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    Potencial farmacológico dos canabinóides sintéticos nas doenças neurodegenerativas

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    Dissertação para obtenção do grau de Mestre no Instituto Superior de Ciências da Saúde Egas MonizA Cannabis sativa caracteriza-se pela presença de canabinóides naturais como produtos do seu metabolismo secundário, os quais têm um elevado potencial psicoativo. Devido a esta característica é a planta mais consumida para fins recreativos apesar de a sua plantação ser ilegal na maior parte dos países. A sua ilegalização originou diferentes epifenómenos entre os quais a sua substituição por canabinóides sintéticos com efeitos psicoativos mais pronunciados e na sua maioria legais. Os canabinóides podem ser classificados como endocanabinóides, canabinóides sintéticos ou fitocanabinóides, podendo levar a efeitos positivos ou negativos no organismo humano. Os canabinóides sintéticos existem desde o ano 2004, no entanto, o seu consumo só ganhou relevância a partir de 2008. Estes surgiram como miméticos sintéticos do Δ9-Tetrahidrocanabinol (Δ9-THC), conhecido como princípio ativo da Cannabis, podendo levar a efeitos adversos mais graves que esta. No entanto, têm sido utilizados devido ao seu potencial farmacológico. Os canabinóides possuem propriedades terapêuticas importantes que podem contribuir para o tratamento de sintomas associados a doenças prolongadas, incuráveis e progressivas, isto porque têm demonstrado atuar segundo vários mecanismos, exercendo ações neuroprotectoras, antioxidantes e anti-inflamatórias. Estas características suscitaram interesse no uso destes compostos como potencias agentes terapêuticos nas Doenças Neurodegenerativas. Após inúmeros ensaios clínicos, foi possível verificar que vários canabinóides sintéticos têm a capacidade de providenciar neuroprotecção nestas doenças, nomeadamente na doença de Alzheimer, doença de Parkinson, Esclerose Múltipla e doença de Huntington. Contudo, visto que, a grande maioria dos estudos efetuados, foram realizados em animais, nomeadamente em ratinhos, são ainda, necessários mais estudos, principalmente em humanos, que confirmem que estes compostos são seguros, eficazes e bem tolerados pelo Homem
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