2 research outputs found

    Processos de geocodificação em estudos de coorte: métodos aplicados no EpiFloripa Idoso

    Get PDF
    OBJECTIVE: To describe the process and epidemiological implications of georeferencing in EpiFloripa Aging samples (2009–2019). METHOD: The EpiFloripa Aging Cohort Study sought to investigate and monitor the living and health conditions of the older adult population (≥ 60) of Florianópolis in three study waves (2009/2010, 2013/2014, 2017/2019). With an automatic geocoding tool, the residential addresses were spatialized, allowing to investigate the effect of the georeferencing sample losses regarding 19 variables, evaluated in the three waves. The influence of different neighborhood definitions (census tracts, Euclidean buffers, and buffers across the street network) was examined in the results of seven variables: area, income, residential density, mixed land use, connectivity, health unit count, and public open space count. Pearson’s correlation coefficients were calculated to evaluate the differences between neighborhood definitions according to three variables: contextual income, residential density, and land use diversity. RESULT: The losses imposed by geocoding (6%, n = 240) caused no statistically significant difference between the total sample and the geocoded sample. The analysis of the study variables suggests that the geocoding process may have included a higher proportion of participants with better income, education, and living conditions. The correlation coefficients showed little correspondence between measures calculated by the three neighborhood definitions (r = 0.37–0.54). The statistical difference between the variables calculated by buffers and census tracts highlights limitations in their use in the description of geospatial attributes. CONCLUSION: Despite the challenges related to geocoding, such as inconsistencies in addresses, adequate correction and verification mechanisms provided a high rate of assignment of geographic coordinates, the findings suggest that adopting buffers, favored by geocoding, represents a potential for spatial epidemiological analyses by improving the representation of environmental attributes and the understanding of health outcomes.OBJETIVO: Descrever o processo e as implicações epidemiológicas do georreferenciamento nas amostras do EpiFloripa Idoso (2009–2019). MÉTODO: O estudo de coorte EpiFloripa Idoso buscou investigar e acompanhar as condições de vida e saúde da população idosa (≥ 60) de Florianópolis em três ondas de estudo (2009/2010, 2013/2014, 2017/2019). Com uma ferramenta de geocodificação automática, os endereços residenciais foram espacializados, permitindo a investigação do efeito das perdas amostrais do georreferenciamento em relação a 19 variáveis, avaliadas nas três ondas. A influência de diferentes definições de vizinhança (setores censitários, buffers euclidianos e buffers pela rede de ruas) foi examinada nos resultados de sete variáveis: área, renda, densidade residencial, uso misto do solo, conectividade, contagem de unidades de saúde, e contagem de espaços livres públicos. Coeficientes de correlação de Pearson foram calculados para avaliar as diferenças entre as definições de vizinhança de acordo com três variáveis: renda contextual, densidade residencial e diversidade de uso do solo. RESULTADO: As perdas impostas pela geocodificação (6%, n = 240) não ocasionaram diferença estatística significativa entre a amostra total e a georreferenciada. A análise das variáveis do estudo sugere que o processo de geocodificação pode ter incluído uma maior proporção de participantes com melhor nível de renda, escolaridade e condições de vida. Os coeficientes de correlação evidenciaram pouca correspondência entre medidas calculadas pelas três definições de vizinhança (r = 0,37–0,54). A diferença estatística entre as variáveis calculadas por buffers e setores censitários ressalta limitações no uso destes na descrição dos atributos geoespaciais. CONCLUSÃO: Apesar dos desafios relacionados à geocodificação, como inconsistências nos endereços, adequados mecanismos de correção e verificação propiciaram elevada taxa de atribuição de coordenadas geográficas. Os achados sugerem que a adoção de buffers, favorecida pela geocodificação, representa uma potencialidade para análises epidemiológicas espaciais ao aprimorar a representação dos atributos do ambiente e a compreensão dos desfechos de saúde

    Ambiente construído e caminhada: a influência da diversidade de usos do solo na caminhada para fins de transporte em idosos de Florianópolis

    No full text
    Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro Tecnológico, Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo, Florianópolis, 2020.O envelhecimento é uma tendência demográfica mundial e uma das demandas desta nova realidade é a promoção de qualidade de vida e bem-estar nas cidades. Certos atributos do ambiente construído podem incentivar o deslocamento ativo na vida cotidiana, promovendo o envelhecimento saudável. A presença de diferentes usos do solo em um bairro, definida como diversidade, tem sido evidenciada como um atributo importante na promoção da caminhada para fins de transporte. Entretanto, investigações do ambiente construído na América do Sul são escassos e poucos consideram a atividade física de idosos, portanto pesquisas em outros contextos geográficos, com aspectos urbanos, demográficos e culturais diferentes, são necessárias. A maior parte dos trabalhos costuma aplicar uma medida tradicional como representação da diversidade de usos do solo, ignorando suas limitações e deixando de investigar como medidas alternativas se relacionam com resultados relacionados à caminhada. Com isso, o objetivo deste estudo foi investigar a influência do ambiente construído, com ênfase na diversidade de usos do solo, para a escolha da caminhada como meio de transporte em adultos acima de 60 anos. O reconhecimento da complexidade da diversidade direcionou a definição de seis medidas relacionadas à intensidade e padrão do uso do solo na vizinhança, em oposição à sua redução a um índice simples, a entropia. Complementando a investigação de quais medidas selecionadas estão significativamente relacionadas ao comportamento ativo, está a determinação da escala de vizinhança apropriada para o grupo etário de estudo. Sendo assim, dados de caminhada relatados por 919 participantes do estudo EpiFloripa Idoso (Florianópolis, SC) foram relacionados com as características de suas vizinhanças acessadas pelas medidas de uso do solo. Dados do ambiente construído foram agregados por duas escalas de vizinhança, definidas por 10 e 20 minutos de caminhada a partir das residências dos idosos, e operacionalizadas por buffers de rede de 500 e 1000 metros criados em Sistema de Informações Geográficas (SIG). A associação entre as medidas do ambiente e a caminhada foi analisada por meio da construção de modelos de Regressão Logística Multinível. As análises revelaram que, além da medida tradicional de uso do solo (entropia), três medidas alternativas definidas pela proporção de comércios em relação a domicílios, proporção de usos não residenciais em relação a domicílios e a densidade de usos não residenciais na vizinhança, foram positivamente associadas com a prática da caminhada como transporte, independentemente da escala de definição do bairro. As associações foram significativas mesmo após considerar aspectos moderadores individuais e contextuais, como: sexo, idade, escolaridade, renda e declividade. Este estudo sugere que o acesso a destinos (como mercados, padarias, lojas e serviços públicos) nas proximidades da residência do idoso é um correlato ambiental fundamental por trás da relação significativa entre ambiente e atividade física. A contribuição desta pesquisa foi aplicar diferentes métodos de medição no mesmo conjunto de dados e analisar esse efeito em um modo alternativo de comportamento de viagem, o caminhar de idosos. Estudar o impacto do ambiente construído sobre a atividade física pode ajudar a compreender formas de criar comunidades mais ativas e sustentáveis, preparando as cidades para a realidade futura.Abstract: Aging is a worldwide demographic trend and one of the demands of this reality is the promotion of quality of life and well-being in cities. Attributes of the built environment can encourage walking and cycling as daily means of transport, promoting healthy aging. The presence of land use mix in a neighborhood, defined as diversity, has been shown as an important aspect to promote physical activity, especially walking for transport. However, only few studies were found exploring the relationship between older adults? physical activity and the built environment of South America. Therefore, the study of other geographic contexts with different urban, demographic and cultural aspects is recommended. Most of these studies usually apply a traditional measurement to represent the land use mix, ignoring its limitations and failing to investigate how alternative land use measures are related to walking. Given that, the objective of the present study was to investigate the relationship between the built environment, focusing on the land use mix, and the walking for transportation in adults over age 60 years. The complexity of land use mix led to the definition of six measures related to the intensity and the pattern of land use in the neighborhood, in opposition to its usual reduction to a simple entropy index. Complementing the determination about which selected measures are significantly related to active walking behavior, it is the need to define an appropriate neighborhood scale for the age group studied. Therefore, walking data from 919 participants of the EpiFloripa Idoso study (Florianópolis city, Brazil) were related to their neighborhoods characteristics, assessed by the land use measures. Built environment data were aggregated by two neighborhood scales, based on 10 and 20 minutes by walking from the residence of each elderly, and operated by network buffers of 500 and 1000 meters created in a Geographic Information System (GIS). The association between environmental measures and walking was analyzed through the Multilevel Logistic Regression modeling. The study revealed that, in addition to the traditional measure of land use (entropy), three alternative measures defined by the proportion of commercial uses in relation to households, the proportion of non-residential uses in relation to households and density of non-residential uses in the neighborhood were positively associated with the walking for transportation, regardless of the neighborhood scale. The associations were significant even after considering individual and contextual moderating aspects, such as: gender, age, education degree, level of income and slope. The present work suggests that the access to destinations (such as markets, bakeries, shops and public services) near the participant's home is a fundamental environmental correlate responsible for the significant relationship between environment and physical activity. The contribution of this research was the comparison of different measurement methods, applied in a unique data set, to analyze their effects on an alternative travel behavior, the walking of older adults. Studying the built environment impact on physical activity can help to understand ways to create more active and sustainable communities, preparing cities for the future reality
    corecore