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    Uma carta de José de Anchieta como gênero misto: listas temáticas, bestiários, herbários e dicionários enciclopédicos na Europa dos séculos XVI e XVII

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    Objetiva-se demonstrar como José de Anchieta e os membros da Companhia de Jesus no Brasil, em cartas em que se propunham descrever fauna e flora, atualizavam preceitos técnicos próprios da descriptio, partindo de lugares comuns de tipo indeterminado, preenchendo-os e determinando-os à medida que compunham as descrições. A descrição, mais do que fruto da empiria, é conjunto de endoxa acumulados pela tradição. Nesse sentido, o leão, encontrado no verbete do Calepino de 1502, é o leão dóxico que se produziu desde a Historia Animalium, ou ainda desde o tratado de Plínio, o Velho, não havendo um leão exterior às representações dele no conjunto das Letras

    A lyrical praise: Jeronimo Baia's Lampadario Cristal

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    Orientadores: Antonio Alcir Bernardez Pecora, Paulo Elias Allane FranchettiDissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Estudos da LinguagemResumo: Este trabalho consiste em uma leitura e uma análise do Lampadário de Cristal, de Jerónimo Baía, que leva em conta categorias letradas contemporâneas ao poema. Além do trabalho de explicitação das referências do costume letrado antigo presentes no poema, a leitura se preocupou em evitar categorias anacrônicas, como expressão e originalidade, em favor de outras, como elocução aguda e emulação. Fez-se também um esforço para evitar a utilização de rótulos aplicados pela história literária ao período em questão - grosso modo, o século XVII. Seguindo a recusa intransigente declarada pelos tratadistas do século XVIII português, como Verney e Cândido Lusitano, a crítica literária posterior permaneceu impugnando a poesia aguda como degeneração do bom costume dos poetas quinhentistas. No século XX essa poesia foi gradualmente reposta em circulação e essa leitura é tributária dessa recuperação. À luz de categorias franqueadas tanto pelo retores antigos quanto pelos tratadistas dos séculos XVI e XVII esperamos produzir uma aproximação ao poema menos inadequada do que aquela que seria possível com os instrumentos consignados pela crítica que se estabeleceu no século XIX a partir de categorias idealistas e românticasRésumé: Ce travail cherche à faire une lecture et une analyse de l'Oeuvre "Le Lampadaire de cristal" de Jerônimo Baía, à travers l'assimilation d'un vocabulaire littéraire contemporain au poème. Au-delà du travail de démonstration des références des coutumes littéraires anciennes présentes dans le poème, la lecture veut éviter une terminologie anachronique, qui inclue des notions comme l'expression et l'originalité, en faveur d'autres, comme l'élocution aiguë et l'émulation. Cette lecture s'efforce également d'éviter des dénominations appliquées par l'histoire littéraire lors de la pèriode en question - grosso modo, le XVIIIème siècle. S'alliant au refus intransigeant déclaré par les gens de lettre du XVIIIème siècle portugais, comme Verney et Candido Lusitano, la critique littéraire postèrieure a continué à s'opposer à la poésie aiguë comme dégénération des bonnes coutumes des poètes du XVIème siècle. Au XXème siècle, la poésie aiguë fut peu à peu remise au goût du jour et cette étude existe grâce à cette assimilation. À la lumière des notions employées par les anciens maitres de la rhétorique ainsi que par les gens de lettre des XVIème et XVIIème siècles, ce travail espère créer une approche au poème plus adéquate que celle possible avec l'emploi des instruments adoptés par la critique du XIXème siècle établie à partir des notions idéalistes et romantiquesMestradoLiteratura PortuguesaMestre em Teoria e Critica Literari
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