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RENDEIRAS DE MARECHAL DEODORO: UM OLHAR A PARTIR DA ANÁLISE INSTITUCIONAL
A Psicologia Social é uma área com diversas perspectivas tratando de grupos e coletivos sociais, utilizando-se dos conceitos como: autoanálise, autogestão e outros. A autoanálise é quando as comunidades atuam de forma direta na identificação de seus problemas e necessidades e, a autogestão ocorre quando as mesmas deliberam e decidem quais atitudes devem tomar para solucionar essas questões. O objetivo deste trabalho consistiu em compreender o funcionamento de uma associação de rendeiras a partir dos conceitos operacionais da Análise Institucional - autogestão e autoanálise. O estudo foi realizado por meio de uma pesquisa de campo com enfoque qualitativo na Associação das Rendeiras de Marechal Deodoro localizada em Alagoas, e para identificar a dinâmica institucional foram realizadas uma entrevista semiestruturada com dois associados. Com base nos dados coletados foi feita uma relação do contexto das rendeiras com os conceitos abordados acima. Dessa forma foi possível compreender que as artesãs, a partir do diálogo, são capazes de identificar as demandas de sua associação e um potencial para buscar ações que promovam as mudanças necessárias, o que ressalta a relevância do processo da análise institucional. No entanto, destaca-se a necessidade de um olhar mais aprofundado da psicologia voltado para essas associações
UMA ANÁLISE DOS PROCESSOS DE ESTIGMATIZAÇÃO DO “ALUNO-PROBLEMA”: A CONSCIÊNCIA CRÍTICA COMO PRODUTO DE SUA AUTONOMIA
O presente artigo tem por objetivo fazer uma análise sobre o processo de estigmatização decorrente do fracasso escolar. Com base em pesquisas bibliográficas, foi realizado um percurso histórico no qual a escola pública se fundamenta e sua cultura se estabelece, para que assim, possa-se promover um olhar macro na problemática que envolve o estigma impresso no dito “aluno-problema”. Realizou-se também análises das relações de poder no qual se sustenta o discurso hegemônico normativo confrontando assim uma perspectiva reducionista/simplista que visa depositar no aluno e/ou em sua família a culpabilização pelo “mau” rendimento ou evasão escolar, visto que este não se enquadra na lógica metodológica-padrão que é imposta dentro do contexto escolar. Dessa forma é exposto que tal método é em si mesmo engessante para com a singularidade do sujeito. Com isso, convidamos o psicólogo a uma reflexão dos processos históricos nos quais o problema se estabelece para que unindo forças possamos construir a ideia de um aluno enquanto ser autônomo dentro do processo que rege a aprendizagem