Portal de Periódicos UEPA (Universidade do Estado do Pará)
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    Metáfora e ousadia: com apresentações de poemas de Benedicto Monteiro

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    Ao ler este ato de ousadia vérbico-estético de Monteiro, vêm à tona os ensinamentos de Roland Barthes em Aula (2007) na qual o intelectual francês, da cadeira de Semiologia Literária do Colégio de França, caracteriza a literatura como “revolução permanente da linguagem”. No mesmo livro Barthes identifica três potenciais conceitos herdados dos gregos antigos: mathesis (todos os saberes se concentrariam na literatura, uma linguagem enciclopédica de conhecimento), mimesis (representação demonstrável ou impossível de ser demonstrada) e semiosis (a literatura relaciona as palavras e as coisas, pois tem a realidade como expressão do desejo de se ‘fazer ser’ na sociedade)

    A CONSTRUÇÃO SOCIAL DA LEITURA: UM DE SEUS PERIGOS

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    Este artigo tem como objetivo apresentar, com argumentação sólida e fundamentada, a construção social da leitura como um de seus possíveis riscos, particularmente no que se refere à sua desapropriação enquanto valor em si mesma e à sua instrumentalização para a obtenção de saberes estritamente utilitários. Para desenvolver essa reflexão, recorre-se às contribuições teóricas de autores como Freire (2011), Soares (2010), Chartier (1999) e Marcuschi (1999), cujas perspectivas oferecem um panorama aprofundado sobre a leitura enquanto prática socialmente mediada. Parte-se da premissa de que os indicadores sociais da leitura têm apresentado um agravamento significativo, em grande parte devido à consolidação de uma leitura artificializada, cuja principal consequência tem sido a desvalorização da dimensão individual e introspectiva dessa prática. Para sustentar essa análise, o artigo se estrutura em duas seções principais: a primeira, intitulada A leitura como construção social, revisita as concepções dos teóricos mencionados acerca da leitura como uma experiência de partilha interativa, permitindo a compreensão mais ampla desse fenômeno; a segunda, Notícias recentes sobre a leitura, examina reportagens jornalísticas publicadas em 2024, que retratam o panorama atual da leitura no Brasil, evidenciando desafios e tendências. Como um dos principais desdobramentos desta investigação, levanta-se a hipótese de que um dos riscos enfrentados pela leitura na contemporaneidade seja sua crescente associação à necessidade de interconectividade, compartilhamento e validação externa. Esse movimento, paradoxalmente, pode fragilizar sua permanência enquanto experiência subjetiva e autônoma, esvaziando seu potencial como espaço de reflexão, elaboração crítica e formação do pensamento individual

    Benedicto Monteiro: romance.poesia, resistência e identidades Amazônicas

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    Benedicto Wilfredo Monteiro (1924/2008), nascido em Alenquer, Pará, Amazônia, foi homem de variados ofícios, bacharel em Ciências Jurídicas pela antiga Universidade do Brasil, atual UFRJ, promotor de justiça, secretário de Estado, político, militante pela reforma agrária, Benedicto se destacou como escritor de poemas, contos e romances, entre outros gêneros textuais, pertenceu a várias entidades literárias, como a Academia Paraense de Letras e Instituto Histórico e Geográfico do Pará. Entre suas escrituras, salienta-se a tetralogia do romance amazônico, composta por VerdeVagomundo (1972), O Minossauro (1975), A Terceira Margem (1983) e Aquele Um (1985). Estudado no Brasil e no exterior, sua obra literária é reconhecida como um exemplar da ficção contextual amazônica e que faz jus a um exímio artista da palavra

    DIÁRIO DE IDEIAS: NARRATIVAS DE FORMAÇÃO CONTINUADA DOCENTE

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    Este artigo tem como objetivo analisar narrativas de experiências que emergiram em um momento formativo, no contexto de um espaço de formação doutoral de um grupo de professores de Ciências e de Matemática. Sendo uma pesquisa de natureza qualitativa e do tipo narrativa, este estudo está assentado no paradigma da racionalidade crítica, cuja abordagem evidencia a compreensão do trabalho docente sob um viés orgânico, problematizador e transformador. Como estratégia metodológica, propomos uma dinâmica formativa inspirada na experiência metodológica do “Diário de Ideias”, de Muniz (2020), em associação ao texto que nos mobilizou nesta investigação: o artigo “Por que ensino do jeito que ensino? Reflexões de uma professora para pensar a docência em química”, de Mesquita e Fraiha-Martins (2022). A análise e a discussão dos dados estão orientadas pela Análise de Conteúdo, de Bardin (2011), com os dados agrupados em três categorias, correspondentes aos eixos de discussão que emergiram dos escritos dos participantes. Os resultados expressam que os atravessamentos das experiências constituem um processo de autoformação, construção da identidade docente e desenvolvimento profissional

    FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE MATEMÁTICA EM TEMPOS DE INCERTEZA

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    O presente artigo emerge de reflexões do primeiro autor em relação à disciplina formação de professores, no Programa de Pós-Graduação em Educação em Ciências e Matemática da Universidade Federal do Pará (UFPA). Ao se considerar o caráter teórico deste estudo, tem-se como objetivo tecer reflexões sobre a sociedade pós-pandemia e as constantes transformações sociais que vêm ocorrendo e como isto afeta a educação e os jovens de hoje, tendo em vista que causa um cenário de incertezas. Diante do entendimento a respeito da sociedade e das relações sociais, é possível e necessário que os professores de Matemática compreendam essa nova dinâmica social para, assim, (re)pensar seu modo de ensinar. A formação de professores torna-se essencial para formar não somente professores que ensinem o conhecimento técnico, mas também educadores que lecionem matemática para a vida, transmitam a solidariedade e orientem sobre como viver nessa sociedade de incertezas. A compreensão acerca dessa sociedade permite a formação de professores de Matemática que sejam mais críticos, mais reflexivos, que podem mudar a sociedade ao seu redor e, assim, ensinar os estudantes a viverem de maneira consciente e a não serem vítimas do Capitalismo de Plataforma perverso, o qual escraviza as pessoas por meio do consumo exagerado, da individualidade e da fragilidade das relações pessoais, causando um sentimento de incerteza e transformações constantes

    O Verde Mundo de Benedicto Monteiro

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    Entrevista realizada como trabalho de conclusão da disciplina A construção da personagem do texto de perfil jornalístico, ministrada pelo Prof. Dr. Oswaldo Coimbra, no Curso de Mestrado em Letras/ Teoria Literária, da Universidade Federal do Pará, em 1999

    Memórias de Belém em testemunho do escritor Benedicto Monteiro

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    Esta entrevista é resultado de parte da pesquisa Memórias de Belém em Testemunho de Artistas (2005-2006), coordenada e executada por professores e discentes do Grupo de Pesquisa Culturas e Memórias Amazônicas (CUMA), registrado no Diretório dos Grupos de Pesquisa no Brasil 5/CNPq, ligado ao Centro de Ciências Sociais e Educação, da Universidade do Estado do Pará. O projeto teve como proposta contribuir para a recuperação da memória sociocultural de Belém/PA e processou a urdidura de uma cartografia de Belém, de meados do século XX (1940-1960), por meio da voz das lembranças de idosos com mais de 65 anos. Como pesquisa qualitativa, utilizou-se da metodologia da História Oral. O trabalho desenvolveu-se em três partes. A primeira etapa constituiu-se do projeto Memória de Belém em histórias de velhos (2004), os intérpretes foram moradores do Asilo Pão de Santo Antônio[1] e se registrou a cidade no aspecto sociocultural, de forma geral, como bairro, moradia, equipamentos urbanos, transporte, saúde, escolaridade, divertimento, moda, política. A segunda etapa, Memória de Belém em Testemunho de Artistas (2005-2006), por meio de vozes de artistas das diferentes expressões estéticas, a Belém desenhou-se, especialmente, pelas narrativas vindas do mundo das artes, os aspectos artísticos da cidade: espaço, formação e circulação. Na terceira parte, Memória de Mestre: Belém Antiga em Narrativas de Professores da Educação Básica (2007-2009), prosseguiu-se a urdidura do município por meio da voz de educadores de diferentes graus de ensino, e assim reconstruir as dimensões da educação e da história social, com traços expressos nos relatos sobre escolas, professores, métodos de ensino, bem como movimentos educacionais para além do instituído

    CURRÍCULO E RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS: PERSPECTIVAS CONTEMPORÂNEAS E DESAFIOS POLÍTICOS

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    Este artigo analisa o currículo à luz das interações entre raça, cultura e conhecimento, destacando a importância de uma abordagem pluriversal frente à diversidade presente na sociedade brasileira contemporânea. Parte-se de uma pesquisa teórica para discutir as influências eurocêntricas persistentes na educação formal, mesmo após a promulgação da Lei nº 10.639/2003, que tornou obrigatório o ensino de história e cultura afro-brasileira e africana. O estudo propõe quatro eixos de análise: pluralidade cultural e saber; diversidade epistemológica e relações étnico-raciais; identidade e desenvolvimento humano; e transculturação e poder. Os resultados apontam para a urgência de um currículo que valorize saberes plurais e enfrente o epistemicídio ainda vigente

    Cartas de Zuleika no Minossauro de Benedicto Monteiro - violação dos Direitos Humanos na ditatura militar pós-1964 na Amazônia brasileira

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    Este artigo discute quatro cartas, da personagem Zuleika, do romance O Minossauro de Benedicto Monteiro, de dez cartas dela que estão publicadas na referida obra, refletindo a respeito da violação dos Direitos Humanos no período da ditadura militar pós-1964 na Amazônia brasileira, considerando o título II, Dos Direitos e Garantias Fundamentais e alguns incisos do  Capítulo 1 Dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos da “Constituição da República Federativa do Brasil, de 1988, até a emenda 99/2017”, haja vista que o romancista  Benedito Monteiro sofreu perseguição política, foi preso e torturado em Belém do Pará, logo após o golpe militar no Brasil

    A simbologia da fé amazônica em “O peixe” de Benedicto Monteiro

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    Em busca de compreender as representações simbólicas no imaginário amazônico e na literatura, o presente trabalho objetiva discutir a simbologia da fé no conto “O peixe”, presente no livro Carro dos milagres (1975), do paraense Benedicto Wilfred Monteiro (1924-2008). Para tanto, o estudo de caráter bibliográfico, possui um corpus analítico constituído pelo conto, observando como o autor traduz as contradições, as mazelas sociais e a religiosidade na narrativa literária, que revela identidades, conflitos e lutas da vida amazônica, nos modos de ver e (re)criar o mundo. Assim, sob um viés mais pragmático, o trabalho segue o itinerário de análises buscando entender os discursos e os modos de narrar de Benedicto Monteiro e como traduzem, simbolicamente, uma Amazônia marcada, não apenas por suas riquezas naturais, mas também por pobreza, abandono e, além disso, pela fé como força representativa da cultura local

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