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Análise da variabilidade da frequência cardíaca na resistência insulínica mediada pelo corpo carotídeo
A análise da Variabilidade da Frequência Cardíaca tem vindo a ser cada vez
mais utilizada enquanto ferramenta, ainda que indireta, de acesso à atividade e
funcionamento do Sistema Nervoso Autónomo. Por outro lado, as doenças do
foro metabólico têm vindo a aumentar consideravelmente a sua incidência, em
todo o mundo.
Vários estudos têm surgido, defendendo que a patologia metabólica, como
a Obesidade, o Síndrome Metabólico e a Diabetes tipo 2, implica alterações autonómicas,
nomeadamente a híper ativação da via simpática do Sistema Nervoso
Autónomo. Neste sentido, sugere-se a existência de neuropatia autonómica associada
a distúrbios metabólicos.
Estudos recentes sugerem que o bloqueio cirúrgico do Nervo do Seio Carotídeo,
nervo sensitivo do Corpo Carotídeo, retrocede os sintomas associados à
patologia metabólica, nomeadamente, a resistência à insulina e a intolerância à
glicose.
Neste projeto, analisaram-se séries temporais de intervalos RR em modelos
animais de ratos saudáveis, em ratos com patologia metabólica e em ratos sujeitos
a bloqueio cirúrgico do Nervo do Seio Carotídeo. A resposta autonómica na
patologia metabólica foi estudada em condição de repouso e de estímulo metabólico
e não metabólico. A análise das séries temporais de intervalos RR representa
a análise da variabilidade da frequência cardíaca.
Foram observadas alterações autonómicas resultantes de patologia metabólica.
Observou-se que a patologia metabólica tem implicações ao nível da resposta
do Sistema Nervoso Autónomo a uma condição de estímulo, quer seja metabólico
ou não metabólico. Corroborou-se o previamente descrito, tendo-se notado
que a denervação do Nervo do Seio Carotídeo aproxima a atividade autonómica
de animais pré-diabéticos a animais saudáveis.
Deste modo, ainda que com uma amostra reduzida, os resultados sugerem
que a denervação do Nervo do Seio Carotídeo poderá ser uma terapêutica inovadora
na resistência à insulina, enquanto forma de retroceder os impactos na
atividade autonómica desta patologia