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    Estudo bioclimático dos extremos térmicos em Cascais e suas repercussões nos consumos elétricos de edificios municipais

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    Estudos sobre as alterações climáticas no concelho de Cascais referem que é provável, até ao final do presente século, um aumento da temperatura média anual entre 3,4°C a 6,5°C (Aguiar, 2010). Caso sejam comprovadas tais previsões, será expectável o aumento do consumo de energia com fim à climatização de espaços interiores e consequente conforto térmico. Para evitar o consumo insustentável de energia é necessário um correto ordenamento do território. Esta investigação teve três objetivos: i) primeiro conhecer a influência do ambiente atmosférico urbano nos consumos elétricos de edifícios municipais; ii) o segundo consistiu em conhecer a relação entre os consumos de alguns desses edifícios e as temperaturas extremas; iii) e por último definir algumas orientações climáticas para o concelho que possam evitar o consumo insustentável em edifícios públicos. Numa primeira fase da investigação foram identificados os extremos térmicos. Depois de identificados, foram desenvolvidos alguns modelos sobre o conforto térmico com base na PET (Temperatura Fisiológica Equivalente) e mapas sobre a distribuição da temperatura com base em variáveis urbanas e outras (tais como altitude, altura dos edifícios, relação H/W, etc.), que serviram para analisar a influência dos extremos térmicos no consumo de energia elétrica numa segunda fase. Os resultados obtidos mostraram que a relação entre a altura dos edifícios e a largura das ruas (H/W), o índice de rugosidade aerodinâmica (Z0) e o índice de vegetação (NDVI), foram as variáveis urbanas mais importantes para explicar os contrastes térmicos. Sugere-se a manutenção dos corredores de ventilação e a expansão da mancha verde em área urbana, de forma a proporcionar um maior conforto térmico e assim proporcionar uma melhor gestão dos consumos elétricos dos edifícios municipais.ABSTRACT: In a study about the climate change in the municipality of Cascais (Aguiar, 2010), it was showed that, until the end of the current century, an increase of the annual average temperature between 3,4°C to 6,5°C, can occur. If this will happen, thermal comfort patterns may be altered and the necessity of cooling the interior spaces will increase the electric energy consumption. To avoid unsustainable energy consumption, in the local scale, a correct urban planning is needed. This research has three main goals: i) the first one is to know the influence of the urban atmospheric environment in the electric energy consumption of several municipal buildings; ii) the second one consists in the knowledge of the relation between the consumptions of those buildings and extreme temperatures; iii) the last consists in the definition of several climate guidelines that can be used by the municipality in order to prevent unsustainable consumptions in public buildings. In the first part of this work thermal extremes were identified. After that identification, several models were developed concerning the thermal comfort based on PET (Physiological Equivalent Temperature) and temperature distribution maps were generated using urban variables and other (such as the altitude, the height of the buildings, H/W ratio, etc.), which served to analyze the influence of thermal extremes in the electric energy consumption in a second stage. The results showed that the ratio between the height of the buildings and the width of the streets (H/W), the aerodynamic roughness (Z0) and the Normalized Difference Vegetation Index (NDVI) were the most important variables that explain the thermal contrasts. It is suggested that the maintenance of the ventilation paths and the extensive use of green areas are essential to ameliorate the thermal comfort and to provide a better management of electric energy consumption in the municipal buildings
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