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Promoção do bem estar global na população sénior: práticas de intervenção e desenvolvimento de actividades físicas
Dissertação mest., Ciências da Educação, Universidade do Algarve, 2007Em conformidade como a problemática em estudo “A prática de actividades físicas
pode ser um importante recurso para promover o bem-estar global na população
sénior?” o nosso propósito era identificar a importância da referida prática para os
senescentes e profissionais, as atitudes relacionais dos profissionais bem como as suas
necessidades formativas no domínio da população sénior. Através das pesquisas
efectuadas ao longo deste trabalho, ficaram evidentes os benefícios que a prática regular
de actividades físicas promovem na vida dos indivíduos, tenham eles muita ou pouca
idade.
Os senescentes avaliam a prática de actividades físicas como contributo importante para
a promoção do bem estar e para um envelhecer saudável.
Alguns professores referem não se sentirem preparados para trabalhar, com este escalão
etário, devido à falta de formação, referindo no entanto que a prática de actividades
físicas deve envolver relações de respeito, comunicação acessível, boa disposição,
relações interpessoais, motivação, empatia, inter-ajuda e valorização.
Apresentámos um plano de formação para professores de Educação Física que visou
colmatar as necessidades formativas dos mesmos no domínio da população sénior.
Foi possível desenvolver um conhecimento que permitiu concluir que o envelhecimento
é um processo natural, de todos os indivíduos. Compete a cada um de nós prevenir o
futuro, onde cada um ocupe em cada momento da vida o lugar que lhe cabe: algo difícil
de alcançar, mas que não pode ser adiado. É necessária uma contínua previsão do
futuro.
É necessário repensar o envelhecimento, sendo para tal necessário o estudo das
dimensões, estruturas e distribuição espacial da população numa sequência temporal. As
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práticas de intervenção e desenvolvimento de actividades físicas. Conclusão
transformações operadas na sociedade têm imposto uma direcção diferente à fase final
do ciclo de vida.
O senescente relaciona-se de maneira diferente com o meio, com os seus pares e
consigo mesmo. Os valores sofrem alterações ao longo da vida, a posse de bens
materiais não tem grande significado, comparado com as relações humanas, familiares e
sociais. A participação activa decresce com passar dos anos. O relacionamento com a
família modifica-se. A relação consigo mesmo sofre mudanças fisiológicas, ocorre
perda de massa muscular e força, a agilidade e velocidades nos movimentos diminuem,
contudo a antevisão dos movimentos e a atenção aumentam relativamente.
Devemos, desde hoje, olhar-nos no espelho do amanhã e aprender a envelhecer,
reconhecendo também, que envelhecimento é uma forma de crescimento. O inevitável
desgaste provocado pela passagem dos anos, em vez de nos tornar velhos, torna-nos
sábios e é desnecessário ficar triste por envelhecer, pois só envelhece quem está vivo. A
diminuição da actividade física, não implica forçosamente menos predisposição para a
vida em geral, por isso temos que criar motivações e actividades que melhorem as
performances dos seniores, de forma a que se sintam respeitados, úteis e acompanhados,
conseguindo também ter sentimentos de alegria e optimismo com maior qualidade de
vida. Através da prática regular de actividades físicas, os senescentes podem conservar
ou recuperar o nível físico, mental e emocional, o bem-estar e a qualidade de vida, e
prevenir ou retardar a manifestação de doenças.
A prática de actividade física constitui o elo decisivo na cadeia do processo global de
formação e educação, não é simplesmente a transmissão e apropriação de determinados
hábitos de vida, é determinante para a concretização do desenvolvimento da
personalidade do indivíduo, dado que contém bases para o seu comportamento moral,
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práticas de intervenção e desenvolvimento de actividades físicas. Conclusão
forja o pensamento, influencia significativamente a vontade, os seus sentimentos e a sua
disponibilidade para o empenhamento nas tarefas diárias.
A dificuldade em implementar e generalizar a prática regular das actividades físicas na
nossa sociedade preocupa técnicos e investigadores que acreditam ser essencial criar, o
mais cedo possível, e manter hábitos de vida saudáveis. Pois já Aristóteles recomendava
a ginástica como meio de formar o corpo, mesmo antes da formação do espírito.
A aprendizagem mais eficaz é a que pressupõe envolvimento e descoberta experimental
e é facilitada quando o indivíduo participa responsavelmente no seu processo em
contacto directo com os recursos da sua própria aprendizagem.
A prática de actividade física deve ser programada em função de uma série de
condicionalismos, de ordem externa, com grande influência no seu conteúdo e
realização.
O profissional deve ser um recurso flexível posto à disposição dos longevos como
conselheiro, informante e gerador de um clima de confiança que permita o desabrochar
da criatividade de cada um dos indivíduos, facilitando-lhes recursos que possibilitem o
desenvolvimento de actividades de livre escolha.
Actualmente, também os tempos livres assumem cada vez mais, um papel importante
nas sociedades modernas. Podem mesmo ser considerados como um dos reguladores da
vida quotidiana das sociedades, pois emergem novos valores e tecnologias, novos
estilos de vida e modos de comunicação, que obrigam a um ajustamento ao meio
envolvente e são factor de integração social. Os tempos livres organizam-se para
descanso, distracção, prazer, descontracção e melhoria da qualidade de vida. Assim a
prática de actividades físicas assume uma componente essencial na ocupação dos
tempos livres dos indivíduos.
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práticas de intervenção e desenvolvimento de actividades físicas. Conclusão
É importante conhecer os hábitos de vida dos senescentes pois a forma como se
comportam durante os seus tempos livres é reveladora da qualidade e eficiência da sua
formação. Grande parte deles não recebeu indicações que lhes permite ocupar os seus
tempos livres de um forma diferente de passividade. Se conhecermos os seus hábitos e
as suas preferências, podemos orientá-los para a prática regular de actividades físicas.
Um indivíduo que pratica actividades físicas socializa-se. Compreende-se assim o
quanto a prática de actividades físicas pode ser convertida num bem-estar generalizado
e numa melhoria de qualidade de vida, pois a aquisição de hábitos e condutas motoras
são indispensáveis ao desenvolvimento global do indivíduo.
Neste sentido, fazemos mais uma vez referência ao nosso estudo, já que os resultados
recolhidos são significativos da necessidade de estarmos atentos à população sénior,
quer através da sensibilização, quer através da implementação de medidas concretas,
que minimizem o sedentarismo, a solidão, isolamento e demonstraram que a actividade
físicas realizada de um modo regular contribui para a criação e manutenção de estilos de
vida que diminuem os efeitos negativos da nossa civilização e promovem o bem-estar
global da população sénior. É importante o reconhecimento do valor da actividade
física, pois cada vez se torna mais evidente que praticar actividades física de forma
regular é importante para prevenir e curar.
Neste sentido, as evidências apontam que mais de metade do declínio da capacidade
física da população sénior é devida ao tédio, à inactividade, ao sedentarismo e à
expectativa que cada um possuí face à possibilidade das doenças que prevê vir a
possuir. A actividade física minimiza perdas, retarda o processo degenerativo, mantendo
o indivíduo saudável por mais tempo, possibilitando desta forma que ele faça uma
melhor avaliação da sua qualidade de vida, proporcionando uma optimização de
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algumas funções orgânicas que poderão contribuir para melhorar a capacidade funcional
dos indivíduos, proporcionando-lhe maior independência e autonomia
Educomunicação e suas áreas de intervenção: Novos paradigmas para o diálogo intercultural
oai:omp.abpeducom.org.br:publicationFormat/1O material aqui divulgado representa, em essência, a contribuição do VII Encontro Brasileiro de Educomunicação ao V Global MIL Week, da UNESCO, ocorrido na ECA/USP, entre 3 e 5 de novembro de 2016. Estamos diante de um conjunto de 104 papers executivos, com uma média de entre 7 e 10 páginas, cada um.
Com este rico e abundante material, chegamos ao sétimo e-book publicado pela ABPEducom, em seus seis primeiros anos de existência. A especificidade desta obra é a de trazer as “Áreas de Intervenção” do campo da Educomunicação, colocando-as a serviço de uma meta essencial ao agir educomunicativo: o diálogo intercultural, trabalhado na linha do tema geral do evento internacional: Media and Information Literacy: New Paradigms for Intercultural Dialogue