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    A geração de energia renovável através de uma inovação social pelo Projeto Aroeira : o caso da pimenta rosa e pequenos extrativistas de Piaçabuçu/AL

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    Levar energia de qualidade a comunidades vulneráveis contribui para a superação de outras privações que prendem os indivíduos a situações de pobreza extrema. A instalação de uma fonte de energia renovável pode melhorar a qualidade de vida e incrementar as atividades produtivas de uma comunidade. Assim, ao cumprir com um dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas (ODS 7 - Energia Limpa e Acessível), outros benefícios também surgem em termos de geração de renda e crescimento econômico sustentável. Porém, para que as melhorias visadas pelas ONU sejam alcançadas, é imprescindível que sejam trazidas novas ideias para atender aos problemas sociais e ambientais – as inovações sociais. Os maiores criadores de inovações sociais são os empreendedores sociais, indivíduos que apresentam características típicas dos empreendedores tradicionais mas se voltam para questões sociais. As inovações por ele apresentadas podem também se aproximar das tecnologias sociais, quando os próprios beneficiários se apropriam do seu uso e resultados. A presente pesquisa, de natureza qualitativa, realizou um estudo de caso sobre o Projeto Aroeira (Piaçabuçu/AL), desenvolvido pelo Instituto Ecoengenho com o apoio da Petrobrás, com o objetivo de analisar a relação entre a atuação dos empreendedores sociais com os ODS, e se a novidade apresentada pode ser caracterizada como inovação social. Também foi levantado se a existe a presença de elementos das tecnologias sociais na forma como se deu o envolvimento da comunidade. O projeto consistiu na criação de uma unidade de beneficiamento da pimenta rosa, viabilizada através de fontes renováveis de energia (solar fotovoltaica e termo solar). Com a instalação da unidade, a pimenta pode ser beneficiada e vendida por valores superiores do que aqueles alcançados na venda do produto in natura, gerando maior renda para os extrativistas. Foram realizadas 21 entrevistas semi-estruturadas com seus idealizadores, gestores, associados e exassociados. Os resultados encontrados demonstram que os idealizadores apresentam as características dos empreendedores sociais previstas na literatura, porém, a solução não pode ser considerado inovação social ou tecnologia social porque não apresenta seus elementos e características principais. Com relação aos ODS, algumas transformações sociais e ambientais foram geradas pelo projeto, como a capacitação de um pequeno grupo de extrativistas que hoje busca novas fontes de renda e financiamentos, e a inserção da sustentabilidade e da consciência ambiental de forma permanente na atividade de extração

    EXPERIÊNCIAS DE POPULARIZAÇÃO DE PLANTAS ALIMENTÍCIAS NÃO CONVENCIONAIS NO ESTADO DE ALAGOAS, BRASIL

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    Os seres humanos vêm restringindo a diversidade de alimentos em sua dieta ao longo dos anos, devido ao processo de globalização dos sistemas agroalimentares. Neste sentido, a promoção da popularização de plantas alimentícias não convencionais (PANC) pode ter importantes implicações nutricionais, ecológicas e socioeconômicas. Neste artigo buscamos descrever algumas estratégias de popularização das PANC no Estado de Alagoas realizadas pelo Laboratório de Ecologia, Conservação e Evolução Biocultural (LECEB) da Universidade Federal de Alagoas e como estas estratégias foram orientadas pelas pesquisas do grupo sobre o tema. Discutimos quatro grupos de estratégias, sendo estas: (1) apresentação aos potenciais consumidores de quatro PANC selecionadas a partir da percepção local de agricultores do Assentamento Dom Hélder (Murici-AL); (2) realização de minicursos com agricultores e extrativistas do assentamento Dom Hélder, do Bacharelado em Agroecologia (PRONERA) e com outros estudantes das ciências agrárias; (3) realização do concurso de culinária PANC na Pança; e (4) produção de vídeos de divulgação das PANC. Acreditamos que estas estratégias, somadas com outras iniciativas de pessoas e instituições diversas de Alagoas, têm ampliado o conhecimento sobre este grupo de espécies no Estado

    As mulheres extrativistas da “Associação Aroeira” em Piaçabuçu, Alagoas

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