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    Abordando a Sexualidade com os Adolescentes no contexto escolar: um relato de experiência.

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    Texto original: O Programa Saúde e Prevenção nas Escolas é um marco político na articulação entre os setores da educação e saúde. Parte da premissa, que há necessidade de lançar mão de estratégia de formação continuada entre os profissionais da educação como forma de contribuir para uma aprendizagem compartilhada por trabalhadores da educação e da saúde, de outras instituições públicas, de outras organizações da sociedade civil cujas ações repercutam na redução da vulnerabilidade às doenças sexualmente transmissíveis e à Aids e a outros problemas específicos que acometem os jovens brasileiros. O Projeto Papo Sério, nesta perspectiva, entende que a sexualidade é uma das temáticas mais significativas e expressadas pela comunidade escolar, sobretudo, pelos adolescentes, face ao crescente índice de gravidez na adolescência. Sabe-se que, a vivência da adolescência pode acarretar inúmeras transformações no sujeito adolescente no âmbito psicológico, em especial nos processos de estabelecimento identitário, no contexto da maior autonomia socioeconômica, além das modificações de natureza anatômicas e fisiológicas. Neste sentido, tratar da sexualidade entre os adolescentes ainda é um tema permeado de tabus e preconceitos. Para muitos, tratar de sexo com adolescentes como um fato natural ainda é um exercício complicado, o que acaba sendo um dos principais obstáculos para implantação de ações que envolvam a temática. Para tanto, este trabalho teve como objetivo: possibilitar espaço de discussão e compreensão sobre sexualidade, junto aos adolescentes. Cenário: Colégio Estadual Antônio Prado Junior. Sujeitos: 93(100%) jovens com idades entre 16-20 anos. 53% do sexo feminino e 47%, masculino. Metodologia: Exposição temática; uso de gravuras, como forma de objetivar as situações cotidianas e problematização da temática, a partir do lançamento de perguntas. Resultados: 100% conceituaram a abordagem de boa à ótima. 99% informaram que, a forma de exposição do tema, despertou suas curiosidades, levando-os a compreensão do assunto. A abordagem é feita por meio de murais temáticos, onde existe uma caixa em que são depositadas as dúvidas de forma anônima, e as respostas são colocadas no próximo mural. Outra forma de exposição da temática é a roda de bate papo feita nas salas de aula com os alunos e as vezes com a participação dos professores. Os alunos sempre sugerem assuntos a serem abordados, e dentro do possível as sugestões são atendidas. Conclusão: Esta aproximação reforça, aproxima e integraliza ações, sustentadas no compartilhamento de saberes e fazeres. Consideramos ainda, nossos limites e possibilidades.  Quanto aos limites: Consideramos que há outros determinantes sociais e econômicos que ainda impedem a formação de criticidade e de conscientização de forma efetiva, que independem somente das informações/orientações recebidas pelos jovens. Quanto às possibilidades: este modelo e abordagem sustentada na objetivação das situações e problematização do cotidiano, necessitam ser implementadas de forma mais efetiva, enquanto estratégia de promoção de saúde, no ambiente escolar.

    A Percepção dos Adolescentes sobre o Aconselhamento Coletivo na Escola: um relato de experiência

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    Sabe-se que a adolescência é uma fase complexa, de formação de identidade e alterações fisiológicas importantes. Trata-se de um período na vida de um indivíduo, aguçado pelo despertar da curiosidade, descoberta da sexualidade e a expressão da mesma, marcada por um processo de experimentação pessoal e de impregnação pela cultura sexual do grupo, ou seja, pelo mundo em que vive. Nesta fase, marcada pelo início das experiências sexuais, de certa forma exige cautela para que especialmente, a gravidez não programada e planejada, possa ocorrer trazendo consigo, consequências indesejadas para estes jovens. Sabe-se que a prática do Aconselhamento Coletivo, torna-se uma estratégia de saúde, para uma escuta sensível e dialógica, para troca de informações e proporcionar reflexões, numa perspectiva de possíveis mudanças de atitudes e comportamento, de forma crítica e consciente. Neste entendimento o Projeto de Extensão “Papo Sério”, teve como objetivo: Avaliar a prática do Aconselhamento Coletivo sobre a vivência da sexualidade e a gravidez na adolescência. Cenário: Colégio Estadual Pedro Álvares Cabral. Sujeitos: 58 jovens matriculados nos 1º e 2º ano do Ensino Médio. Metodologia: 1º- realizamos Exposição oral, através de apresentação em slides, com imagens e texto sobre o tema. 2º- Desenvolveu-se o Aconselhamento Coletivo, sobre a temática. Resultados: Quanto as idades dos participantes:8,63% tinha 18 anos; 32,75% tinha 17 anos; 43,1% tinha 16 anos; 13,8%  15 anos; e 1,72% tinha 14 anos. Quanto ao sexo, 56,9% eram do sexo feminino e 43,1% eram do sexo masculino. 86,2% dos alunos disseram que os temas abordados corresponderam às suas expectativas. Em relação à forma em que os temas foram abordados 17,25% dos alunos acharam ótimo, 37,93% muito bom e 41,38% bom. Quanto à forma de compreensão sobre os temas, 20,7% acharam ótimo; 31,03% muito bom e 44,83% bom. 68,97% dos adolescentes afirmaram que os temas propostos geraram interesse e os levaram a refletir sobre, 27,59% disseram que não e 3,44% não responderam. Conclusão: Detectamos que o Aconselhamento Coletivo, na percepção dos adolescentes pode ser uma estratégia metodológica para abordar a sexualidade e Gravidez, no ambiente da escola, capaz de promover a disseminação do conhecimento, a reflexão sobre os temas e tal como proposto, um instrumento pedagógico em saúde desenvolvido de forma participativa, preservando o compartilhamento de experiências e vivências, entre saberes e práticas.  

    Violência na escola e promoção da cultura de paz: um relato de experiência sobre uma ação educativa em saúde

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    Introdução: Sabe-se que nos dias atuais, a violência infantil é considerada como um dos principais problemas de saúde pública em nosso país, que cada vez mais vem afetando milhares de crianças. O desenvolvimento de atividades lúdicas, como forma de abordagem nas ações educativas, no ambiente escolar, torna-se ferramenta importante de integração/interação junto aos escolares, facilitando a troca de informações e orientações relevantes sobre a violência. Nesta perspectiva, as ações educativas em saúde voltadas para este grupo populacional fazem parte da proposta do Projeto de Extensão “Cultura da Paz entre crianças e adolescentes: a enfermagem na prevenção da violência nas escolas” que está inserido no Programa Curricular Interdepartamental I (PCI I), da Escola de Enfermagem Anna Nery da Universidade Federal do Rio de Janeiro (EEAN/UFRJ). Objetivos: facilitar a discussão sobre o conceito de violência, junto à comunidade escolar, sobretudo, com os escolares; Discutir as principais implicações da violência na saúde das crianças; Analisar as possibilidades de atuação na prevenção e situações de violência no ambiente escolar. Procedimentos metodológicos: a ação educativa em saúde foi desenvolvida pelos alunos do curso de graduação em Enfermagem e Obstetrícia da Escola de Enfermagem Anna Nery / UFRJ em uma Escola do Município do Rio de Janeiro no primeiro semestre de 2015. Participaram 70 crianças entre 6 a 12 anos de idade matriculados na referida instituição. Para abordar a temática da “Violência na Escola e Promoção da Cultura de paz”, os alunos de graduação utilizaram como estratégias a dramatização de situações cotidianas para ilustrar a importância do tema. Resultados: As crianças participaram ativamente do processo de interação com os graduandos de enfermagem, através de questionamentos e de relatos sobre situações de violência, que possibilitaram o nosso pensar crítico sobre as situações, numa perspectiva de desenvolvimento de ações/cuidados preventivos sobre as realidades por elas vividas.  Por outro lado, ao reproduzir situações inerentes ao convívio humano, as crianças foram estimuladas a pensarem sobre seus cotidianos, na importância da prevenção, e o papel social que cada uma delas tem para a construção de relações sociais sem o uso de violência. Conclusões: O problema da violência faz parte do mundo social de crianças, afetando seu comportamento, suas relações interpessoais e sua maneira de pensar. As ações educativas como práticas pedagógicas podem ser apontadas como uma ferramenta de mudanças, à disseminação de cuidados preventivos da violência tanto na escola, quanto no âmbito familiar e comunitário. Palavras chave: Criança. Violência. Escola
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