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Tolerância ao calor em ovinos das raças White Dorper e Somalis na região semiárida no Cariri Cearense
<p>O presente trabalho objetivou
analisar a adaptabilidade das raças White Dorper e Somalis criadas no semiárido
cearense, através das análises de parâmetros fisiológicos e de parâmetros
ambientais. O estudo foi conduzido no Instituto Federal do Ceará, em Crato-CE. Os
parâmetros avaliados foram obtidos das sete as oito e trinta e das 13 as 14 h e
trinta minutos, semanalmente durante os meses de setembro a dezembro de 2016,
durante o período seco. Foram utilizados seis ovinos machos reprodutores de
cada raça (White Dorper e Somalis), distribuídos em um delineamento inteiramente
casualizado e as médias comparadas pelos testes de comparação de médias no cálculo
de intervalos de confiança. Durante o período experimental foram registrados os
dados climáticos com auxílio de Termo-higrômetro digital, para coleta da
temperatura e umidade relativa do ar, cujas médias foram utilizadas para o
cálculo do índice de temperatura e umidade. Os parâmetros fisiológicos
analisados foram a frequência respiratória e temperatura retal. Os dados foram
obtidos com o uso de termômetro clínico digital veterinário, escala até 44ºC,
para aferição da temperatura retal em graus Celsius e as frequências
respiratórias foram mensuradas pela observação dos movimentos do flanco durante
15 segundos e multiplicados por quatro. As maiores médias de índice de
temperatura e umidade foram encontradas no mês de novembro, tanto no turno da
tarde (79,07) quanto o da manhã (76,8). As temperaturas retais médias dos
ovinos White Dorper e Somalis, em ambos os turnos, estiveram dentro da
normalidade. As frequências respiratórias apresentaram-se em níveis acima do
normal de ambas as raças nos turnos manhã e tarde, indicando que este mecanismo
de perda de calor estava sendo eficiente na manutenção das temperaturas retais.
Os ovinos das raças White Dorper e Somalis mostraram-se dentro da faixa de
alerta térmico quando avaliados ao clima semiárido do Nordeste brasileiro, em
ambos os turnos, em condições de índice de temperatura e umidade considerada
estressante. Estudos complementares, com mais parâmetros fisiológicos, de produção
e reprodução, devem ser executados para maior embasamento dos resultados aqui
relatados.</p
Temperatura corporal superficial de ovinos das raças Dorper e Santa Inês criadas em confinamento no semiárido cearense
<p>Este estudo avaliou a
adaptabilidade, através da fisiologia de ovinos das raças Dorper e Santa Inês,
às condições climáticas do semiárido nordestino, na região do Cariri cearense,
identificando as raças mais aptas às condições de produção regionais. O experimento foi conduzido no Instituto Federal do
Ceará, município de Crato, Ceará. Foram utilizados 12 ovinos machos, dois anos
e meio de idade, seis da raça Dorper e seis da raça Santa Inês. Durante o
período experimental, período seco (Setembro a Dezembro de 2016), foram registrados
os dados climáticos com auxílio de termohigrômetro para coleta da temperatura e
umidade relativa do ar. A partir destes, o índice de temperatura e umidade –
ITU foi calculado. Foram obtidas as temperaturas superficiais através das médias
das temperaturas do pelame em quatro pontos distintos do corpo do animal:
cabeça, costela, flanco e testículo, com o auxílio de um termômetro
infravermelho digital; e a frequência cardíaca (FC) foi determinada com o
auxílio de estetoscópio contando-se o número de batimentos cardíacos em 15 segundos
e multiplicando-se o resultado por quatro para cálculo da FC/minuto. Os animais
foram distribuídos em um delineamento inteiramente
casualizado em esquema fatorial e as médias comparadas pelo teste t de Student pelo
contraste de médias no cálculo de intervalos de confiança. Houve
diferenças significativas (P<0,05) nas raças Dorper e Santa Inês, entre
turnos, e entre as raças com as menores médias de temperaturas superficiais
corpóreas – TSC no tuno da manhã e, as maiores, à tarde. Houve diferença
significativa (P<0,05) apenas entre a raça Dorper e Santa Inês no turno da
manhã, a menor média de frequência cardíaca foi observada para a raça Santa
Inês, período da manhã. Os ovinos de ambas as raças estudadas
apresentaram seus parâmetros fisiológicos (TSC e FC) acima da normalidade, em
média, principalmente no turno da tarde, demonstrando a tentativa de perda de
calor através da pele, por convecção, mesmo com ITU médio abaixo da zona
estressante para a espécie ovina. Estudos complementares, com mais parâmetros
fisiológicos, de produção e reprodução, devem ser realizados.</p