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    Doença de Von Willebrand: entendendo e enfrentando os desafios hematológicos

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    A Doença de Von Willebrand é uma das doenças hematológicas mais prevalentes no mundo. Tal patologia abrange diversos distúrbios do fator de Von Willebrand e tem como manifestação principal hemorragias de pequena ou grande monta, que podem causar repercussões hemodinâmicas importantes nos pacientes, especialmente se não diagnosticadas e tratadas devidamente. A presente pesquisa teve como objetivo esclarecer o que é essa doença, como diagnosticá-la e como tratar de forma efetiva os indivíduos acometidos. Foi demonstrado que o diagnóstico ainda é um grande desafio e que o tratamento garante qualidade de vida se bem empregado pelo profissional médico e se bem aceito pelo paciente

    Acidentes por animais ofídicos: repercussões sistêmicas e prognóstico

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    Introdução: Os acidentes por animais peçonhentos são um problema mundial, principalmente em países com regiões tropicais e subtropicais, com alto índice de morbidade e mortalidade. No Brasil, há quatro tipos de acidentes ofídicos de interesse em saúde: botrópico, crotálico, laquético e elapídico. O acidente botrópico, mais comum no país, é causado por serpentes dos gêneros Bothrops e Bothrocophias. O acidente é causado pelas cascavéis, as quais são identificadas pela presença de chocalho. Já o acidente laquêtico é causado pela surucucu, maior serpente peçonhenta do Brasil. São manifestações clínicas frequentes, de caráter precoce e progressivo a dor e o edema, podendo ocorrer também bolhas e sangramentos no local da picada. Em casos mais graves pode acontecer necrose de tecidos com formação de abscessos e desenvolvimento de síndrome compartimental. Também pode ocorrer náuseas, vômitos, sudorese, hipotensão arterial e, mais raramente, choque, insuficiência renal aguda, septicemia e coagulação intravascular disseminada. O tratamento efetivo utilizado para neutralizar os envenenamentos é a administração de soroterapia específica. Já a terapêutica geral inclui hidratação, mantendo-se o fluxo urinário de 1 a 2 mL/kg/hora na criança e 30 a 40 mL/hora no adulto, com o auxílio, se necessário, de manitol e diuréticos de alça por via intravenosa. Deve-se orientar a vacinação contra tétano, devido ao risco de introdução de esporos da bactéria Clostridium tetani no local da ferida. O presente estudo objetivou avaliar as repercussões sistêmicas dos diferentes tipos de veneno, o manejo adequado e o prognóstico. Metodologia: revisão integrativa da literatura, nas bases de dados Pubmed, e Scielo, com os descritores: “Animais Peçonhentos”, “Mordedura de Serpentes” e “Snake Venoms”. Foram utilizados 11 artigos, com data de publicação entre 2014 e 2021.  Desenvolvimento: As serpentes do grupo botrópico, como a jararaca e a cascavel, são responsáveis pela maioria dos acidentes ofídicos no país. Seus venenos contêm proteases e fosfolipases A2, que causam danos locais significativos, como inflamação, hemorragia, edema, dor e necrose. Além disso, podem ocorrer sintomas sistêmicos, como sangramentos na pele e mucosas, hipotensão e insuficiência renal aguda. O tratamento é realizado com o soro antibotrópico ou soro botrópico-laquético, que neutraliza os efeitos tóxicos do veneno. Os animais do grupo laquético apresentam venenos semelhantes aos botrópicos e manifestações clínicas parecidas. No entanto, sintomas vagais, como náuseas, vômitos e hipotensão, são mais comuns nos acidentes laquéticos, permitindo a diferenciação clínica. O tratamento também é realizado com o soro antibotrópico-laquético. As serpentes cortálicas, como a cascavel, possuem venenos com alta concentração de proteínas de alto peso molecular, como enzimas e peptídeos. Os sintomas locais, como dor, edema e parestesia, são geralmente discretos. No entanto, o veneno é principalmente neurotóxico, causando paralisia por bloqueio da transmissão neuromuscular. Também podem ocorrer efeitos proteolíticos e hemorrágicos. A insuficiência renal é uma complicação grave. O tratamento envolve o uso do soro anticrotálico. As serpentes elapídicas, como a Naja, possuem venenos primariamente neurotóxicos. Eles interferem na transmissão de impulsos nervosos, levando à paralisia, problemas respiratórios e, em casos graves, asfixia. O veneno elapídico também pode ter efeitos cardiotóxicos, causando arritmias e insuficiência cardíaca. Os sintomas locais geralmente são discretos. O tratamento é realizado com o soro antielapídico. É fundamental ressaltar que a gravidade dos acidentes com serpentes pode variar de acordo com a espécie, quantidade de veneno injetado, local da mordida e estado de saúde do indivíduo. O tratamento precoce com soroterapia específica é essencial para neutralizar os efeitos do veneno. Além disso, medidas de suporte, como hidratação adequada e administração de analgésicos, são importantes para o manejo dos pacientes. Conclusão: Em resumo, os acidentes com serpentes no Brasil são um problema de saúde pública que requer uma abordagem multidisciplinar. O diagnóstico e tratamento precoces, com o uso de soros específicos, são essenciais para reduzir complicações e aumentar as chances de recuperação. Além disso, medidas de suporte e a conscientização da população sobre serpentes peçonhentas são importantes para prevenir acidentes. A educação contínua e a promoção de medidas preventivas são fundamentais para reduzir o impacto desses acidentes na saúde pública
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