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    O treino de bio-absorção imagética (TBI) - comparação entre um grupo com tratamento activo (TBI) e um grupo em lista de espera seguido de tratamento activo (TBI) - sua eficácia no tratamento da enxaqueca e suas implicações nas variáveis psicológicas associadas à dor

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    O trabalho apresentado orientou-se, fundamentalmente, no sentido de avaliar e testar um tratamento psicológico denominado “Treino de Bio-Absorção Imagética” (TBI), no tratamento da enxaqueca. Este tratamento parece-nos de grande relevância no tratamento deste tipo de dor, tendo adquirido boas qualidades terapêuticas em estudos anteriores (1990; 1992 in Pires, 2002). Para cumprir este objectivo, procedeu-se a uma avaliação de variáveis relacionadas com a enxaqueca (i.e. índice de cefaleia, sintomas associados, como as náuseas e tonturas, número de dias livres e de crises e medicação) e de variáveis psicológicas associadas à experiência da dor (stresse, depressão e ansiedade) em vários momentos da investigação (antes, durante e final do tratamento). Pretende-se observar o efeito do TBI nas variáveis enunciadas. As variáveis relacionadas com a enxaqueca foram avaliadas diariamente através de um Diário da Dor (Blanchard & Andrasik, 1985), enquanto que as variáveis psicológicas (ansiedade, depressão e stresse) foram avaliadas, em três vezes, através de escalas de auto-registo: Escala de Auto-Avaliação de Zung, a Escala CES-D (Radloff, L.S. (1977) e Escala DASS (Lovibond & Lovibond (1995), respectivamente. A amostra de sujeitos é constituída por 19 pessoas, com idades compreendidas entre os 17 e os 56 e que sofrem de enxaqueca com ou sem aura, de acordo com os critérios de diagnóstico da IHS (2004). Desta forma, foram formados diferentes grupos: 1) o grupo sujeito ao tratamento psicológico (TBI), 2) o grupo em lista de espera, que posteriormente passa a ser 3) o grupo controlo sobre a condição experimental de associação de estímulo (i.e. frio) seguida do TBI. Os resultados, em geral, demonstram não existirem diferenças significativas entre as diferentes condições (entre grupos) e as semanas de cada condição (dentro dos grupos) nas variáveis em estudo, no entanto, verificou-se que as variáveis psicológicas associadas à dor, tais como o stresse, a depressão e a ansiedade apresentam níveis mais baixos no final do tratamento. Propõe-se, que o TBI poderá ter características terapêuticas no tratamento da enxaqueca, na medida em que se verifica uma redução do stresse, sintomas depressivos e ansiedade, tal como uma auto-avaliação mais positiva em relação à própria experiência enxaquecosa e sua vivência (modos de lidar com a dor mais activos e positivos). Os resultados deste estudo foram limitados, na nossa opinião, por alguns aspectos, como o tamanho da amostra e a sintomatologia clínica apresentada pela amostra. Assim, parece-nos de grande importância, e em especial no âmbito da Psicologia, aprofundar o conhecimento existente acerca deste tratamento, procurando sempre obter um maior corpo de evidência e questionar os principais aspectos que envolvem a experiência da enxaqueca, de modo a torná-la mais adaptativa para a pesso
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