14 research outputs found
Are drought and wilfires turning Mediterranean cork oak forests into persistent shrublands ?
In the Iberian Peninsula Mediterranean
oak forests have been transformed into a mosaic
landscape of four main patch-types: forests, savannas,
shrublands and grasslands. We used aerial photographs
over a period of 45 years (1958–2002) to
quantify the persistence and rates of transitions
between vegetation patch-types in southern Portugal,
where cork oak is the dominant tree species. We used
logistic regression to relate vegetation changes with
topographical features and wildfire history. Over the
45 years, shrublands have been the most persistent
patch-type (59%), and have been expanding; forests
are also persistent (55%) but have been decreasing
since 1985; savannas and grasslands were less
persistent (33% and 15%, respectively). Shrublands
persistence was significantly correlated with wildfire
occurrence, particularly on southern exposures after
1995. In contrast, forest persistence decreased with wildfire occurrence, and forests were more likely to
change into shrublands where wildfire had occurred
after 1995
A conceptual model of sprouting responses in relation to fire damage: an example with cork oak (Quercus suber L.) trees in Southern Portugal
The sprouting response types of 1,151
cork oak (Quercus suber) trees one and half years
after a wildfire in southern Portugal were characterised.
It was hypothesised that different response types
should occur according to the following conceptual
model: an increased level of damage (fire severity) on
a sprouting tree that suffered a crown fire was
expected to be reflected in a sequence of four
alternative events, namely (a) resprouting exclusively
from crown, (b) simultaneous resprouting from crown
and base, (c) resprouting exclusively from base and
(d) plant death. To assess whether the level of
expected damage was influenced by the level of
protection from disturbance, we explored the relationships
between response types and tree size, bark
thickness and cork stripping, using an informationtheoretic
approach. The more common response type
was crown resprouting (68.8% of the trees), followed
by plant death (15.8%), simultaneous resprouting
from crown and base (10.1%) and basal resprouting
(5.3%). In agreement with the conceptual model,
trees which probably suffered a higher level of
damage by fire (larger trees with thinner bark;
exploited for cork) died or resprouted exclusively from base. On the other hand, trees that were well
protected (smaller trees with thicker bark not
exploited for cork) were able to rebuild their canopy
through crown resprouting. Simultaneous resprouting
from the crown and base was determined mainly by
tree size, and it was more common in smaller tree
Factors affecting post-fire crown regeneration in cork oak (Quercus suber L.) trees
Cork oak (Quercus suber) forests are acknowledged
for their biodiversity and economic (mainly cork
production) values. WildWres are one of the main threats
contributing to cork oak decline in the Mediterranean
Basin, and one major question that managers face after Wre
in cork oak stands is whether the burned trees should be
coppiced or not. This decision can be based on the degree
of expected crown regeneration assessed immediately after
Wre. In this study we carried out a post-Wre assessment of
the degree of crown recovery in 858 trees being exploited
for cork production in southern Portugal, 1.5 years after a
wildWre. Using logistic regression, we modelled good or
poor crown recovery probability as a function of tree and
stand variables. The main variables inXuencing the likelihood
of good or poor crown regeneration were bark thickness,
charring height, aspect and tree diameter. We also
developed management models, including simpler but easier
to measure variables, which had a lower predictive
power but can be used to help managers to identify, immediately
after Wre, trees that will likely show good crown
regeneration, and trees that will likely die or show poor
regeneration (and thus, potential candidates for trunk
coppicin
Vulnerabilidade de emissão de gases com efeito de estufa devido a incêndios em ecossistemas florestais: Quatro casos de estudo no espaço SUDOE
Trabajo presentado en el 9º Congresso Florestal Nacional Portugal, celebrado en Funchal (Portugal) del 10 al 14 de octubre de 2022.Os incêndios florestais são uma das maiores fontes globais de emissão de Gases com Efeito de Estufa (GEE), os quais interferem na entrada de radiação solar, a qualidade do ar e o clima a escalas regionais e globais. Durante um processo de combustão completa, o O2 está presente em quantidade suficiente e o CO2 é um dos GEE que é mais libertado. Pelo contrário, num processo de combustão incompleta, a combustão é muito ineficiente e contribui para a emissão de outros gases como CO, metano e óxido nitroso em maiores quantidades. Este último processo pode ocorrer também devido a condições ambientais, severidade do incêndio, e humidade do combustível, entre outros fatores. Para o presente estudo, o stock de C armazenado na vegetação foi considerado como a principal fonte potencial de GEE a ser libertada devido a incêndios florestais. No âmbito do projeto SUDOE REMAS- Gestão de risco de emissão de gases com efeito de estufa em incêndios florestais (SOE3/P4/E0954), a vulnerabilidade às emissões de GEE por incêndios florestais foi mapeada em quatro áreas de estudo florestais no sul da Europa: Serra do Caldeirão (SC-Portugal), Chelva (CH-Espanha), Guadalajara (GJ- Espanha) e Landes de Gascogne (LG-França). Estas áreas, dominadas por diferentes ecossistemas florestais, apresentam diferentes vulnerabilidades ao fogo e às emissões de GEE. Definiu-se vulnerabilidade como as características do ecossistema florestal que o tornam suscetível a perder C (emissões) devido a incêndios florestais e foi quantificada espacialmente para cada área de estudo com base no produto de três componentes: i) Exposição - probabilidade de uma área para arder (%); ii) Sensibilidade - risco de perda instantânea de C em caso de incêndio (proporção entre 0 e 1); (iii) Resiliência - recuperação do sistema após o incêndio (meses). Para estimar as três componentes da vulnerabilidade utilizaram-se áreas ardidas, mapas de uso e ocupação do solo (COS) e imagens de satélite (Landsat). A exposição foi estimada para cada classe de COS como o produto da sua seletividade ao fogo pela frequência do fogo na área de estudo. A sensibilidade foi estimada com o índice NBR (Normalized Burn Ratio) antes e depois do incêndio para cada classe de COS. A resiliência foi estimada por comparação da diferença de NBR entre área ardida e a área não ardida circundante ao longo do tempo, até esta diferença ser nula. Pósteriormente, os valores de biomassa (e C) em 2020 foram estimados com base nos dados dos inventários florestais recolhidos nas parcelas de campo e extrapolados para toda a área de estudo com recurso a machine learning e utilizando-se a correlação entre biomassa e o índice NBR. Por último, com o produto da vulnerabilidade pelo valor estimado de C obteve-se a perda de C por hectare por ano, para cada área de estudo. A exposição ao fogo variou entre 0,1% (LG) e 2,3% (SC), a sensibilidade entre 0,71% (GJ) e 0,89 (LG), e a resiliência entre os 33 meses (SC) e os 60 meses (LG). Como resultado, a perda de carbono ao longo do tempo nas áreas de estudo selecionadas variou de 530 a 200 kg C.ha.ano-1, sendo mais elevada em CH e mais baixa em LG. Obteve-se também um mapa de vulnerabilidade dos ecossistemas florestais, à perda de carbono por incêndios florestais, por pixel (30 x 30m), com base na biomassa atual estimada. Estes resultados permitem uma atualização contínua e pretendem apoiar a gestão e as políticas florestaisEstudo desenvolvido no âmbito do projeto REMAS-SUDOE “Gestão do risco de emissões de gases com efeito de estufa por incêndios florestais”, financiado pelo Programa INTERREG SUDOE, FEDER (UE), referência REMAS – SOE3/P4/E0954
Projeto REMAS: Gestão do risco de emissões de gases com efeito de estufa em incêndios florestais
Trabajo presentado en el 9º Congresso Florestal Nacional Portugal, celebrado en Funchal (Portugal) del 10 al 14 de Octubre de 2022.O fogo é uma parte essencial na formação da paisagem mediterrânica e de alguns processos ecológicos que aí ocorrem. Dependendo das características do fogo, as características da vegetação e as propriedades do solo podem alterar-se significativamente. Os efeitos do fogo a longo prazo ainda não são bem compreendidos, principalmente na região mediterrânica. O SUDOE, espaço que compreende o Sudoeste da Europa, necessita de florestas saudáveis e funcionais que garantam o fornecimento de bens e serviços para as sociedades rurais. O projeto REMAS-SUDOE, cujos parceiros são a Universidade Politécnica de Valência (UPV, ES), Universidade de Valência (UV-CIDE, ES), Diputación de Valencia (DIVAL, ES), Instituto Nacional de Investigación y Tecnología Agraria y Alimentaria (INIA, ES), Município de Loulé (CML, PT), Instituto Superior de Agronomia (ISA/Ulisboa, PT), Ecole Nationale Supérieure des Sciences Agronomiques de Bordeaux Aquitaine (Bordeaux Sciences Agro, FR), e coordenação da AMUFOR - Asociación de Municipios Forestales de la Comunidad Valenciana (ES), visa melhorar a ligação e a eficácia dos planos de prevenção e recuperação de incêndio, incluindo a gestão de risco de emissões de gases com efeito estufa resultantes de incêndios florestais nas regiões do espaço SUDOE, que são as mais vulneráveis aos impactes das alterações climáticas. O projeto tem como objetivo (i) quantificar orisco de emissão de gases com efeito de estufa (GEE) em áreas sujeitas a incêndios florestais; (ii) quantificar e desenvolver cartografia de armazenamento de carbono; (iii) propor medidas de recuperação pós incêndio, com vista à minimização do dano e à aceleração da recuperação dos stocks de carbono; e (iv) contribuir para incluir a gestão do risco de emissões de GEE por incêndios florestais no planeamento nacional, e das regiões SUDOE. As áreas de estudo do projeto estão situadas em Chelva (Comunidade Valenciana, Espanha), Parque Natural do Alto TajoTejo (Guadalajara, Espanha), e em Landes de Gascogne (Aquitânia, França). Em Portugal, a área de estudo é a Serra do Caldeirão no Algarve, onde domina o sobreiral. No âmbito do projeto, a estimativa do risco de emissão de GEE tem sido feita com deteção remota, sistemas de informação geográfica (SIG) e com base em informação recolhida em campo dos stocks de carbono na vegetação e solos, tanto em áreas ardidas como não ardidas, com e sem gestão, para analisar os efeitos do fogo e da gestão na dinâmica do carbono. Os principais resultados apontam para uma perda instantânea de carbono de 0 a 89% após o fogo, sendo mais elevada na área de estudo francesa (dominada por pinheiro-bravo). A perda de carbono no tempo é entre 200 e 530 kg C ha-1 ano-1, sendo maior em Chelva. A recuperação total da capacidade de sequestro de carbono foi avaliada em 3 anos após o fogo na Serra do Caldeirão, sendo a recuperação mais rápida de todas as áreas de estudo, o que mostra uma elevada resiliência das florestas de sobreiro ao fogo. Os resultados preliminares para a Serra do Caldeirão indicam que o stock de carbono na vegetação é de cerca de 16 ton C ha-1 e mostram uma boa recuperação das propriedades físicas e químicas dos solos, 8 e 16 anos após os incêndios. Estes resultados irão permitir identificar as melhores práticas para diminuir o risco de emissão de GEE e para ações de restauro de áreas ardidas.Estudo desenvolvido no âmbito do projeto REMAS-SUDOE “Gestão do risco de emissões de gases com efeito de estufa por incêndios florestais”, financiado pelo Programa INTERREG SUDOE, FEDER (UE), referência REMAS – SOE3/P4/E0954
Gestão das áreas florestais comunitárias/baldios em Portugal
Os terrenos comunitários portugueses - baldios, têm uma história centenária. Desde os seus primórdios, as populações rurais locais usaram estes terrenos para garantir a sua subsistência, o que implicou uma alteração progressiva da paisagem através da utilização de florestas, campos agrícolas, e pastagens. Assim, foram-se desenvolvendo as vertentes económicas e sociais locais que no presente caracterizam os baldios. Estes territórios passaram por diversos regimes de gestão e governança e a sua maior parte foi arborizada no século passado. Atualmente, são estruturas, em que os proprietários, i.e., compartes, estão organizados em assembleias onde todos os compartes têm assento, e podem optar por diferentes formas de gestão dos baldios. Num contexto de desafios e de necessidade de informação sobre a situação atual dos terrenos baldios, realizou-se um simpósio sobre a gestão das áreas florestais comunitárias/baldios, no âmbito do 9° Congresso Florestal Nacional que decorreu na Madeira em 2022. Este artigo reúne as principais visões acerca do tema apresentadas no evento, e lista possíveis passos para melhorar a governança e valorização dos baldios portugueses
Development of a model to estimate the risk of emission of greenhouse gases from forest fires
While the Mediterranean basin is foreseen to be highly affected by climate change (CC) and
severe forest fires are expected to be more frequent, international efforts to fight against CC do not
consider forest fires’ greenhouse gas (GHG) emissions risk and the possibility of its mitigation. This
is partly due to a lack of a methodology for GHG risk spatial assessment and consideration of the
high value of carbon stocks in forest ecosystems and their intrinsic risk. To revert this, an innovative
GHG emission risk model has been developed and implemented in a pilot forest area. This model
considers geospatial variables to build up emission vulnerability based on potential fire severity and
resistance of a landscape, value at risk and the hazard of a fire occurrence. The results classify low,
moderate and high emission risks in the analysed areas. This identification of hotspots allows the
prioritisation of fire prevention measures in a region to maximise the reduction of GHG emissions in
the case of a fire event. This constitutes the first step in a holistic and consistent CC mitigation that
not only considers anthropic GHG sources but also possible GHG emissions by forest fires that can
be actively prevented, managed and reducedinfo:eu-repo/semantics/publishedVersio