134 research outputs found

    O Adolescente e seu Pathos

    Get PDF
    Partant de l'interrogation sur l'intersection entre psychanalyse et adolescence, soutenue fondamentalement en clinique, le texte présente le produit une recherche menée depuis au moins vingt ans, partant de ces axes fondamentaux : l'adolescence est un choix du sujet qu'il paie avec le détachement de l'autorité des parents, conformément à l'expression freudienne de 1905, et qui présuppose la castration. Dans ce sens, on s'interroge sur la relation adolescence et psychose. Le texte explore encore les voies possibles d'un changement chez l'adolescent, prenant comme exemple le personnage de Melchior dans la pièce de Frank Wedekind et la patiente George, de Charles Sarnoff.A partir da interrogação da intersecção entre psicanálise e adolescência, que aqui se sustenta fundamentalmente na clínica, esse texto lança o produto de uma pesquisa iniciada há pelo menos vinte anos, estabelecendo seus eixos fundamentais: a adolescência é uma escolha do sujeito que ele paga com o desligamento da autoridade dos pais, conforme a expressão freudiana de 1905, e que pressupõe a castração. Nessa medida, questiona-se a relação adolescência e psicose. O texto explora ainda os possíveis franqueamentos de um sujeito adolescente, tomando como exemplo a personagem de Melchior na peça de Frank Wedekind e a paciente George, de Charles Sarnoff.Questioning the intersection between psychoanalisis and adolescence, and fundamentally sustained on the clinical work, this text presents the product of a research that has been carried out for at least 20 years, setting its fundamental axes: the adolescence is a choice of the subject which is paied with the desconnection from the parental authority, as Freud puts it in 1905, and supposes castration. In that way, the relationship between adolescence and psicosis is tackled. The text explores still the possible ways to allow the adolescent subject a change, taking as an example the caracter Melchior in Frank Wedekind's play and the pacient George, as described by the psychoanalyst Charles Sarnoff

    Encaminhamentos e dispersão. Questões para a psicanálise no hospital

    Get PDF
    Na relação entre psicanálise e medicina nos hospitais gerais e nos institutos de psiquiatria se verifica a importância da fala não só para a escuta do paciente como também no intercâmbio institucional entre os diversos profissionais. Quando não há a circulação da palavra, enormes idiossincrasias podem ocorrer na clínica, como exemplifica o caso Jovelina. Quando, ao contrário ela comparece, é possível sustentar mutuamente o trabalho, independente dos saberes e práticas implicados. Só então leva-se em conta o sujeito e a clínica se dá na plena extensão do conceito. O caso Lia, uma adolescente, o demonstra claramente. Por outro lado, há inúmeros casos em que a psicanálise pode aprender algo da medicina e vice-versa. Visa-se com este trabalho sustentar a hipótese de que medicina e psicanálise são dois saberes que têm diferentes recortes da realidade e que é no respeito por essa diferença que o encontro das duas práticas pode ser o mais frutífero. Procuramos sustentar esta hipótese através de quatro exemplos clínicos

    Crack! Harm reduction has stopped, or was the death drive?

    Get PDF
    O que a psicanálise tem a dizer sobre tantas questões que envolvem as drogas, que de longe ultrapassam a questão de seu uso? Questões, diríamos, históricas, clínicas e políticas. O objetivo desse texto é discutir vicissitudes que as perpassam. Não apenas nos acercarmos do “problema drogas”, mas pensar como a presença da psicanálise pode fazer frente a determinados discursos que se presentificam nesse campo de atuação e que estão longe de pôr o sujeito em questão. Trabalhar com a psicanálise é levar em conta a pulsão de morte. É lançar mão de um saber que nos permite uma orientação de tratamento que leve em conta o que há de mortífero no uso de drogas nas toxicomanias, pondo em relevo a posição de gozo do sujeito. É, além disso, pôr em questão o que há de mortífero em determinados direcionamentos políticos que transformam o sujeito em objeto.What does psychoanalysis have to say about so many issues involving drugs, which far outpass the question of their use? Historical, clinical and political issues, as we could say. The purpose of this text is to discuss vicissitudes that pervade them. We do not only approach the “drug problem,” but also think about how the presence of psychoanalysis can deal with certain discourses that can be found in this field and which are far from questioning the subject. Working with psychoanalysis is to take the death drive into account. It is to use a knowledge that allows us a treatment orientation that considers what is deadly in the use of drugs in drug addiction, highlighting the position of jouissance of the subject. It is, moreover, to question what is deadly in certain political directions that transform the subject into an object

    A mudança de sexo em Freud

    Get PDF
    A transexualidade como referência à cirurgia de mudança de sexo tem o caso de Christine Jorgensen como marco inicial, datado 1952. Porém, é de 1931 a observação de Freud segundo a qual toda a sexualidade feminina decorre de uma mudança de sexo. Destacamos o momento em que a menina resiste à posição feminina, o que remete à castração e à posição de objeto. Retomaremos essas observações de Freud para, então, verificar até onde elas podem – ou não – orientar o psicanalista na atualidade quando ele se encontra com a clínica não apenas da transexualidade, mas da própria sexualidade, no que tange a ocupar as posições de sujeito ou de objeto diante do parceiro sexual

    Sexuation, desir et jouissance: entre névrose et perversion

    Get PDF
    Cet article reprend trois questions lancées par Freud en 1927, dans son texte exceptionnel intitulé «Le fétichisme», pour les repenser à partir de l'enseignement de Lacan des années 1970, connu comme le champ de la jouissance. L'article utilise les formules quantiques de la sexuation afin de vérifier l'évidence logique du « pas de rapport sexuel » dans les positions sexuelles qu´une personne peut occuper avec ses partenaires dans les structures névrotiques et pervers. Nous avons interrogé quelques variantes pour un sujet avec son partenaire par rapport à la jouissance et le désir. L'article évalue les trois types de jouissance proposés par Lacan pour le rapport du sujet à son partenaire sexuel : la jouissance féminine - aussi appelé supplémentaire et Autre jouissance - la jouissance mystique et la jouissance perverse. Nous revisitons quelques cas travaillées par Lacan quant aux distinctions fondamentales entre névrose et perversion, pour reprendre, finalment, les questions introduites par Freud.Este artículo parte de tres preguntas del texto de Freud de 1927, llamado “Fetichismo”, para reflexionar sobre ellas desde el punto de vista de la enseñanza de Lacan en la década de 1970, conocida como el campo del goce. El artículo hace uso de las fórmulas cuánticas de la sexuación, para comprobar la evidencia lógica del “no hay relación sexual” en las posición sexual que un sujeto puede tener con su pareja, en las estructuras neuróticas y perversas. Hemos cuestionado algunas variantes de un sujeto con su pareja en relación al goce y al deseo. El artículo analiza los tres tipos de goce propuestos por Lacan para la relación del sujeto con su pareja sexual: el goce femenino - también llamado complementar y goce Otro -, el goce místico y el goce perverso. Se revisita los casos trabajados por Lacan para cuestionar lo que distingue fundamentalmente la neurosis de la perversión, para retomar, las cuestiones introducidas por Freud.Este artigo retoma três perguntas lançadas por Freud em 1927, no seu excepcional texto intitulado "Fetichismo", para repensá-las a partir do ensino de Lacan dos anos 1970, conhecido como o campo do gozo. O artigo se serve das fórmulas quânticas da sexuação, para verificar a evidenciação lógica "a relação sexual não existe" na posição sexuada que um sujeito pode ocupar com seus parceiros nas estruturas neurótica e perversa. Interrogamos algumas variantes do sujeito com seu parceiro no gozo e no desejo. Para tanto, retomamos os três tipos de gozo verificados por Lacan na relação do sujeito com o parceiro na posição sexuada: o gozo feminino - também chamado de suplementar e gozo Outro -, o gozo místico e o gozo perverso. Revisitam-se os casos trabalhados por Lacan para questionar o que distingue fundamentalmente o neurótico do perverso, ou seja, retomando as questões introduzidas por Freud.This article takes up Freud's three questions proposed in his exceptional text from 1927 entitled “Fetishism”, to rethink them from the point of view of Lacan's teaching during the 1970s, known as the field of jouissance. The article makes use of the quantic formulas of sexuation to verify the logical evidence “there is no sexual relation” through the sexual position which individuals can occupy with their partners in the neurotic and perverse structures. We have questioned some variants of the subject with it's partner in relation to jouissance and desire. The article discusses the three types of jouissance checked by Lacan in the subject's relation to the sexual partner, the feminine jouissance - also called supplementary and Other jouissance -, the mystical jouissance and the perverse jouissance. Cases worked by Lacan are revisited to question what distinguishes the neurotic and the perverse, resuming the issues introduced by Freud

    Um caso específico de objeto na paranóia

    Get PDF
    The case of a motherless paranoid patient who finds in evacuation a way of minimizing the invasion of the Other, and who relates to be relieved when letting feces out, led us to the hypothesis that the extraction of the object a, the feces, is an attempt to carry out an operation in the real that wasn`t accomplished in the symbolic. After analyzing the function of his delusion, we concluded that the construction of a delusional metaphor, which was possible through the identification with an ideal signifier, barres the jouissance of the Other and helps the subject, at least temporary, to localize jouissance in an object outside the body. This hypothesis was also verified in the light of the conceptualization of grief as losing a piece of oneself, in case of an impossible mourning.O relato de um sujeito paranóico que encontra na evacuação uma forma de amenizar a invasão do Outro, referindo alívio com a saída das fezes, nos levou a levantar a hipótese de ser uma tentativa de extração do objeto a, fezes, fazendo no real a operação que não aconteceu no simbólico. Após uma análise da função do delírio, em contraponto com a fantasia, concluímos que a construção de uma metáfora delirante, possível a partir da identificação do paranóico ao significante ideal, barra o gozo do Outro e permite que o sujeito localize o gozo em um objeto fora do corpo, por um instante. &nbsp

    Sexualidade e Questões de Gênero na Adolescência: Contribuições Psicanalítica

    Get PDF
    The institutional clinical practice with adolescents in a university hospital in the present times raises questions about both gender and sexuation. Such questions are not exclusively at the level of practice, but also of theory, requiring it's refinement. We introduce it in the context of psychoanalysis. Methodologically, we left the clinic to question the theory, allowing it to be enriched, as Freud wanted, from the beginning, when he observed that in psychoanalysis there is no theory without clinic. Although we are based on psychoanalytic authors, we do not fail to imply references in authors of the connection fields of psychoanalysis, which often bring fundamental elements to the intended refinement. We conclude by presenting a case to exemplify the questions that led us to the research.A prática clínica institucional com adolescentes em um hospital universitário atualmente levanta questões tanto sobre gênero quanto sobre sexuação. Tais questões não se colocam exclusivamente a nível da prática, mas também da teoria, exigindo um afinamento desta. Introduzimo-lo no contexto da psicanálise. Metodologicamente, partimos da clínica para questionar a teoria, permitindo enriquecê-la, como queria Freud desde o início, quando observava que, em psicanálise, não há teoria sem clínica. Apesar de nos basearmos em autores psicanalistas, não deixamos de implicar referências em autores dos campos da conexão da psicanálise, que muitas vezes trazem elementos fundamentais para o afinamento pretendido. Terminamos com a apresentação de um caso para exemplificar as questões que nos levaram à pesquisa

    CONTRIBUIÇÕES DE JEAN OURY PARA VERIFICAR UMA POSSÍVEL EMERGÊNCIA DO SUJEITO NA ESCOLA

    Get PDF
    Discutimos a inserção da psicanálise em instituições educacionais em articulação com o conceito de Coletivo de Jean Oury como operador da distinguibilidade necessária para a garantia do singular. Levantamos a hipótese de que a subversão assim promovida abre um novo modo de fazer clínica e dá possibilidade à emergência do sujeito, mesmo em instituições de sistema de corte fechado, situação de tantas escolas. Associamo-lo com o efeito que pode ter o mais-um quando funciona num cartel, operando do lugar daquele que pode provocar uma elaboração sem deixar de ser também sujeito no contexto, como é o analista na instituição educacional

    Psychotherapy in Hospitals in Brazil and Some Contributions from Psychoanalysis: A Historical Study

    Get PDF
    Abstract Psychotherapeutic practice in hospitals in Brazil started in the 1950s even before the profession of psychologist in the country was formalized, and has been building a fairly rich history because it is differentiated according to the development of the practice over the decades as a function of the various clinical methods associated with it, as a consequence of the policies and/or different theoretical orientations that have underpinned it. Twenty years after this practice began, during the 1970s, the field of mental health was configured as a major center of absorption of psychologists in an attempt to change the prevailing medical model. It is at that time that we can first see the formation of multidisciplinary teams linked to psychotherapy treatments. When we examine the relationship between the advancement of the practice and its theoretical foundations, in a field where political orientations toward the practice carried no less weight, we realize that this entire movement has led to important developments in the history of psychology in general. In order to specify what clinical practice in hospitals has contributed to psychology in general, it is necessary to follow its guidelines over the decades, where we can confirm that a certain prevalence of psychoanalysis has been and is being established. To the extent that it is characterized as a discourse directed at the subject, it is fundamental that it allows for situating the work in the hospital in an exchange with the medical field in such a way that each field may sustain its own particularities, respect their differences, and contribute, each in their own way, toward the advancement of clinical work. From the 1950s through today, clinical practice highlights a concern with asserting subjectivity in hospitals where the contributions of some psychoanalytical developments to different forms of psychotherapy have not been lacking. S. Alberti et al. 4
    corecore