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    Participação popular: um gesto de conservação de jardim público no Recife

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    A conservação de um jardim histórico requer ações estratégicas que dependem da atuação de especialistas e, em grande parte, do envolvimento da população usuária. Nessas ações, deve-se considerar a concepção do paisagista, o caráter perecível e renovável do jardim e o uso da população, o que demanda uma integração de diferentes saberes que irão repercutir no pacto da gestão. O presente artigo trata da participação popular na prática da conservação de um jardim histórico reconhecido como patrimônio cultural em 2017, a Praça Faria Neves, que representa um avanço no processo de gestão de um patrimônio vivo, reunindo diferentes atores sociais. Foi projetada pelo paisagista Roberto Burle Marx em 1958 e restaurada em 2006 com o apoio dos moradores locais, o que a diferencia das intervenções em outros jardins históricos do paisagista na cidade do Recife. Esse processo participativo, que prenuncia a educação patrimonial, foi fortalecido no processo de restauração, junto aos técnicos responsáveis da Prefeitura do Recife e aos pesquisadores do Laboratório da Paisagem da Universidade Federal de Pernambuco. Além disso, concorreu, significativamente, para consolidar o protagonismo dos moradores e, até certo ponto, dos comerciantes informais na constituição do primeiro Conselho Gestor previsto no Plano de Gestão dos Jardins Históricos de Burle Marx no Recife de 2019

    Participação popular: um gesto de conservação de jardim público no Recife

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    A conservação de um jardim histórico requer ações estratégicas que dependem da atuação de especialistas e, em grande parte, do envolvimento da população usuária. Nessas ações, deve-se considerar a concepção do paisagista, o caráter perecível e renovável do jardim e o uso da população, o que demanda uma integração de diferentes saberes que irão repercutir no pacto da gestão. O presente artigo trata da participação popular na prática da conservação de um jardim histórico reconhecido como patrimônio cultural em 2017, a Praça Faria Neves, que representa um avanço no processo de gestão de um patrimônio vivo, reunindo diferentes atores sociais. Foi projetada pelo paisagista Roberto Burle Marx em 1958 e restaurada em 2006 com o apoio dos moradores locais, o que a diferencia das intervenções em outros jardins históricos do paisagista na cidade do Recife. Esse processo participativo, que prenuncia a educação patrimonial, foi fortalecido no processo de restauração, junto aos técnicos responsáveis da Prefeitura do Recife e aos pesquisadores do Laboratório da Paisagem da Universidade Federal de Pernambuco. Além disso, concorreu, significativamente, para consolidar o protagonismo dos moradores e, até certo ponto, dos comerciantes informais na constituição do primeiro Conselho Gestor previsto no Plano de Gestão dos Jardins Históricos de Burle Marx no Recife de 2019.The conservation of a historic garden requires strategic actions that depend on the performance of specialists and on the involvement of the user population. In these actions, it is necessary to consider the landscape designer conception, the renewable character of the garden and the use of the population, which will act on the management pact. This article deals with popular participation on the practice of conserving a historic garden recognized as cultural heritage in 2017, Praça Faria Neves. It was designed by Roberto Burle Marx, in 1958, and was restored, in 2006, with the support of the residents, which sets it apart from interventions in the others Burle Marx historic gardens in Recife. This participation, which foreshadows heritage education, occurred during the restoration process, with the technicians responsible for the City Hall and the Landscape Laboratory of the Federal University of Pernambuco, and contributed to establish the protagonism of the residents and informal traders as collaborating agents to the first Management Council for the Management Plan of Burle Marx Historic Gardens (2019)

    Conservation practice at the historic garden of the modern ensemble of SUDENE: a didactic experience in the architecture and urbanism undergraduate course at Federal University of Pernambuco

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    The historic gardens are a living heritage and, as an ephemeral artwork​, they are linked to the plant condition and require constant care to not lose their patrimonial values, along with their authenticity, integrity and significance. Thus, the objective of this article was to synthesize the main discussions and results obtained in the discipline Workshop of Architecture, Urbanism and Landscaping 2A - Landscape Architecture of the undergraduate degree in Architecture and Urbanism at the Federal University of Pernambuco, a pioneering experience directed to the understanding and conservation of historic gardens, a theme that still has been little explored in the undergraduate courses of architecture and urbanism in Brazil. The Garden of the Superintendence for Development of the Northeastern Region – Sudene, designed by Roberto Burle Marx in 1972, it was chosen as an object of study for being part of a modern ensemble formed by a group of buildings and a garden and for being a landmark of modernism in Brazil, which, due to a series of issues, faces a broad process of decharacterization. At the end of the workshop, a preliminary study had been drawn up, with a set of guidelines, which will support a restoration project for the garden.Os jardins históricos são um patrimônio vivo e, como obra de arte efêmera, condição atrelada ao vegetal, necessitam de cuidados constantes para que seus valores patrimoniais não sejam perdidos e, consequentemente, a autenticidade, a integridade e a significância. Desta forma, objetivou-se com este artigo, sintetizar as principais discussões e resultados obtidos na disciplina Oficina de Arquitetura, Urbanismo e Paisagismo 2A – Arquitetura da Paisagem do Curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal de Pernambuco pelo pioneirismo em ofertar uma disciplina direcionada ao entendimento e à conservação de jardins históricos, tema ainda pouco explorado no âmbito da graduação dos cursos de arquitetura e urbanismo no Brasil. O Jardim da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste, projetado em 1972 por Roberto Burle Marx, foi escolhido como objeto de estudo por ser um marco do modernismo no Brasil (jardim e edifício), bem como por estar em processo de descaracterização. Ao final da oficina chegou-se a um estudo preliminar com diretrizes que embasarão o projeto de restauro do jardim
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