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    Otimização do registo clínico electrónico em periodontologia : casuística das patologias periodontais de uma clínica universitária

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    Introdução: os registos clínicos são parte integrante do exercício da arte Médica merecendo especial atenção na forma como são efetuados. Atualmente, na Medicina Dentária, estes são cada vez mais realizados em suporte eletrónico e, portanto, torna-se importante a otimização dos mesmos no sentido de recolher informação clínica o mais completa possível, de uma forma simples e eficaz. Objetivos: otimização de um RCE com inclusão de um módulo de classificação de diagnóstico periodontal; realização de uma casuística de patologias periodontais através de um RCE. Materiais e Métodos: numa primeira fase, formulou-se um modelo conceptual para registo de patologias periodontais, com vista ao desenvolvimento de um módulo de RCE, a integrar no programa Newsoft®, utilizado na Clínica Dentária Universitária da Universidade Católica Portuguesa, em Viseu. Após implementação dessa ferramenta informática, desenvolveu-se um estudo prospetivo, com uma recolha de dados clínicos periodontais realizada entre o período de 22 de fevereiro e 10 de maio de 2017, que incluiu todos os doentes residentes no distrito de Viseu que recorreram à clinica para tratamentos periodontais. Foram analisadas as variáveis: código postal, idade, género, hábitos tabágicos, patologia cardiovascular, HTA, diabetes e sua tipologia e o diagnóstico periodontal. Resultados: o módulo de registo das patologias periodontais foi introduzido no sistema de RCE da clínica universitária, para a atribuição de um diagnóstico periodontal a cada um dos pacientes e. De 158 pacientes registados, apenas 134 apresentaram todas as variáveis introduzidas. Os diagnósticos mais frequentes foram as periodontites seguidas das doenças gengivais. Nas periodontites, a crónica foi sem dúvida a mais frequente, enquanto nas gengivais foi a induzida por placa. As periodontites surgiram em idades mais avançadas que as doenças gengivais (p<0,01). A presença de patologia cardiovascular (p=0,04) assim como a HTA (p=0,03) mostrou uma relação com a periodontite em comparação com as doenças gengivais. Não se encontrou diferença significativa quanto aos hábitos tabágicos e à presença ou tipo de diabetes. Quanto à gravidade da periodontite crónica apenas o aumento da idade parece ter relação (p<0,01). Conclusão: o RCE é uma ferramenta essencial a aplicar por todos os clínicos, tornando-se fundamental a sua uniformização, facilitando a realização de estudos casuísticos/ epidemiológicos na área da Periodontologia
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