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    Encefalopatia traumática crônica - esporte não é somente saúde: Chronic traumatic encephalopathy - sport is not only health

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    Encefalopatia traumática crônica (ETC) é uma neuropatia expressada como um quadro demencial cuja clínica envolve declínio cognitivo e mudanças graves comportamentais. A ETC pode se estabelecer após concussões repetitivas que costumeiramente ocorrem em esportes com alto índice de contato; dentre esses os de maiores riscos se enquadram o boxe e o futebol americano. A ETC, assim como sua gravidade, são proporcionais à idade e quantidade de impactos. Portanto, sugere-se que essa moléstia e seus déficits sejam causados pelo efeito acumulativo de traumatismos cranioencefálicos (TCEs) leves que causam up-regulation da proteína precursora do peptídeo beta amilóide e da proteína TAU, que consequentemente forma emaranhados neurofibrilares. O acúmulo de ambas substâncias geram modificações anatômicas estruturais (macro e microscópicas) e desencadeiam os sinais e sintomas neuropsiquiátricos. Dessa forma, a ETC pode ser confundida com outros tipos de demências, entre elas a Doença de Alzheimer. Visto que se trata de uma condição clínica complexa, é importante estabelecer um diagnóstico precoce e promover uma conduta clínica de maneira precisa, com o intuito de amenizar os danos e os prejuízos cognitivos gerados. A gravidade e a irreversibilidade da ETC deveriam nortear a prática esportiva com cuidados de múltiplas perspectivas, prevenindo, assim, as consequências geradas por essa condição.&nbsp

    Hipotireoidismo: coma mixedematoso e suas repercussões: Hypothyroidism: myxedematosus coma and its repercussions

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    O coma mixedematoso (CM) é uma condição clínica rara resultante do hipotireoidismo descompensado com fator precipitante subjacente. Ele ocorre principalmente no inverno e atinge principalmente mulheres e idosos, apresentando altas taxas de mortalidade, podendo chegar a aproximadamente 25%. Por isso, visando reduzir esses valores e aumentar a sobrevida do paciente, o diagnóstico precoce é imprescindível, juntamente com o controle dos fatores precipitantes, manejo terapêutico e suporte adequado. Diante desse quadro, o profissional de saúde deve atentar-se para as alterações sistêmicas que essa doença pode causar, como insuficiência respiratória, hipernatremia, hipoglicemia, hipotermia e hipertensão diastólica. Ademais, visto que essa enfermidade apresenta dificuldades de manejo, por resultar em uma série de alterações orgânicas expressivas, o tratamento deve ser iniciado mesmo que empiricamente: estabilizar o paciente com medidas de suporte, reconhecer a sintomatologia, iniciar o tratamento com Levotiroxina e, por fim, identificar o fator causal da descompensação metabólica. De fato, a taxa de mortalidade pela crise mixedematosa é alta, perante tal situação, é fundamental o estabelecimento de um gama de múltiplas perspectivas e cuidados multidisciplinares com a finalidade de aumentar a sobrevida daqueles afetados pela enfermidade
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