguminosarum strain E20-8 to volatile monoterpenes: effects on cells challenged by cadmium

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    Volatile organic compounds (VOCs) are produced by plants, fungi, bacteria and animals. These compounds are metabolites originated mainly in catabolic reactions and can be involved in biological processes. In this study, the airborne effects of five monoterpenes (α-pinene, limonene, eucalyptol, linalool, and menthol) on the growth and oxidative status of the rhizobial strain Rhizobium leguminosarum E20-8 were studied, testing the hypothesis that these VOCs could influence Rhizobium growth and tolerance to cadmium. The tested monoterpenes were reported to have diverse effects, such as antibacterial activity (linalool, limonene, α-pinene, eucalyptol), modulation of antioxidant response or antioxidant properties (α-pinene and menthol). Our results showed that non-stressed cells of Rhizobium E20-8 have different responses (growth, cell damage and biochemistry) to monoterpenes, with α-pinene and eucalyptol increasing colonies growth. In stressed cells the majority of monoterpenes failed to minimize the detrimental effects of Cd and increased damage, decreased growth and altered cell biochemistry were observed. However, limonene (1 and 100 mM) and eucalyptol (100 nM) were able to increase the growth of Cd-stressed cells. Our study evidences the influence at-a-distance that organisms able to produce monoterpenes may have on the growth and tolerance of bacterial cells challenged by different environmental conditions.publishe

    Capacidade funcional e adesão ao regime terapêutico: a realidade de uma população idosa

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    Em Portugal, nas últimas décadas, o aumento da esperança média de vida, o aumento do índice de envelhecimento, bem como do índice de longevidade, constitui uma realidade que acarreta preocupações, mas também desafios. Em idades mais avançadas é comum encontrar-se um maior risco da presença de patologias, essencialmente de cariz crónico, sendo estas por enumeras vezes responsáveis, por um lado, pela necessidade de um maior consumo do número de fármacos, por outro, por um aumento do nível de dependência da pessoa idosa nas atividades básicas de vida diária. Objetivo: O presente trabalho pretendeu avaliar a relação entre a adesão terapêutica e a capacidade funcional da pessoa idosa na realização das atividades de vida diária. Material e método: Desenhou-se um estudo descritivo, analítico, transversal de cariz quantitativo. A população alvo incluiu idosos do concelho de Macedo de Cavaleiros. Aplicou-se um formulário constituído por questões sociodemográficas e clínicas, pela escala de Barthel e pela escala Medida de Adesão Terapêutica (MAT). Resultados: Obteve-se uma amostra de 376 pessoas idosas, maioritariamente do sexo feminino (56,6%), com maior predomínio do estado civil casado/união de facto (48,4%). Verificou-se ainda que 44,1% da amostra refere viver com o cônjuge e a maioria (55,9%) não possui qualquer tipo de apoio domiciliário. Do total de inquiridos, 67,29% foram considerados independentes, 26,86% como ligeiramente dependentes e 5,85% como moderadamente dependentes. Constatou-se a existência de valores médios mais baixos de adesão ao regime terapeutico medicamentoso no grupo das pessoas idosas que se encontravam na categoria ligeiramente/moderadamente dependentes, comparativamente ao grupo dos independentes, com significância estatística (p=0,000). Conclusão: Atendendo às responsabilidades das instituições de saúde para com o processo de adesão ao regime terapêutico, será fulcral envolver equipas multidisciplinares, redes de apoio social informais ou formais, que apostem na identificação atempada das necessidades das pessoas idosas, com consequente definição e implementação de intervenções/programas de boas práticas, que visem a melhor adesão terapêutica possível
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