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    Entrevista com Roberto Bolzani Filho: sobre Filosofia: temas e percursos, o ensino de filosofia e a relação entre filosofia e história da filosofia

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    Interview: Roberto Bolzani FilhoRoberto Bolzani Filho é bacharel e licenciado em Filosofia pela Universidade de São Paulo (USP), onde defendeu a Dissertação de Mestrado O ceticismo pirrônico na obra de Sexto Empírico (1992) e a Tese de Doutorado O ceticismo acadêmico e a ideia de subjetividade (2003), ambos sob a orientação de Oswaldo Porchat Pereira. Desde 1988, leciona História da Filosofia Antiga na mesma instituição, na qual também obteve o título de Livre-Docente, com a tese Ensaios sobre Platão (2013). Dentre a publicação de inúmeros artigos em revistas especializadas, bem como do livro Acadêmicos versus pirrônicos (São Paulo: Alameda, 2013), destaca-se a sua participação na redação de Filosofia: temas e percursos (1ª ed. 2013; 2ª ed. 2016), o qual integrou a escolha do Programa Nacional do Livro Didático (PNLD, 2018) para a área de filosofia, tornando-se uma importante referência para a seleção de livros didáticos a serem adotados nas escolas e ao trabalho desenvolvido pelos professores, em seu cotidiano.

    Dreaming with open eyes: a study of the concepts of error and privation in Spinoza\'s philosophy

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    Os conceitos de erro e de privação na filosofia de Espinosa encontram-se atravessados por uma tensão: se Descartes define o erro como uma privação decorrente do mau uso da liberdade da vontade na formulação do juízo, Espinosa retira de cena as principais condições para sustentar essa tese e, apesar disso, segue a definir o erro como uma privação de conhecimento. Constatação tanto mais aguda quanto se nota que Espinosa revela-se aos seus interlocutores um crítico contumaz da noção tradicional de privação. Por que, então, a Ética trata de empregar o termo privação para definir a forma do erro? O que a autoriza a falar em privação, atuante numa dimensão em que não se faz mais necessário garantir a liberdade da vontade como seu principal requisito? Qual é o propósito de Espinosa ao evocar esse termo para descrever algo aparentemente marcado por profundas diferenças conceituais? À luz dessas interrogações, este trabalho desenvolve um estudo sobre os conceitos de erro e de privação na filosofia de Espinosa, buscando compreender qual é o fundamento e o sentido desses conceitos e medindo as suas implicações mais gerais ao lado de temas como a imaginação, a linguagem e a superstição. Nesse quadro, acreditamos que o recurso à expressão sonhar de olhos abertos, empregada em diversas do obras do autor, torna-se pertinente para a compreensão dos conceitos de erro e de privação no espinosismo, sobretudo para designar a condição na qual, mesmo na falsidade, os indivíduos opinam estar na verdadeThe concepts of error and privation in Spinoza\'s philosophy are situated in a complex situation. On the one hand, Descartes defines error as a privation caused by the abuse of the will to formulate a judgment. On the other hand, Spinoza removes the main conditions for supporting this thesis, but he keeps defining error as a privation of knowledge. This observation is particularly striking since Spinoza reveals himself to his interlocutors as a severe critic of the traditional notion of privation. Why, then, does Ethics apply the term privation to define the form of the error? What authorizes Spinoza to use the term privation, placed in a dimension in which it is no longer necessary to guarantee the will as its main condition? What is Spinozas purpose in evoking this term to describe a subject apparently characterized by a great conceptual difference? Based on these questions, this essay develops a discussion about the concepts of error and privation in Spinoza\'s philosophy. Our goal is to understand the background and the meaning of these concepts and to evaluate their general implications along with themes such as imagination, language, and superstition. In this context, we assume that the use of the expression \"dreaming with open eyes\" is relevant to the comprehension of the concepts of error and privation in Spinoza\'s philosophy, especially to describe the condition in which, even in falsity, individuals believe they know the trut

    A RECUSA DO HOMEM COMO SUBSTÂNCIA NA PROPOSIÇÃO X DA ÉTICA II DE ESPINOSA

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    O objetivo deste artigo é comentar, na medida do possível, a maneira pela qual Espinosa argumenta no conjunto da proposição X da Parte II a recusa do homem como substância. Situando Espinosa à roda da tradição filosófica cartesiana, cuja concepção de homem é como composição substancial, veremos como o filósofo promove uma ruptura e distancia-se dela. Além disso, tendo em vista que o conjunto da proposição X da Parte II situa-se numa Ética demonstrada à maneira geométrica, teremos em conta a consequência da recusa do homem como substância para outros pontos do restante da obra, como a constituição modal do homem, a união de Corpo e Mente e a Ciência dos Afetos
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