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ALIMENTAÇÃO POR MAMADEIRA NOS PRIMEIROS DOIS ANOS DE VIDA EM CRIANÇAS RESIDENTES EM ANÁPOLIS-GO BOTTLE-FEEDING IN THE FIRST TWO YEARS OF LIFE OF CHILDREN LIVING IN ANÁPOLIS, GOIÁS
Objetivo: descrever a prevalência da alimentação por mamadeira em crianças de 0-2 anos de idade residentes no município de Anápolis-GO e seus fatores relacionados. Métodos: Estudo transversal realizado em consultórios pediátricos do município de Anápolis-GO. Participaram 541 díades mães e bebês de 0-2 anos de idade. Foi aplicado um inquérito alimentar recordatório recomendado pela Organização Mundial de Saúde para investigação de práticas alimentares em países em desenvolvimento. Foi adotado nível de significância 5% e intervalo de confiança95% para todas as análises estatísticas, realizadas no programa EPI-INFO versão 3.5.3 do Centers for Disease Control and Prevention. Resultados: 43,8% das crianças estavam em alimentação por mamadeira. Na análise multivariávelos fatores associados a esta prática foram: doença do bebê nos primeiros dois meses de vida,chupeta, acompanhamento pediátrico em consultório particular e nascer em maternidade não acreditada pela Iniciativa Hospital Amigo da Criança
Liga de Oncologia de Anápolis no contexto do Outubro Rosa
Introdução:O câncer de mama (CA de mama) é o tipo mais prevalente de câncer entre as mulheres, com exceção do câncer de pele não melanoma, e sua incidência cresce significativamente a partir dos 35 anos. A detecção da doença em fases iniciais é de extrema importância para se obter um melhor prognóstico, aumentando assim as chances de cura e reduzindo a taxa mortalidade. Nesse sentido, surgiu em 1990 o movimento Outubro Rosa, que objetiva a conscientização acerca do câncer de mama. Essa campanha ajuda a influenciar mulheres de todo o mundo a realizar o autoexame das mamas, além de levar informações sobre a prevenção e o diagnóstico precoce da doença. Apesar de ainda ser a alta incidência do câncer de mama, nos últimos anos houve uma queda nas taxas de mortalidade da doença. Dentre os diversos fatores que ocasionaram tal redução, destacam-se os diagnósticos precoces e os exames preventivos como a mamografia e o autoexame das mamas. Objetivo: Relatar a experiência de discentes de medicina membros da Liga Acadêmica de Oncologia de Anápolis (LAONCO) na prática de uma ação educativa acerca do câncer de mama no Cais Mulher de Anápolis. Relato de experiência: Inserida dentro do contexto de atividade LAONCO, a ação educativa se deu no Cais Mulher, localizado em Anápolis. Participaram da ação 4 alunas, que em duplas tiveram a oportunidade de instruir uma média de 60 mulheres na sala de espera do Cais Mulher, sendo que cada dupla conseguiu conversar com grupos separados de cerca de 10 mulheres por vez. Nesse momento, os principais temas discutidos foram: a importância do autoexame das mamas e dos exames preventivos, como o diagnóstico precoce leva a um melhor prognóstico, os tipos de alterações que a doença pode ocasionar na mama e a maneira correta de se fazer o autoexame das mamas. Por meio de uma conversa com as pacientes, as alunas tiveram a oportunidade de explicar os assuntos verbalmente, não deixando de abrir espaço para dúvidas no final das exposições. Por fim, as pacientes do Cais Mulher se demonstraram bastante interessadas nas exposições colocadas pelas alunas, visto que participaram e fizeram perguntas acerca do autoexame. Discussão: A ação foi de suma importância, uma vez que agrega benefícios mútuos – tanto para as discentes como para o público feminino envolvido. Primeiramente, o processo de elaboração da ação exigiu um preparo prévio das alunas, o que inclui estudo sobre o assunto e planejamento da abordagem e explanação do assunto com as mulheres. Para tanto, preferiuse a utilizar uma abordagem oral com explanação de dúvidas mais frequentes e, com isso, as alunas puderam ter um melhor entendimento das dificuldades que essas mulheres passam. Outrossim, também houve notório proveito para o público alvo, haja vista que as medidas de detecção precoce do câncer de mama são de simples aplicabilidade e tem impacto real na melhora do prognóstico da doença. Além disso, criou-se um ambiente no qual as pacientes puderam sanar suas dúvidas acerca do assunto sem qualquer tipo de constrangimento ou intimidação. Conclusão: Concluiu-se que os objetivos da ação sobre o CA de mama e a importância do autoexame foram alcançados. Essa atividade contribuiu para a conscientização do público feminino local e para o incremento das experiências acadêmicas, além de ratificar a necessidade da interação contínua entre estudantes e sociedade
Fatores que contribuem para a interrupção do aleitamento materno exclusivo e complementar
RESUMO: A amamentação protege o recém-nascido de infecções, reduz a mortalidade neonatal, é importante fonte de energia e nutrientes e, além disso, promove um vínculo crucial entre a mãe e o filho. Verificou-se, no entanto, que as taxas de amamentação no Brasil estão bem abaixo do esperado e recomendado pela Organização Mundial de Saúde, tendo como principais causas a falta de conhecimento, por parte das nutrizes, da importância da manutenção do aleitamento materno; fatores psicológicos e culturais; a introdução precoce de chupetas e suplemento alimentar; o tipo de parto e a idade materna. Dessa forma, o objetivo da revisão integrativa foi contemplar, por meio da pesquisa de 20 artigos, nas plataformas US National Library of Medicine (Pubmed), Scientific Electronic Library Online (Scielo), Biblioteca Virtual de Saúde (BVMS), Portal da Capes e Google Acadêmico, os diversos fatores que têm influência na interrupção precoce do aleitamento materno exclusivo e complementar. Considerando, portanto, que o aleitamento materno constitui um dos pilares fundamentais para a promoção e prevenção de agravos em saúde das crianças, conclui-se que há, de fato, diversas situações que levam ao desmame precoce. Por isso, a urgente necessidade de mudanças e ajustes nas práticas de promoção e incentivo à amamentação natural.
 
QUALIDADE DE VIDA EM FIBROSE CÍSTICA
A Fibrose Cística é uma doença genética, autossômica recessiva, causada por uma mutação no gene Cystic Fibrosis Transmembrane Condutance Regulator. Essa alteração resulta em secreções atipicamente viscosas, repercutindo nos sistemas respiratório, gastrointestinal e reprodutor. Isso impacta na qualidade de vida dos pacientes com essa doença. O objetivo desse trabalho é analisar a qualidade de vida dos portadores da doença, os fatores que a influenciam e como isso impacta sua expectativa de vida. A elaboração desta revisão integrativa de literatura foi baseada na análise de artigos, buscados nos bancos de dados: Medline, Trip Database, Cochrane e Capes. Os descritores utilizados para essa busca foram: cystic fibrosis, quality of life e life expectancy. A análise dos artigos evidenciou que diagnóstico precoce, cuidados em centros multiprofissionais especializados em fibrose cística, adesão ao tratamento, estado nutricional, questões socioeconômicas, limitações físicas, aspectos psicológicos e exercícios físicos interferem na qualidade de vida dessas pessoas. Conclui-se que a qualidade e a expectativa de vida dos pacientes com fibrose cística aumentaram nos últimos tempos, no entanto, ainda existem obstáculos que interferem diretamente na qualidade de vida desses indivíduos. Logo, é necessário olhar além das manifestações físicas, observando também os fatores psicossociais inseridos no contexto de vida do paciente
Os desafios pessoais e acadêmicos de mães-matriculadas no curso de medicina da Universidade Evangélica de Goiás (UNIEVANGÉLICA)
RESUMO: A subjugação histórica das mulheres, relegadas a papéis domésticos, contrasta com as conquistas sociais recentes, como a entrada em campos profissionais antes exclusivos aos homens. No entanto, mesmo com avanços, a maternidade impõe desafios únicos, especialmente para mulheres universitárias de medicina. Além das responsabilidades acadêmicas, enfrentam a carga adicional de cuidar dos filhos, sem um compartilhamento equitativo de deveres. Este estudo visa entender os desafios enfrentados por mães universitárias, do curso de Medicina, da Universidade Evangélica de Goiás (UniEVANGÉLICA), destacando questões de saúde, desigualdade de gênero e vulnerabilidades, visando promover a equidade de gênero no mercado de trabalho. A metodologia utilizada será uma análise transversal qualitativa, que incluirá entrevistas com estudantes mães, usando amostragem bola de neve. Os dados serão analisados por meio de análise de conteúdo, seguindo etapas de pré-análise, exploração do material e interpretação. O estudo busca analisar o cenário universitário das mães no curso de medicina, elencando e discutindo prováveis problemáticas como, exaustão física e mental, falta de rede de apoio e os desafios financeiros, conforme análise da literatura e em última análise, propor as intervenções que se fizerem necessárias na universidade, visando melhorar a acessibilidade e para que se torne um ambiente mais inclusivo para mães que buscam equilibrar carreira e maternidade.
 
Prevalência de infecções sexualmente transmissíveis na população carcerária feminina de Anápolis - Goiás
RESUMO: O Brasil se encontra na quarta posição mundial em relação ao tamanho absoluto de mulheres encarceradas em que em sua a maioria são solteiras (62%), jovens com idade de 18 a 29 anos (50%) e negras (62%). Assim, os determinantes sociais desse grupo são, muitas vezes, responsáveis pelas iniquidades de saúde que essas pessoas vivem, representados pelo baixo fator socioeconômico, escolar além de oriundas de camadas sociais desfavorecidas. O objetivo do trabalho é identificar as condições de prevalência de Infecções Sexualmente Transmissíveis e de saúde de mulheres encarceradas em um sistema penitenciário de Anápolis, Goiás. Por meio dessa caracterização, almeja-se reconhecer suas demandas e histórico de saúde, buscando comportamentos de risco. Trata-se de um estudo descritivo transversal, que tem por intuito discutir a prevalência de hepatite B, sífilis e HIV no período de 2020 à 2021 em mulheres encarceradas. Para isso serão utilizadas a aplicação de testes rápidos para diagnóstico de IST e questionários adaptados de outros validados para mapear qualitativamente o perfil sociodemográfico dessas mulheres. Dessa forma é fundamental proporcionar uma atenção integral voltada à saúde dessa população, diminuindo o estigma, preconceitos e principalmente a perpetuação dessas IST presentes nesse meio.
 
Atualização do cartão vacinal: o impacto dos programas de imunização para hpv em escolas
Na década de 1950 alguns programas de vacinação em escolas foram instituídos, sendo a imunização contra a poliomielite a pioneira, seguida pela vacinação contra a influenza e o papilomavírus humano (HPV). Depois de um período, diversos países retomaram os investimentos na expansão destes, na tentativa de atingir muitos indivíduos em pouco tempo, ampliando número de imunizados e quebrando a disseminação de doenças imunopreveníveis. Demonstrar a eficácia de programas de vacinação em escolas já instituídos em outros países, para comprovar, com dados, a importância de que tais programas para que sejam implementados no Brasil, dado a cobertura vacinal insuficiente de vacinas como o HPV. Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, baseado em 10 artigos científicos obtidos nas plataformas Public Medline (PubMed) e DataSUS, publicados entre 2015 a 2020, com exceção de um artigo base de 1999, com a utilização dos Descritores em Ciência da Saúde (DeCS): “imunização”, “programa de imunização em massa”, “vacina”, nas línguas portuguesa e inglesa. Os primeiros programas de vacinação realizados em escolas são datados da década de 1950, contudo, apesar de sua realização longínqua, existem obstáculos para sua implementação, como exemplo: a determinação do modelo de organização e de financiamento a serem aplicados, a logística de fornecimento e distribuição de vacinas. Além disso, obter consentimento dos responsáveis pelos alunos, minimizar a ansiedade dos estudantes, são desafios constantes. O cenário brasileiro, segundo o ministério da saúde, em 2017, a cobertura vacinal para o HPV, sem a realização de programas de imunização, em meninas na faixa de 9 a 14 anos, 48% receberam todas as vacinas. Enquanto que à cobertura vacinal de meninos, na faixa de 12 a 13 anos, foi de 43%, evidenciando o déficit no cumprimento do esquema vacinal. Um bom exemplo, apesar de não atingir a meta de 80% da população imunizada, foi o de um programa realizado na cidade de São Francisco, nos Estados Unidos, que contava com 5.000 alunos, sendo que 3301 destes completaram o esquema vacinal. Podemos inferir, assim, a partir dos destes dados, que o Brasil se encontra distante da meta ideal de 80% de cobertura vacinal para HPV em adolescentes. Seria, então, a vacinação em escolas uma alternativa para melhoria destes números, uma vez que os programas com essa finalidade são reconhecidamente eficazes
A Realidade Da Sífilis Materna E Congênita No Território Brasileiro: Uma Revisão De Literatura
As características epidemiológicas acerca da sífilis gestacional e sífilis congênita, baseia-se em uma abordagem que considera dados acerca da prevenção e tratamento dessa doença. Nessa perspectiva, a presente análise é uma mini revisão integrativa, que teve como objetivo elucidar a prevalência da sífilis congênita no Brasil, além das características epidemiológicas acerca dessa realidade. Para a seleção dos artigos científicos utilizou-se como banco de dados a Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Scientific Eletronic Library Online (SciELO), National Library of Medicine and National Institutes of Health (PubMed) e Google Acadêmico e o exemplar dessa mini revisão constituiu-se de 5 artigos. Posterior a análise dos artigos contidos nesta investigação, os resultados dos estudos salientam que existe uma concordância entre os dados sociais e clínicos que constituem as características epidemiológicas da sífilis congênita e gestacional, contidos nos artigos analisados; além de uma alarmante subnotificação prevalente em todas as regiões analisadas. Diante do exposto, concluiuse que há uma relação entre os serviços básicos de saúde ofertados, as notificações dos casos de sífilis congênita e gestacional, diagnóstico precoce desses casos com a prevenção e tratamento da sífilis congênita no Brasil. Dessa maneira, os grandes achados acerca da subnotificação de sífilis congênita e gestacional juntamente com a não aderência das mães portadoras de sífilis e seus parceiros ao tratamento ideal ofertado pela Atenção Básica de Saúde e o não diagnóstico precoce, constituem as características epidemiológicas dessa comorbidade em território nacional, além de consolidar um número crescente de casos de sífilis congênita
Causas de mortalidade neonatal no Brasil de 2018 a 2021 – um estudo ecológico
A morte neonatal é aquela que ocorre no período de zero a vinte sete dias de vida, sendo responsável por aproximadamente 70% das mortes no primeiro ano de vida, logo, é de suma importância compreender, assim como intervir, nos fatores que confluem para a manutenção dos altos índices desses marcadores no Brasil. Tendo em vista o perfil heterogêneo dos determinantes de saúde no país, as tendências de mortalidade neonatal também são diferentes, no entanto, de forma constante nas diferentes regiões do Brasil, a morte neonatal está intimamente relacionada à prematuridade, ao baixo peso ao nascer, às malformações congênitas e sofrimento fetal, e, por conseguinte, a todos os fatores socioeconômicos e biológicos que gerem essas condições. Dessa forma, o presente estudo possui como objetivo descrever as principais causas de óbito neonatal, identificar entre elas, as evitáveis, e caracterizar como impactam nesse indicador de saúde nacional. Trata-se de um estudo ecológico, cuja população de referência serão os neonatos do sexo feminino e masculino, residentes em todo o território brasileiro entre os anos de 2018 a 2021, sendo que foram utilizados dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC) e do TABNET obtidos pelo Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Espera-se caracterizar a etiologia da mortalidade neonatal, bem como compreender quais fatores são passíveis de intervenção para que o estudo contribua na melhoria da assistência à gestante, à puérpera, e ao recém-nascido, e na redução da tendência da mortalidade neonatal no país
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