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    Análise epidemiológica dos eventos tromboembólicos no Estado de Alagoas entre 2016 e 2021 e sua incidência no contexto da pandemia do Covid-19 / Epidemiological analysis of thromboembolic events in the State of Alagoas between 2016 and 2021 and its incidence in the context of Covid-19 pandemic

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    Introdução: O registro crescente do número de eventos tromboembólicos, assim como sua alta taxa de morbimortalidade demonstram a necessidade de tratar essa problemática como um grave problema de saúde pública. Os principais representantes desse grupo são a trombose venosa profunda (TVP) e o tromboembolismo pulmonar (TEP), causados por distúrbios da hemostasia que provocam a formação de coágulos em veias profundas, ocasionando obstrução parcial ou oclusão. Esses eventos estão entre as doenças cardiovasculares que mais levam ao óbito no mundo.  A infecção pelo coronavírus causada pelo vírus SARS-COV, cursa em sua forma mais grave com um estado inflamatório intenso, que pode ocasionar um desequilíbrio dos fatores de hemostasia, desencadeando um estado de hipercoagulabilidade caracterizado por angiopatia trombótica micro e macrovascular, decorrente da liberação de interleucina-6 (IL-6) pelas células endoteliais em resposta à invasão viral que amplifica a resposta imune, levando a um aumento de citocinas pró inflamatórias, que está associado a uma maior taxa de hiper inflamação sistêmica, que se manifesta em muitos casos por complicações como trombose venosa profunda e tromboembolismo pulmonar. Objetivo: Este artigo busca realizar uma análise epidemiológica dos eventos tromboembólicos no estado de Alagoas entre 2016 e 2021, avaliando sua prevalência frente a pandemia pelo covid-19 em relação aos anos que antecederam esse estado de saúde pública. Metodologia: Foi realizado um estudo epidemiológico observacional analítico transversal, para realizar uma análise epidemiológica dos eventos tromboembólicos no estado de Alagoas entre 2016 e 2021, a partir da coleta de informações contidas no Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS) e no Sistema de Informação de Mortalidade (SIM/SUS), ambos localizados no site do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DataSUS) e dados contidos no último censo de 2010 do IBGE.  Resultados e discussão: De acordo com a análise dos dados obtidos nesse estudo foi possível observar um crescente índice de prevalência dos eventos tromboembólicos ao longo dos anos, com exceção do ano de 2020, no qual obteve-se a menor taxa de prevalência dentre todos os anos analisados, seguido pelo ano de 2021 com a maior taxa de prevalência dos últimos 6 anos, no estado de Alagoas. O número de internados em unidades hospitalares no estado de Alagoas, por embolia, trombose venosa, flebite e tromboflebite, nos anos de 2016 a 2020, foi de 1.135 indivíduos. Desses, 30 evoluíram para óbito por embolia ou trombose venosa (2,6%), nos quais 10 desses óbitos ocorreram no ano de 2020, e 150 por flebite e tromboflebite (13,2%). Foi percebido neste estudo uma predominância relevante da prevalência de internações hospitalares por eventos tromboembólicos no sexo feminino em comparação ao sexo masculino no estado de Alagoas em todos os anos analisados. Conclusão: Pode-se concluir, a partir deste estudo, que a prevalência de eventos trombóticos venosos foi maior no ano de 2021 em relação aos últimos 5 anos e esse dado pode estar relacionado ao aumento na incidência de casos de covid-19, já que a hiperinflamação e a imuno trombose podem acarretar desequilíbrio dos fatores de hemostasia acarretando em complicações como a trombose venosa profunda e o tromboembolismo pulmonar
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