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    Caracterização do componente vascular da barreira hemato-retiniana: Estudos de microperfusão de arteríolas retinianas em coelhos normais e diabéticos

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    A Barreira Hemato-Retiniana (BHR) está localizada em 2 níveis - o epitélio pigmentado da retina e as células endoteliais dos vasos da retina, constituindo as chamadas Barreira Hemato-Retiniana Interna e Barreira Hemato-Retiniana Externa. Se bem que estas duas barreiras apresentem características comuns, os seus pormenores morfológicos, bioquímicos e, em suma, as suas funções são bem diferentes. Grande parte dos trabalhos estudando a permeabilidade e os mecanismos de transporte através da BHR referem-se, geralmente, à BHR como um todo, incluindo a externa e a interna, pouco se sabendo acerca da contribuição relativa de cada um dos seus componentes. Desenvolvemos um modelo experimental novo que nos permite estudar directamente in vitro a permeabilidade do componente vascular da Barreira Hemato-Retiniana quer em condições normais quer na diabetes experimental, através da utilização de técnicas de microperfusão adaptadas de estudos em túbulos renais, nas quais procedemos a ligeiras modificações. A aplicação desta metodologia à fisiologia vascular tem sido limitada em virtude, fundamentalmente, de problemas anatómicos relacionados com a dificuldade de isolamento de pequenos segmentos vasculares. Os vasos retinianos do coelho parecem ser particularmente apropriados para este tipo de estudo pois assentam directamente sobre a camada de fibras nervosas da retina, estando as suas paredes completamente livres de tecido glial em seu redor e em contacto directo com o vítreo, tornando possível a sua dissecção manual. Assim demonstrámos: 1 - A existência de um movimento uni-direccional de fluoresceína através dos vasos da retina, de fora para dentro do seu lúmen, aparentemente devido a um processo mais geral de transporte activo de aniões orgânicos; 2 - A existência de um fluxo de fluido de fora dos vasos para o seu lúmen; 3 - A dependência do fluxo de fluido em relação à fluoresceína e possivelmente em relação ao sistema mais geral de transporte de aniões orgânicos. Este fluxo de fluido também é dependente da temperatura; 4 - O transporte activo de fluoresceína aparece diminuído nas arteríolas de animais diabéticos, indicando uma alteração da permeabilidade nas suas paredes; 5 - A existência de um transporte de D-glicose do lúmen dos vasos retinianos para o banho, saturável e parcialmente inibido pela floretina; 6 - O fluxo de D-glicose, do lúmen dos vasos para o banho, encontra-se significativamente aumentado em arteríolas diabéticas e a floretina deixa de exercer uma acção inibitória. Este modelo experimental de microperfusão de segmentos vasculares da retina desenvolvido por nós, abre pois perspectivas extremamente interessantes na investigação da fisiologia e farmacologia dos vasos da retina, quer em situações normais quer em situações patológicas experimentais, bem como na manipulação farmacológica da retinopatia diabética

    Caracterização do componente vascular da barreira hemato-retiniana: Estudos de microperfusão de arteríolas retinianas em coelhos normais e diabéticos

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    A Barreira Hemato-Retiniana (BHR) está localizada em 2 níveis - o epitélio pigmentado da retina e as células endoteliais dos vasos da retina, constituindo as chamadas Barreira Hemato-Retiniana Interna e Barreira Hemato-Retiniana Externa. Se bem que estas duas barreiras apresentem características comuns, os seus pormenores morfológicos, bioquímicos e, em suma, as suas funções são bem diferentes. Grande parte dos trabalhos estudando a permeabilidade e os mecanismos de transporte através da BHR referem-se, geralmente, à BHR como um todo, incluindo a externa e a interna, pouco se sabendo acerca da contribuição relativa de cada um dos seus componentes. Desenvolvemos um modelo experimental novo que nos permite estudar directamente in vitro a permeabilidade do componente vascular da Barreira Hemato-Retiniana quer em condições normais quer na diabetes experimental, através da utilização de técnicas de microperfusão adaptadas de estudos em túbulos renais, nas quais procedemos a ligeiras modificações. A aplicação desta metodologia à fisiologia vascular tem sido limitada em virtude, fundamentalmente, de problemas anatómicos relacionados com a dificuldade de isolamento de pequenos segmentos vasculares. Os vasos retinianos do coelho parecem ser particularmente apropriados para este tipo de estudo pois assentam directamente sobre a camada de fibras nervosas da retina, estando as suas paredes completamente livres de tecido glial em seu redor e em contacto directo com o vítreo, tornando possível a sua dissecção manual. Assim demonstrámos: 1 - A existência de um movimento uni-direccional de fluoresceína através dos vasos da retina, de fora para dentro do seu lúmen, aparentemente devido a um processo mais geral de transporte activo de aniões orgânicos; 2 - A existência de um fluxo de fluido de fora dos vasos para o seu lúmen; 3 - A dependência do fluxo de fluido em relação à fluoresceína e possivelmente em relação ao sistema mais geral de transporte de aniões orgânicos. Este fluxo de fluido também é dependente da temperatura; 4 - O transporte activo de fluoresceína aparece diminuído nas arteríolas de animais diabéticos, indicando uma alteração da permeabilidade nas suas paredes; 5 - A existência de um transporte de D-glicose do lúmen dos vasos retinianos para o banho, saturável e parcialmente inibido pela floretina; 6 - O fluxo de D-glicose, do lúmen dos vasos para o banho, encontra-se significativamente aumentado em arteríolas diabéticas e a floretina deixa de exercer uma acção inibitória. Este modelo experimental de microperfusão de segmentos vasculares da retina desenvolvido por nós, abre pois perspectivas extremamente interessantes na investigação da fisiologia e farmacologia dos vasos da retina, quer em situações normais quer em situações patológicas experimentais, bem como na manipulação farmacológica da retinopatia diabética

    Optical Properties Influence Visual Cortical Functional Resolution After Cataract Surgery and Both Dissociate From Subjectively Perceived Quality of Vision

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    Purpose: To investigate the relation between optical properties, population receptive fields (pRFs), visual function, and subjectively perceived quality of vision after cataract surgery. Methods: The study includes 30 patients who had recently undergone bilateral sequential cataract surgery. We used functional magnetic resonance imaging and pRF modelling methods to assess pRF sizes across visual cortical regions (V1-V3). Subjects also performed a complete ophthalmologic and psychophysical examination and answered a quality of vision questionnaire. Results: Subjects with worse optical properties had, as predicted, larger pRF sizes. In addition, analysis in the primary visual cortex revealed significantly larger mean pRF sizes for operated subjects with worse contrast sensitivity (P = 0.038). In contrast, patients who scored high in the subjective "bothersome" dimension induced by dysphotic symptoms had surprisingly lower pRF size fitting interception (P = 0.012) and pRF size fitting slopes (P = 0.020), suggesting a dissociation between objective quality of vision and subjective appraisal. Conclusions: Optical properties of the eye influence pRF size. In particular, visual aberrations have a negative impact on visual cortical processing. A novel dissociation between subjective reports of quality of vision and pRF sizes was further identified. This suggests that patients with better cortical resolution may have a negative subjective response possibly because of improved perception of dysphotic phenomena. pRF properties represent a valuable quantitative measure to objectively evaluate quality of vision but do not necessarily predict subjective complaints
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