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Controle ácido-básico na hipotermia The acid-base management in hypothermia
O emprego da hipotermia profunda tem se constituído, atualmente, numa Importante estratégia para melhoria da qualidade técnica e resultados em cirurgia cardiovascular. A hipotermia reduz os danos teciduais induzidos pela isquemia por diminuir o metabolismo e preservar os fosfatos energéticos. A regulação do pH tecidual durante a hipotermia é fundamental para a manutenção da homeostasia celular, já que a hipotermia induz alterações desse pH pela mudança provocada na constante de dissociação da água. A questão do melhor manuseio dos gases sangüíneos durante a hipotermia induzida tem sido objeto de controvérsia. Duas abordagens têm sido preconizadas para o manejo das alterações iónicas durante a hipotermia. A regulção pH-stat envolve a manutenção do pH constante de 7,40 em todas as temperaturas com ajustes da PaCO2 e a regulação α-stat permite a variação do pH sangüíneo, que aumenta conforme a diminuição da temperatura e o conteúdo total corpóreo de CO2 é mantido constante. Nesta presente revisão a relação entre pH sangüíneo e intracelular e as alterações iónicas induzidas pela hipotermia são discutidas.<br>Deep hypothermia is a usefull tool to improve technical results in cardiovascular surgery and is nowadays the major strategy used to reduce ischemic injury. Hypothermia reduces metabolism and preserves cellular stores of high-energy phosphates. The regulation of tissue pH during hypothermia is important for cellular homeostasis. Furthermore, hypothermia has important effects on pH by altering the dissociation constant of water and various metabolics intermediates and the question of optimal blood gas management during deliberate hypothermia has been subject of much controversy. Two approaches have been advocated for pH management during hypothermia, the first termed pH strategy, where blood pH is maintained constant at 7,40 at all temperatures with PaCO2 adjustment, and in the second type of regulation, termed α-stat strategy, the blood pH is increased according to decrease in temperature and the total CO2 , content of the blood remain constant. In this present review the relationship between blood pH and intracelular pH and the ionic alterations induced by hipothermia are discussed
Fotodesbridamento de válvulas aórticas calcificadas com laser de CO2 Photodebridement of calcified aortic valve, with CO2. laser
Os autores estudam 6 válvulas aórticas calcificadas retiradas de pacientes operados de troca valvar aórtica, submetidos a fotodesbridamento com raios laser de CO2. Os estudos radiográficos, fotográficos, histopatológicos e pesagens realizadas revelam ter sido o fotodesbridamento extenso, resultado em válvulas restauradas morfológica e funcionalmente. Mostram as vantagens do método quando comparado às substituições da valva por prótese e prevêem aplicação clínica para este método.<br>The authors present 6 cases of calcified aortic valves, removed from patients during aortic valve replacement, which underwent photodebridement with CO2 laser. Radiographic, photografic weight and histopathological studies have shown extensive debridement, and the valves showing improved morphology and function. The advantages of the procedure made concerning valve replacement and clinical application is foreseen for the method
Reconstrução da continuidade ventrículo-pulmonar (conexão VD-TP): técnicas e táticas cirúrgicas
Os autores revisam as técnicas cirúrgicas utilizadas para a reconstrução da continuidade ventrículo direito (VD) e o tronco pulmonar (TP), dando ênfase às diferentes técnicas e associação, dependendo das formas anatômicas de cada lesão. Apresentam, para ilustração, 2 casos, operados com o uso de um novo conceito de prótese biológica produzida com a valva pulmonar e o tronco pulmonar suíno, preservados em glutaraldeído mediante dois modelos: retalho bivalvulado e tubo valvulado na experiência atual. No período de maio/91 e junho/95, foram operados 48 pacientes, em 43 foi usado retalho bivalvulado e, em 5 casos, prótese tubular valvulada. Houve 5 (10,4%) óbitos imediatos e 2 (4,6%) tardios. Este novo conceito de reconstrução da valva pulmonar e via de saída do ventrículo direito, usando heteroenxertos valvulados evita a insuficiência pulmonar significativa e apresenta baixa incidência de calcificação. É uma técnica facilmente reprodutível
Diminuição do sangramento pós-operatório produzido pela heparina, após aplicação tópica de adenosina trifosfato (ATP) em cirurgia cardíaca com circulação extracorpórea ATP reduce blood lost produced by heparin in cadiopulmonary bypass operation
A concentração de heparina doi determinada no sangue de pacientes submetidos a cirurgia cardíaca com circulação extracorpórea, antes e depois da sua neutralização com protamina. Determinouse também a quantidade de heparina no sangue coletado dos drenos da cavidade torácica 12 horas após a operação. Cerca de 15% da heparina, a despeito de um tempo de coagulação normal, permanece na circulação após a administração de protamina, e também é encontrada no sangue coletado dos drenos da cavidade torácica. O peso molecular médio dessa heparina circulante, bem como da encontrada nos drenos torácicos, foi ao redor de 7 KiloDaltons (KDa), comparando ao de 15 KDa da heparina dosada no sangue antes da sua neutralização pela protamina. Graças a achados anteriores de que as heparinas de baixo peso molecular, responsáveis pelo sangramento da ferida operatória, podem ser neutralizadas por trifosfato de adenosina (ATP)4, a cavidade torácica de pacientes consecutivos e não selecionados, divididos em 3 grupos de 15, foi lavada com diferentes concentrações, ou de ATP (10-5, 5 x 10-4 M) ou com protamina, ou, ainda, apenas com solução fisiológica (grupo controle). Observou-se uma curva dose-resposta linear entre a diminuição do sangramento com o aumento da dose da ATP utilizada. ATP, numa concentração de 10-4 M, diminuiu significativamente o volume de sangue drenado da cavidade torácica dos pacientes (média de 288 ± 188 ml), quando comparado ao grupo que recebeu protamina (média de 496 ± 210 ml), e ao grupo controle (média 564 ± 288 ml) (p It was previously shown that topical application of heparin produces enhanced bleeding from small vesseis and capillaries. Adenosine triphosphate at low concentrations is able to disalodge heparin bound to a receptor, counteracting its antihemostatic activity. This results led us to measure the amounts of heparin remaining in the blood after protamine neutralization of the patients subjected to cardiopulmonary bypass operation and to test the topical application of the nucleotide denosine triphosphate at a concentration of 10-4 mol/L significantly reduces the blood volume (p<0,005) oozed from the thoracic cavity of the patients (mean 288 ± 188 ml) when compared with controls (mean 564 ± 288 ml). Adenosine triphosphate at 5 X 10-5 mol/L reduces the blood loss to a mean of 370 ± 155 ml in the patients tested (p<0.08). About 10% of heparin of low molecular weight (< 6.0 Kda), which is also found in the oozed blood, is not neutralized by protamine. We suggest that the excessive blood loss of the patients is probably produced by low molecular weight heparins in the commercial preparations that are not neutralized by protamine
Measurement of heparin in cardiac surgery wilh extracorporea circulation
In order to quantify seric levels of heparin, its attenuation as a time function and its residual value after neutralization with protamine sulfate, blood samples were collected, at pre-set intervals, from 27 patients undergoing myocardial revascularization surgery under extracorporeal circulation. After heparinization (400 Ul/Kg), blood samples were collected at 5, 10, 30 and 60 minutes and subsequently every 30 minutes depending upon the extracorporeal circulation lenght. At each hour after heparinization, a new heparin dose (200 Ul/Kg) was administered. The samples were kept at 4ºC prior to the heparin extract process, which was performed by physical/chemical method. The dosages showed that 5 minutes after heparinization the patients show maximal blood concentration of heparin and after 60 minutes it is aproximately 68% of the concentration at 5 minutes. At 90 minutes time, that is, after re-heparinization, the concentration of heparin is 96% of the one showed on the fifth minute and after the protamine sulfate neutralization (1.5:1), a residual value corresponding to 4% of the one initially observed is still found. It was observed that older patients have a tendency to keep longer seric heparin level, and heparin concentration at a given time could be estimated by the Equation Heparin - Concentration = 104.7 + (-12.85 x minutes (In) + 0.25 x age).Com o objetivo de quantificar o nível sérico de heparina, sua atenuação em função do tempo e o valor residual após a neutralização com sulfato de protamina, foram coletadas amostras de sangue em tempos pré-estabelecidos em 27 pacientes submetidos a revascularização do miocárdio com circulação extracorpórea. Após a heparinização (400 Ul/kg) as amostras de sangue foram coletadas nos tempos de 5, 10,30 e 60 minutos e subseqüentemente a cada 30 minutos, dependendo do tempo da circulação extracorpórea. A cada hora, após a heparinização, administrava-se nova dose de heparina (200 Ul/kg). As amostras eram armazenadas à temperatura de 4ºC antes do processo de extração da heparina que foi realizado por métodos físico-químicos. As dosagens mostraram que 5 minutos após a heparinização os pacientes apresentaram concentração sangüínea máxima de heparina e, ao tempo de 60 minutos, a sua concentração é de aproximadamente 68% da encontrada aos 5 minutos. Ao tempo de 90 minutos, ou seja, após a reheparinização a concentração de heparina é 96% da evidenciada aos cinco minutos e, após a neutralização com sulfato de protamina (1,5:1), ainda se encontra um valor residual de heparina que corresponde a 4% do observado inicialmente. Observou-se que os pacientes mais idosos têm uma tendência a manter um nível sérico mais prolongado e através da equação (Cone. de heparina = 104,7 + (- 12,85 x minutos (In)) + 0,25 x idade) podemos estimar a concentração de heparina em determinado tempo.Escola Paulista de MedicinaUNIFESP, EPMSciEL
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