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    PROCESSO DE FABRICAÇÃO DE CERVEJA ARTESANAL

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    A origem das primeiras bebidas alcoólicas é incerta, mas provavelmente tenham surgido a partir de cevadas, tâmaras, uvas ou mel. A cerveja é uma bebida resultante da fermentação alcoólica a partir da leveduras cervejeiras em mosto de cevada malteada ou de extrato de malte, submetido a um processo de cocção adequado, na presença de lúpulo. O Brasil encontra-se na terceira posição mundial de produção volumétrica de cerveja, ficando atrás apenas para a China e Estados Unidos. A história milenar que possui é amplamente propagada no mundo, por esse motivo, diversos países possuem suas tradições, costumes e maneiras de produzir essa bebida popular. Este trabalho tem como objetivo apresentar informações históricas, bem como informações referentes ao processo cervejeiro e os ingredientes envolvidos, e destacar algumas características da cerveja artesanal. A prática da cervejaria parece ter sido originada na região da Mesopotâmia. É uma bebida fermentada com uma história de 6000 a 8000 anos, cujo processo de elaboração, cada vez mais regulado e melhor controlado, tem permanecido inalterado durante séculos. Os ingredientes básicos para a produção da maioria das cervejas são: malte, água, lúpulo e levedura. As leveduras utilizadas, podem ser classificadas como de alta (ALE) ou de baixa (LAGER) fermentação. Essas características conferem diferentes propriedades sensoriais e físico-químicas à bebida. A legislação brasileira permite que parte do malte de cevada possa ser substituído por cereais maltados ou não, e por carboidratos de origem vegetal transformados ou não, conhecidos como adjuntos. Esses adjuntos têm por finalidade contribuir como fonte alternativa de substrato, custos inferiores ao malte de cevada e proporcionar bebidas características organolépticas peculiares em função da fonte que provém, especialmente para cervejas artesanais. A cerveja artesanal é definida como uma cerveja produzida em pequena escala, com administração familiar, ou simplesmente aquela que não é produzida em larga escala. A diferença entre se produzir cerveja de forma artesanal e industrial é a autonomia de se poder criar receitas variadas e personalizadas sem perder a qualidade final do produto, além de tornar-se possível atingir mercados diferentes. O processo de fabricação consiste nas seguintes etapas: moagem do malte, mosturação, clarificação, fervura, resfriamento, fermentação, maturação filtração, envase, carbonatação e pasteurização. O processo fermentativo consiste no ponto central para a produção de qualquer bebida alcoólica possuindo como principal objetivo a conversão dos açúcares em etanol e gás carbônico pela levedura sob condições anaeróbicas. A maturação (fermentação secundária) é necessária e importante fator de qualidade, especialmente para a redução da acidez e de compostos indesejáveis, como o diacetil que também é formado como um subproduto da fermentação principal. Os consumidores de cerveja brasileiros estão se tornando cada vez mais exigentes e com isso a produção artesanal no Brasil cresceu nos últimos anos. Além disso, alguns dos fatores que influenciaram nesse crescimento foram o interesse dos consumidores em experimentar novos sabores, a curiosidade pela produção e por acreditar no potencial do negócio

    UTILIZAÇÃO DO NIM NA AGROPECUÁRIA

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    O uso de agrotóxicos na agropecuária é algo que se tornou comum e que tem o objetivo de potencializar a produção agrícola e combater as pragas e doenças, mas o uso desenfreado destes pode prejudicar as culturas, pois gera resistência aos vetores de doenças da produção agrícola e animal. Com base nisso, objetiva-se pesquisar uma nova forma de combate às pragas da agropecuária que seja economicamente viável, com ação eficiente e ecologicamente sustentável direcionando o olhar para tecnologias futuras que podem se espalhar pelo país. Uma planta que possui um potencial nesse sentido é o Nim (Azadirachta indica), planta originária da Índia, pertencente à família Meliaceae, a mesma do Cedro e do Cinamomo, e que vem sendo pesquisada nos últimos anos para o combate a insetos, aracnídeos, fungos e bactérias. A árvore Nim, bem como suas partes, podem ser utilizadas na produção agropecuária, visto que pode ser usada como defensivo natural em algumas culturas, utilizada como carrapaticida no combate aos carrapatos no gado devido ao alto poder repelente da planta, sendo utilizada a vários séculos para este fim. Os produtos com ação repelente são o óleo de Nim e a torta de Nim. O primeiro é obtido através da trituração da semente do fruto e extração do óleo, o qual possui ação contra cerca de 500 espécies de parasitas, entre elas a mosca branca, lagarta, carrapatos, entre outras. A torta de Nim, produto restante após a extração do óleo, também é utilizada no combate a carrapatos, bernes e mosca-do-chifre. Esta tem ação fungicida e nematicida, além de fornecer nitrogênio, fósforo, cálcio, magnésio e potássio para o solo, portanto, a planta tem também função de fertilizante do solo. Outra utilização é na Integração Lavoura - Pecuária - Floresta (ILPF), a qual se mostra viável, pois a planta propicia sombra ao gado, a queda de suas folhas não raleia a pastagem e pode-se aproveitar a madeira para a indústria moveleira, por exemplo. O Nim também é utilizado como matéria prima para a produção de cosméticos e usos na alimentação humana. Assim sendo, este trabalho irá apresentar as características da planta e mostrar que o Nim é um produto interessante quando comparado a produtos convencionais industrializados que têm os mesmos usos. Por fim, ressaltar que o Nim ainda é pouco utilizado embora seja uma planta muito rentável à agropecuária por possuir diversos usos e formas de utilização
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