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    A associação salmeterol//fluticasona é mais eficaz do que a fluticasona e o montelukast oral na asma

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    RESUMO: Em todo o mundo, as taxas de morbilidade e mortalidade relacionadas com a asma têm vindo a aumentar. Segundo as normas intervencionais (Guidelines), os objectivos do manejamento da asma brônquica devem ser o controlo de sintomas e a prevenção das exacerbações e consequente melhoria da qualidade de vida do doente asmático. à amplamente aceite que a terapêutica corticosteróide inalada é o tratamento preventivo disponível mais eficaz devido ao seu papel anti-inflamatório. No caso de doentes que permanecem sintomáticos sob corticoterapia por via inalatória, a associação de β2 agonista de longa acção com o salmeterol traduzse numa melhoria da função pulmonar e controlo dos sintomas mais significativa do que a observada com a duplicação da dose de corticosteróides. Está comprovada a eficácia da combinação de β2 agonistas de longa acção e corticosteróides inalados no tratamento da inflamação e disfunção do músculo liso â mecanismos fisiopatológicos envolvidos na asma.Não é ainda perfeitamente clara a vantagem da adição de antileucotrienos embora existam diversos estudos que evidenciam uma modesta melhoria da função pulmonar e dos sintomas diários quando esta classe de fármacos é associada à corticoterapia inalada.A análise actual compara a eficácia clínica de associação do salmeterol e do montelukast à corticoterapia por via inalatória (propionato de fluticasona) em adultos com asma que estão sintomáticas apesar da terapêutica referida.Foi efectuado um estudo multicêntrico, randomizado, duplamente cego, com um grupo controlo, englobando indivíduos asmáticos com idadeâ¥15 anos medicados com corticóides inalados durante, pelo menos, as 4 semanas que antecederam o estudo. Apresentavam obstrução das vias aéreas reversível após inalação de um β2 agonista de curta acção numa dose â¤800 μg (â FEV1â¥15%).Foram excluídos os doentes com infecções respiratórias, exacerbações requerendo hospitalização nas últimas 4 semanas, submetidos a corticoterapia oral ou endovenosa nesse período ou mais de 2 vezes nas últimas 12 semanas, fumadores UMA>10, mulheres grávidas ou em período de amamentação e doentes cuja terapêutica de manutenção foi alterada nas últimas semanas.Após um período de run-in de 4 semanas, os doentes foram submetidos durante 12 semanas à associação salmeterol/ propionato de fluticasona 50/100 μg duas vezes/dia ou propionato de fluticasona 100 μg duas vezes/dia e montelukast 10 mg uma vez/dia. Os doentes registaram diariamente os scores de sintomas, o PEF matinal e o uso de terapêutica de alívio.Foram observados às 4, 8 e 12 semanas de tratamento, tendo a função pulmonar sido avaliada nessas datas. Foi feito o levantamento das exacerbações que foram classificadas em ligeira (terapêutica de alívioâ¥3 inalações/ dia em relação ao basal em 2 dias consecutivos), moderada (requerendo CT oral e/ ou antibióticos) ou grave (necessitando de hospitalização).Foi monitorizada a segurança e tolerabilidade do tratamento através do registo dos efeitos adversos em cada visita clínica. Nestas foi efectuada observação pela ORL.Foram avaliados 1168 doentes, tendo sido 725 submetidos a terapêutica (356 salmeterol/ propionato de fluticasona e 369 a propionato de fluticasona e montelukast). A compliance foi elevada em ambos os grupos: 96% e 97%, respectivamente.Após 12 semanas de tratamento, o aumento do PEF matinal foi significativamente superior no grupo salmeterol/ fluticasona (36 L/min) em comparação com o 2.º grupo (19 L/min; p<0,001). A melhoria do FEV foi também significativamente maior no grupo salmeterol/fluticasona (p<0,001). A associação permite um melhor controlo dos sintomas diurnos e nocturnos, sendo as exacerbações mais raras e o uso da terapêutica de alívio menor. Ambos os tratamentos foram bem tolerados. A satisfação com os resultados obtidos com a terapêutica instituída foi superior no 1º grupo (92,9% versus 83,8%; p<0,005). A melhoria da função pulmonar observada após a administração de associação salmeterol/ fluticasona foi significativamente superior em relação à verificada com a corticoterapia inalada e o montelukast. COMENTÃRIO: Os resultados deste estudo revelaram que a associação salmeterol/ propionato de fluticasona (50 μg/ 100 μg) em 2 tomas/dia durante 12 semanas era mais eficaz que propionato de fluticasona 10 μg duas vezes/dia e montelukast 10 μg uma vez/dia no tratamento de doentes com asma moderada ou grave. A associação traduz-se numa melhoria significativamente superior da função pulmonar, dos scores de sintomas e numa redução da frequência das exacerbações.Este estudo foi efectuado para demonstrar os benefícios da associação de β2 agonistas de longa duração (salmeterol) ou anti-leucotrienos (montelukast) à corticoterapia por via inalatória em doentes sintomáticos.Os critérios de inclusão implicaram que se tratasse de indivíduos asmáticos com sintomatologia e requerendo aumento da terapêutica de manutenção. A reversibilidade com a administração de salbutamol podia potencialmente favorecer o grupo salmeterol/ fluticasona. No entanto, este critério de selecção é fundamental para o correcto diagnóstico de asma e foi utilizado em numerosas análises retrospectivas. O período de 12 semanas é suficiente para demonstrar o máximo efeito do salmeterol e do montelukast, o que já tinha sido provado anteriormente.A redução da frequência da exacerbação de asma é importante na diminuição da morbilidade e mortalidade dos doentes asmáticos, melhorando a sua qualidade de vida e reduzindo os custos associados à doença.Numerosos estudos revelaram que a associação de salmeterol/corticóides inalados tem maiores benefícios clínicos do que a administração deste fármaco e anti-leucotrienos, traduzindo-se num menor número de visitas ao Serviço de Urgência e diminuição do uso de terapêutica de alívio.No estudo actual, a diferente eficácia não pode ser atribuída à diferença na compliance, visto esta ter sido elevada em ambos os grupos. Está, também, provado que o uso da terapêutica múltipla em dispositivos diferentes e várias tomas diárias contribui para uma má compliance.Em resumo, nos doentes sintomáticos sob doses baixas de corticóides inalados, ambas as terapêuticas são eficazes, embora no 1.º grupo os benefícios sejam significativamente superiores. Estes resultados estão de acordo com estudos realizados anteriormente com montelukast e zafirlukast e confirma que a associação salmeterol/fluticasona é a opção preferencial para doentes não controlados com a corticoterapia inalada. Palavras-chave: Salmeterol propionato de fluticasona, associação terapêutica, asma, montelukas

    Obesity impacts the regulation of miR-10b and its targets in primary breast tumors

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    Obesity increases breast cancer (BC) risk in post-menopausal women by mostly unknown molecular mechanisms which may partly be regulated by microRNAs (miRNAs). We isolated RNA from paired benign and malignant biopsies from 83 BC patients and determined miRNA profiles in samples from 12 women at the extremes of the BMI distribution by RNA-seq. Candidates were validated in all samples. Associations between miR-10b expression and validated target transcript levels, and effects of targeted manipulation of miR-10b levels in a primary BC cell line on proliferation and invasion potential, were explored.This article is freely available via Open Access. Click on the publisher's link to access the full-text

    Performance Characteristics of Breezhaler((R)) and Aerolizer((R)) in the Real-World Setting

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    The evaluation of errors in use with different inhaler devices is challenging to quantify as there are a number of definitions of critical and non-critical errors with respect to inhaler use; in addition, performance characteristics of the device, such as airflow resistance, can also influence effective use in the real-world setting. Repeated observations and checking/correcting inhaler use are essential to optimise clinical effectiveness of inhaled therapy in patients. Breezhaler® is a single unit-dose dry powder inhaler used in chronic obstructive pulmonary disease and in asthma (budesonide) that has low airflow resistance, making it easier for patients of varying disease severities to achieve the inhalation flow rate required for lung deposition of treatment. Similar to Breezhaler®, the Aerolizer® is a single unit-dose dry powder inhaler used in asthma management with low airflow resistance. Studies have shown relatively low rates of critical errors with Breezhaler® and Aerolizer®, with similarities in the critical errors reported; these data on critical errors together with similarities in the usability of Breezhaler® and Aerolizer® further support the functional similarity between the two devices in both asthma and chronic obstructive pulmonary disease. Breezhaler® also has patient-feedback features, including use of a transparent drug capsule that can be checked after inhalation to see it is empty. The low resistance of the dose-confirming Breezhaler® results in less inspiratory effort being required by patients for its effective use, which allows the device to be used effectively across a wide age range of patients and disease severities

    International Study Group. The salmeterol/fluticasone combination is more effective than fluticasone plus oral montelukast in asthma

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    AbstractThe aim of this study was to compare the efficacy and safety of salmeterol/fluticasone propionate combination product (SFC) with fluticasone propionate (FP) plus oral montelukast (M) over 12 weeks in symptomatic asthma patients. The study was a multinational, randomised, double-blind, double-dummy, parallel-group design in patients aged ≥15 years. After a 4-week run-in during which all patients received FP 100 μg twice daily, patients were randomised to inhaled SFC (50/100 μg) twice daily or inhaled FP 100 μg twice daily and oral M 10 mg once daily. Patients kept daily records of their peak expiratory flow (PEF), symptom scores and use of rescue medication. Over the 12-week treatment period, the adjusted increase in mean morning PEF was significantly greater in the SFC group (36 l/min) than the FP/M group (19 l/min;P <0.001). The improvement in FEV1 was also significantly greater in the SFC group (mean treatment difference 0.11 l; P<0.001). SFC provided significantly better control of daytime and night-time symptoms and there were fewer exacerbations. Patients in the SFC group were also significantly more likely to have a rescue-free day. Both treatments were equally well tolerated. Combination therapy with FP plus salmeterol (SFC) produced significantly greater improvements in lung function and asthma control than the addition of montelukast to FP
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