Desafios ativistas à democracia deliberativa

Abstract

Resumo Neste artigo, Iris Young discute o papel dos protestos e da ação direta na democracia. Sua estratégia para avaliar os argumentos a favor e contra a ação direta é o diálogo hipotético entre duas personagens, uma ativista e uma democrata deliberativa. Considerando como ambas lidam com os conflitos e desigualdades nas democracias e como definem a boa cidadania, ela discute os limites e potenciais dessas abordagens teóricas e práticas. Revelando conflitos que não podem ser ultrapassados e possíveis continuidades entre elas, a autora destaca que os protestos são tão necessários às democracias quanto o diálogo e a persuasão. Faz, assim, a crítica ao potencial paralisante da democracia deliberativa, em sua busca por consensos amplos. Palavras-chave: ativismo, deliberacionismo, democracia, protestos, ação política direta.   Abstract In this article, Iris Young discusses the role of protests and direct action in democracy. Her strategy to evaluate arguments for and against direct action is a hypothetical dialogue between two characters, an activist and a deliberative democrat. Considering how both deal with conflicts and inequities in democracies and how they define good citizenship, she discusses limits and potentials of those theoretical approaches and practices. Revealing conflicts that cannot be bypassed and possible continuities between them, the author underlines that protests are needed in democracies as much as dialogue and persuasion. She criticises the paralyzing potencial of deliberative democracy, as it attempts to accomplish broad consensus. Keywords: activism, deliberative democracy, consensus, protests, direct action

    Similar works