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    Infecção de sítio cirúrgico em ferida operatória pós cesariana

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    As Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS) refletem um problema de saúde pública no Brasil e no mundo. A incidência de IRAS é um indicador de qualidade do serviço de saúde. Os eventos adversos infecciosos aumentam os custos hospitalares e elevam as taxas de mortalidade dos pacientes (CARRARA, 2017). As infecções do sítio cirúrgico (ISC) representam as complicações mais prevalentes nos pacientes submetidos a cirurgia. As taxas de ISC variam entre 3 e 20%. No Brasil, não há um registro de dados robustos e fidedignos, porém as ISC ocupam o terceiro lugar no conjunto das IRAS, que atingem aproximadamente, 14% a 16% dos pacientes hospitalizados (ANVISA, 2017). As ISC são eventos adversos frequentes, na sua maioria por falhas decorrentes da assistência à saúde que resultam em dano físico, social e/ou psicológico do indivíduo, evidenciam fragilidade para a segurança do paciente, prolongam a internação do paciente, aumentam a chance de readmissão hospitalar, de novas intervenções cirúrgicas ou cirurgias adicionais. As infecções pós-cirúrgicas devem ser analisadas, considerando o potencial de contaminação da ferida cirúrgica, esta classificação deverá ser feita no final do ato cirúrgico. O objetivo desse estudo é relatar o caso de uma multípara, 42 anos, índice de massa corporal (IMC) de 37,65 kg/cm2, idade gestacional de 38 semanas e 3 dias, submetida cesariana eletiva, retorna ao serviço de emergência obstétrica no 10º dia de pós-operatório com presença de exsudação (secreção purulenta) em ferida operatória. Observou-se que, apesar da utilização de técnica cirúrgica adequada, a presença de fatores de risco associados favorece complicações em feridas operatórias. Foi necessário reinternação hospitalar, reintervenção cirúrgica, assistência intensiva, antibioticoterapia de amplo espectro. A implementação de medidas de prevenção são estratégias para garantir a segurança ao paciente, utilizando a aplicação de boas práticas, protocolos, listas de verificação, aliadas à adesão dos profissionais da saúde

    Manejo do cateter vesical de demora em um paciente crítico: relato de caso

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    A Cateterização Vesical (CV) ou urinária consiste na introdução de um cateter através da uretra até o interior da bexiga objetivando realizar a drenagem urinária, seja para fins diagnósticos ou para permitir a diurese em situações em que o paciente não consegue controlar ou apresenta alguma impossibilidade decorrente de condições clínicas diversas. O uso de cateteres vesicais por período prolongado constitui fator de risco para infecções do trato urinário (ITU), causando sérios riscos à saúde do paciente. Neste contexto, esta pesquisa tem por objetivo evidenciar a relação de causalidade entre os critérios utilizados no manejo do cateter vesical de demora e o desenvolvimento de ITU em paciente crítico. Para tanto, foi utilizada a metodologia de estudo de caso, onde foram coletados dados em prontuário de um paciente do sexo masculino, 79 anos, portador de hipertensão arterial sistêmica, diabetes mellitus, doença renal crônica no estágio III, doença arterial coronariana grave, infarto agudo do miocárdio prévio, déficit auditivo e múltiplas alergias que submeteu a uma cirurgia de revascularização do miocárdio, tendo seu quadro evoluído para diagnóstico de choque séptico, devido as múltiplas complicações e infecções apresentadas.  Por meio da pesquisa foi possível constatar que ocorreu, de fato, uma relação de causalidade entre o manejo da SVD e o desenvolvimento da ITU pelo paciente e que não existe uma padronização dos profissionais da instituição no que tange ao preenchimento adequado dos prontuários eletrônicos
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