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    Relação entre os anestésicos locais e a hipertermia maligna

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    A hipertermia maligna (HM) é um distúrbio hereditário raro. É caracterizada por um aumento do metabolismo associado, na maioria das vezes, à anestesia geral pela exposição a agentes desencadeantes, como relaxantes musculares, principalmente a succinilcolina, e anestésicos inalatórios halogenados. No passado, também era relacionada com o uso de anestésicos locais do tipo amida, os quais são muito utilizados em procedimentos odontológicos, o que causou por muito tempo uma restrição absoluta em relação ao uso desses anestésicos em pacientes suscetíveis ou com histórico familiar de HM. O presente trabalho consiste em uma revisão de literatura em artigos relacionados e livros de Farmacologia e Anestesiologia, tendo como finalidade apresentar a HM, bem como identificar os sinais e o tratamento, além de enfatizar que o uso de anestésicos locais do tipo amida foram erroneamente relacionados à HM. A desordem é provocada por um gene alterado, relacionado aos receptores dos canais de cálcio da célula muscular, causando desequilíbrio intracelular. Os sinais da HM são representados por rigidez muscular, taquicardia, cianose, hipertermia, arritmia e acidose metabólica; quando identificados é preciso suspender o uso do agente desencadeante e administrar, via intravenosa, o antagonista dantrolene sódico, além do controle dos outros sinais. Muitas vezes os hospitais não possuem ou não há a quantidade suficiente de medicamento para reverter uma crise, perante a raridade da desordem e o elevado custo do fármaco. No contexto odontológico não há restrição para o uso de anestésicos locais em pacientes suscetíveis, pois agindo de forma isolada não há relatos de HM provocada por anestésicos locais do tipo amida. Nos casos relacionados à HM, observou-se a presença de substâncias desencadeadoras, sendo estas as responsáveis pelas crises. Diante disso o uso dos anestésicos locais do tipo amida é considerado seguro para tratamentos odontológicos em pacientes suscetíveis à HM.Palavras-chave: Hipertermia maligna. Odontologia. Anestésicos locais

    Cirurgia hospitalar em paciente com necessidade especial: relato de caso

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    Paciente J. P. B. E., 26 anos, encontrava-se em atendimento odontológico na Clínica de Pacientes com Necessidades Especiais II da Universidade do Oeste de Santa Catarina. Apresentou hidrocefalia, sem alterações sistêmicas. Sua mãe relatou ter dificuldade de “escovar os dentes de trás”. Ao exame clínico, foi constatado acúmulo de placa considerável nos elementos dentais 18, 28 e 38, lesão cariosa no dente 47 e presença de cálculo nos dentes inferiores; no exame radiográfico foi possível observar inclinação horizontal do elemento dental 48. Em razão da dificuldade do tratamento odontológico em ambiente ambulatorial onde necessitaria de mais sessões para a realização do tratamento completo, foi optado pela realização do procedimento em ambiente hospitalar. Foi realizada anestesia geral com intubação nasotraqueal. Após a sedação foi realizada remoção da cárie e restauração do dente 47, troca de uma restauração escurecida classe IV no dente 11, selamento oclusal do dente 37 e raspagem subgengival da arcada inferior. Para a extração dos terceiros molares, foi realizada a antissepsia intra e extraoral com clorexidina, colocação dos campos cirúrgicos, colocação de tampão orofaríngeo, infiltração com 6 mL de lidocaína 2% com adrenalina 1:200.000 para bloqueio direito e esquerdo dos nervos alveolar superior posterior, nervo alveolar inferior, nervo palatino maior, nervo lingual e bucal. Para os dentes 18, 28 e 38 foi realizada incisão intrassulcular e descolamento mucoperiosteal, em seguida a exodontia por via alveolar. Para o dente 48 foi realizada incisão intrassulcular com uma relaxante mesial e descolamento mucoperiosteal, osteotomia vestibular e odontossecção da porção coronária e radicular. Também foi feita sutura dos alvéolos em “X” interno com Vicryl® 5-0, remoção do tampão orofaríngeo e dos campos cirúrgicos e limpeza do paciente. Em decorrência da dificuldade do manejo em pacientes especiais, o ambiente hospitalar se torna um local favorável para o manejo por conter uma equipe multidisciplinar facilitando o tratamento e a boa recuperação dos pacientes.Palavras-chave: Odontologia preventiva. Procedimentos cirúrgicos bucais. Serviço hospitalar

    Contraindicações dos anestésicos locais de interesse odontológico

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    Para precaução de dor na Odontologia é importante a utilização de anestésicos locais (AL), os quais bloqueiam a ação de canais iônicos impedindo a neurotransmissão do potencial de ação. Também é sabido que se faz necessário o conhecimento por parte do cirurgião-dentista (CD) sobre suas contraindicações. O objetivo com este trabalho é demonstrar as contraindicações em relação ao uso de AL na Odontologia. Trata-se de uma revisão de literatura realizada por meio de um levantamento de artigos científicos e livros sobre o assunto. Antes de qualquer procedimento odontológico deve-se realizar a avaliação física e psicológica do paciente, saber seu histórico médico, bem como enquadrá-lo na classificação da American Society of Anestesiology (ASA). Existem contraindicações absolutas e relativas quanto ao uso de AL na Odontologia. A primeira apresenta risco de complicação fatal, na qual a droga não deve ser administrada em nenhuma hipótese, tendo como exemplos a alergia comprovada ao anestésico local, evitando-se, assim, o uso de AL da mesma classe química. Também processos alérgicos relacionados ao bissulfito de sódio, considerado uma substância antioxidante adicionada aos tubetes odontológicos. Em relação às contraindicações relativas, há uma chance de resposta adversa, em que se pode usar a droga, porém de forma criteriosa. Tais situações envolvem pacientes que apresentem colinesterase plasmática atípica, metemoglobinemia, disfunção hepática significativa, doença renal, doença cardiovascular ou hipertireoidismo. Conclui-se que apesar de raras, as reações a AL existem. A anamnese constitui-se uma etapa de extrema importância para minimizar os riscos que os anestésicos locais podem oferecer durante procedimentos odontológicos, considerando-se de fundamental importância sua realização de forma criteriosa para uma coleta de informações verdadeiras que orientarão o cirurgião dentista.Palavras-chave: Anestésicos locais. Odontologia. Contraindicações

    Cirurgia hospitalar em paciente com necessidade especial: relato de caso

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    Paciente J. P. B. E., 26 anos, encontrava-se em atendimento odontológico na Clínica de Pacientes com Necessidades Especiais II da Universidade do Oeste de Santa Catarina. Apresentou hidrocefalia, sem alterações sistêmicas. Sua mãe relatou ter dificuldade de “escovar os dentes de trás”. Ao exame clínico, foi constatado acúmulo de placa considerável nos elementos dentais 18, 28 e 38, lesão cariosa no dente 47 e presença de cálculo nos dentes inferiores; no exame radiográfico foi possível observar inclinação horizontal do elemento dental 48. Em razão da dificuldade do tratamento odontológico em ambiente ambulatorial onde necessitaria de mais sessões para a realização do tratamento completo, foi optado pela realização do procedimento em ambiente hospitalar. Foi realizada anestesia geral com intubação nasotraqueal. Após a sedação foi realizada remoção da cárie e restauração do dente 47, troca de uma restauração escurecida classe IV no dente 11, selamento oclusal do dente 37 e raspagem subgengival da arcada inferior. Para a extração dos terceiros molares, foi realizada a antissepsia intra e extraoral com clorexidina, colocação dos campos cirúrgicos, colocação de tampão orofaríngeo, infiltração com 6 mL de lidocaína 2% com adrenalina 1:200.000 para bloqueio direito e esquerdo dos nervos alveolar superior posterior, nervo alveolar inferior, nervo palatino maior, nervo lingual e bucal. Para os dentes 18, 28 e 38 foi realizada incisão intrassulcular e descolamento mucoperiosteal, em seguida a exodontia por via alveolar. Para o dente 48 foi realizada incisão intrassulcular com uma relaxante mesial e descolamento mucoperiosteal, osteotomia vestibular e odontossecção da porção coronária e radicular. Também foi feita sutura dos alvéolos em “X” interno com Vicryl® 5-0, remoção do tampão orofaríngeo e dos campos cirúrgicos e limpeza do paciente. Em decorrência da dificuldade do manejo em pacientes especiais, o ambiente hospitalar se torna um local favorável para o manejo por conter uma equipe multidisciplinar facilitando o tratamento e a boa recuperação dos pacientes.Palavras-chave: Odontologia preventiva. Procedimentos cirúrgicos bucais. Serviço hospitalar
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