FeLin: feminismo e linguagem em um projeto de extensão

Resumo: Este trabalho apresenta o relato de experiência do projeto de extensão FeLin: feminismo e linguagem, que promoveu uma formação continuada on-line com professoras(es) da educação básica, abordando estudos feministas, letramentos críticos e a BNCC de Linguagens. A metodologia adotada foi a pesquisa-formação na cibercultura, que valoriza o protagonismo dos sujeitos e o uso pedagógico das tecnologias digitais. Ao longo de dez encontros, foram discutidos temas como gênero, sexualidade, estereótipos, feminismo negro, linguagem neutra e práticas pedagógicas inclusivas. Os dados e interações demonstraram o potencial transformador da proposta e a urgência de formações comprometidas com a justiça social e a equidade de gênero na educação.Palavras Chave: Formação Docente. Feminismo. Letramento Crítico. Cibercultura. Educação

FORTE

ResumoEste trabalho se insere do campo da fotografia experimental, desdobrando-se em experiências visuais em vídeo como possibilidade na criação artística hoje. Trata-se de fotogramas derivados do videoclipe Forte, do músico Luisão Pereira. Os resultados obtidos tiveram como ponto de partida imagens de exames de ressonância magnética associadas a sobreposições de imagens abstratas na construção de paisagens.Palavras-chave: Criação artística; videoclipe; experimental

QUANDO A FEBRE VEM DA ALMA: UMA ANÁLISE DO MÍSTICO E O INSÓLITO NO FILME "A FEBRE" (2019) E "ENSAIO SOBRE A CEGUEIRA" (1995)

ResumoPretende-se, neste trabalho, investigar a manifestação do elemento insólito e do místico na obra cinematográfica A Febre (2019), de Maya Da-Rin e na obra literária Ensaio Sobre a Cegueira (1995), de José Saramago. Com esse propósito, busca-se analisar o insólito na perspectiva do fantástico literário, suas reverberações e diálogos com a linguagem do cinema. Durante a análise, são destacados três pontos de justaposição entre as obras: a doença, a sociedade na qual se manifesta o evento e o conflito com o sobrenatural. Verifica-se que as doenças manifestadas em ambas as obras não são fruto de reações naturais, mas de questões ligadas ao sobrenatural e à alma, dinâmicas instintivamente relacionadas ao estilo de vida que levam os protagonistas.Palavras-chave: Cinema brasileiro; literatura fantástica; insólito; A Febre; Ensaio Sobre a Cegueira

JINGLE SALADA MISTA

Débora Andrade é doutora em Educação pela Universidade Federal de Juiz de Fora, onde pesquisou práticas e crenças, de professores de Música, relacionadas ao ensino de coro infantil, no âmbito da Educação Básica. É mestre em Música, especializada em Educação Musical e bacharel em Música (Regência) pela Universidade Federal de Minas Gerais. Em Belo Horizonte, foi professora de Música na Educação Básica (Maternal 3 ao 9º ano do Ensino Fundamental), entre os anos de 2007 a 2013, em instituições como o Colégio Santo Agostinho – Vale dos Cristais (2007-2011) e a Escola Theodor Herzl (2011-2013). Desde 1999, atua no ensino de coros infantojuvenis, tendo como principais campos de aprendizagem/atuação o Centro de Musicalização Infantil da UFMG (1999-2005) e o Projeto Cariúnas (2001- 2008). Desde 2013, é professora na Universidade Federal de São João del-Rei, no campo da Educação Musical/Regência de Coro Infantil. Desde 2014, na extensão universitária, coordena o Programa Benke: corais infantojuvenis da UFSJ. E-mail: [email protected]

ENTRE SONHOS E TELAS, MUNDOS IMAGINADOS. NOTAS SOBRE UMA EXPOSIÇÃO DE FILMES E VÍDEOS EXPERIMENTAIS NO AMAZONAS

ResumoApresentação dos critérios de curadoria da mostra de filmes e vídeos Entre sonhos e telas, mundos imaginados, ocorrida em 2022 na Galeria do Largo, em Manaus, que reuniu trabalhos audiovisuais de diferentes formatos no entorno da questão das relações entre indígenas e não indígenas no Amazonas. No processo são apresentados momentos históricos e nomes relevantes para a compreensão de relações entre intelectuais e artistas, indígenas e não indígenas, que ocorreram em Manaus desde os anos 1960 e que podem ser vistos como definidores de filiações com efeitos importantes no campo da produção artística e intelectual contemporânea com repercussão nacional.Palavras-chave: Amazônia; cinema; artes visuais

POR UMA MUSEOLOGIA DA LIBERTAÇÃO: APROXIMAÇÕES DE GIOVANNI GALLO COM A MESA REDONDA DE SANTIAGO E A TEOLOGIA DA LIBERTAÇÃO

Defendemos a tese segundo a qual a museologia praticada por Giovanni Gallo no Museu do Marajó dialogava com dois marcantes movimentos: a pedagogia de Paulo Freire e a Teologia da Libertação. Ambas se caracterizavam por uma opção sociopolítica cujo objetivo era conscientização acerca dos problemas sociais da América Latina, visando desencadear um processo de libertação das diversas formas de opressão existentes no continente. Nosso pressuposto não se apoia em documentos deixados por Gallo, resulta de deduções a partir da prática museal que ele elaborou e imprimiu naquele Museu. Daí a razão de, em uma perspectiva discursiva, aventarmos a existência de um diálogo triangular, que, dentre outros aspectos, procuramos analiticamente apontar. Em suma, move-nos teoricamente a convicção de que, nesse período, é possível detectar a ressonância discursiva de alguns elementos chave, seja da Teologia da Libertação, seja da pedagogia freireana, que foram assimilados por Giovanni Gallo

Resumos de Dissertações & Teses

Resumo

Práticas sociais de lazer e suas relações no espaço público Ver-o-Rio em Belém – Pará (Paper 583)

O objetivo principal desta pesquisa foi analisar as práticas sociais de lazer e suas relações no espaço público Ver-o-Rio. Como procedimento metodológico, optou-se por uma pesquisa descritivo-analítica, com abordagem qualitativa, por meio da combinação entre levantamento bibliográfico e pesquisa de campo, além das entrevistas semiestruturadas. A partir da análise dos dados, pode-se constatar que no espaço do Ver-o-Rio muitos usuários conseguem vivenciar o lazer de forma autônoma e com liberdade, por outro lado, foi possível perceber que a falta de políticas públicas para o local, em certos momentos, acaba interferindo na qualidade dessas práticas. O próprio planejamento de ações do órgão responsável pelo Ver-o-Rio contribui com essa situação. Mediante a observação e a narrativa do gestor, pode-se perceber que os projetos e os serviços direcionados para o espaço ocorrem apenas em determinado horário, ou seja, a ausência de atividades culturais, a falta de segurança, a deficiência na limpeza etc., acabam inviabilizando de alguma forma o uso frequente daquele espaço.Palavras-chave: Práticas sociais de lazer. Espaços públicos. Ver-o-Rio (PA)

A FERMENTAÇÃO DE UMA MUSEOLOGIA CRÍTICA NO BRASIL

O texto aborda a emergência e aplicação da Museologia Crítica no Brasil, com destaque para o MASP como referência prática. A Museologia Crítica não é um modelo fixo, mas uma postura reflexiva e contextual, que valoriza a diversidade e a transformação social por meio da prática museal. O objetivo é discutir como essa abordagem propõe repensar o papel dos museus frente às representações culturais, identitárias e históricas, especialmente envolvendo grupos marginalizados. O método inclui revisão e análise de estratégias críticas em museus brasileiros. Os resultados mostram museus como potenciais espaços de experimentação e crítica institucional, voltadas à inclusão, revisão de narrativas e resistência à indústria cultural

A MÚSICA INDÍGENA NA PERSPECTIVA DE DUAS MULHERES ARTISTAS ORIGINÁRIAS NO BRASIL, DJUENA TIKUNA E ANARANDÁ KAIOWÁ: INTERPRETANDO PERFORMANCES TERRITORIALIZADAS E A CONSTRUÇÃO DE ESPAÇOS SÔNICOS

Este ensaio apresenta uma análise etnomusicológica e semiótica de performances musicais das artistas originárias Djuena Tikuna (Tabatinga, 1984) e Anarandá Kaiowá (Amambai, 1997), realizadas no ciberespaço e em ambientes fisicamente situados. A fim de compreendermos como as suas performances, enquanto espaços sônicos ancestrais e contemporâneos, articulam a luta por territórios físicos e simbólicos em prol da interculturalidade e da descolonização dos saberes, tomaremos, como base, as produções audiovisuais das canções Feminicídio (Kaiowá, 2024) e Tetchi'arü'ngui (Tikuna, 2022), bem como uma representativa apresentação do álbum Tchautchiüãne (Tikuna, 2017) no Teatro Amazonas.Palavras-chave: Artistas originárias; música popular indígena; etnomusicologia da performance; semiótica da canção; descolonização