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    A fabricação da loucura: contracultura e antipsiquiatria The making of madness: counterculture and anti-psychiatry

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    A década de 1950 e sobretudo a de 1960 foram marcadas por constantes revisões dos valores e costumes sociais. Foi nesse contexto que os movimentos de juventude ocuparam a cena, sendo a contracultura o maior deles. Os mantenedores do poder, entretanto, classificaram como loucura os comportamentos e as atitudes de seus adeptos. Contra essa forma de fabricação da loucura surgiu uma corrente de pensamento denominada antipsiquiatria, que questionaria a psiquiatria em seu cerne. Este artigo critica os modelos psiquiátricos daquele momento, estabelecendo relação entre os movimentos de contracultura e de antipsiquiatria.<br>The 1950s and especially the 1960s saw constant revisions of social values and customs, with young people's movements playing a major role, above all the so-called counter-culture. The powers-that-be categorized the behavior and attitudes of the movement's followers as constituting madness. This making of madness gave rise to a stream of thought known as anti-psychiatry, which calls into question the very essence of psychiatry. The present article criticizes the psychiatric models of that era and draws links between counter-culture movements and anti-psychiatry

    El otro discurso de las ciencias sociales en salud The social sciences’ other health-care discourse

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    <abstract language="por">No final da década de 1960 e na década seguinte, o olhar que abordava as deficientes condições sociais, que eram e continuam sendo as verdadeiras causas a dificultarem o desenvolvimento humano, nos alertava a prestarmos atenção no crescimento com eqüidade. Se desenvolvimento humano é aumento continuado das opções oferecidas às pessoas, que lugar ocupa este enunciado no discurso do senhor que é o das ciências sociais e o da política, sendo o seu principal produto hoje maior pobreza, superpopulação e menores opções para as pessoas? O que fazer para reverter tal quadro e conseguir que o povo tenha acesso a uma vida longa e sadia, a educação e a recursos necessários para que disponha de mais opções de vida do que de morte? Qual o lugar que ocupam ou deveriam ocupar as ciências sociais para nos aproximarmos de um discurso ético sobre a saúde? Quais objetos teremos de retomar para não continuarmos a validar as desigualdades sociais injustas do discurso do poder e do discurso do senhor?<br>Since the late 1960s and early 1970s, concern over inadequate social conditions - which is what has truly hampered human development - has been focused on growth together with equity. If human development is a process which should steadily broaden human options, what place does this concept play in the discourse of the social sciences and politics as ‘master’ - whose major product today is greater poverty, overpopulation, and less options for people? How can this situation be reverted, so that people can enjoy a long, healthy life, receive an education, and have access to the resources that are needed if their life chances are to be greater than their death chances? What role does or should the social sciences play in devising an ethical discourse on health care? To what objectives will we need to return, if we are to refrain from using scientific knowledge to validate the unjust social inequalities espoused in the discourses of power and of the master

    Machado de Assis e a psiquiatria: um capítulo das relações entre arte e clínica no Brasil Machado de Assis and psychiatry: a chapter in the relations between art and clinical practice in Brazil

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    Em Machado de Assis, a loucura, seu lugar na sociedade de então e as tênues fronteiras que a separam da razão tornaram-se preocupação constante a partir de 1880, quando houve uma inflexão em sua obra. Por outro lado, o escritor foi referido inúmeras vezes em estudos clínicos interessados na investigação das relações entre arte e loucura. Neste artigo, indico de forma breve a visão da psiquiatria brasileira a respeito das artes, dos artistas e do processo de criação nas primeiras décadas do século XX. E apresento três estudos dedicados ao escritor Machado de Assis e sua obra, produzidos nesse período por psiquiatras que interpretaram fenômenos artísticos sob o ponto de vista da psicopatologia, buscando explicitar a lógica interna a essas abordagens.<br>Madness, its place in society, and the tenuous boundaries separating it from reason became a constant concern in Machado de Assis' literary production as of 1880, when a shift can be observed in his work. Clinical studies exploring the relations between art and madness have mentioned this writer countless times. The article offers an overview of Brazilian psychiatry's perception of the arts, artists, and the creative process in the early decades of the twentieth century. It presents three studies on Machado de Assis and his works, written during that period by psychiatrists who interpreted artistic phenomenon from the perspective of psychopathology, and endeavors to identify the inner logic of these approaches
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