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Episiotomia: o (des) conhecimento da puérpera / Episiotomy: the (un) knowledge of the puerperal woman
Introdução: A episiotomia é caracterizada como uma incisão cirúrgica realizada na região do períneo durante o final do segundo estágio do trabalho de parto com o intuito de ampliar o canal vaginal facilitando a saída do feto e prevenindo possíveis lacerações perineais graves. Objetivo: Descrever o conhecimento das puérperas sobre a prática da episiotomia. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa do tipo exploratória descritiva com abordagem qualitativa. A pesquisa foi realizada em um Hospital Geral Filantrópico na cidade de Maceió, com 20 puérperas que foram submetidas à episiotomia. A coleta de dados foi realizada através de um questionário semiestruturado, durante o período de abril á maio de 2018. Resultados e discussões: A partir dos depoimentos evidenciou-se nesse estudo o desconhecimento das puérperas, sobre a prática da episiotomia. A falta de informação, orientação e consentimento prévio dessas mulheres para a realização da episiotomia foram aspectos relevantes encontrados nos discursos das entrevistadas, demonstrando o poder profissional na violação dos direitos sexuais e reprodutivos. Conclusão: É fato que ainda existe uma lacuna de conhecimento desta prática entre as gestantes, o que reforça a necessidade de orienta-las durante o pré-natal, e no momento do parto, no intuito de resgatar a autonomia da mulher e proporcionar uma assistência humanizada durante a fase de gestar e parir
Desvelando as vivências de puérperas durante o processo parturitivo / Unveiling the experiences of puerperas during the parturitive process
Introdução: A gravidez e o parto são eventos sociais que fazem parte da vida dos seres humanos e mostra-se como vivência no qual são atribuídos diversos significados. Objetivo: Conhecer as vivências de puérperas durante o processo parturitivo. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo, transversal, com abordagem qualitativa. Realizado em uma maternidade de risco habitual conveniada ao SUS no município de Maceió. A coleta dos dados se deu por meio de entrevista semiestruturada com 11 puérperas durante o pós-parto imediato em abril de 2017. A análise dos dados foi realizada por meio do método de análise de conteúdo de Bardin. Resultados e discussões: A partir dos depoimentos foi notório que a dor foi fator unânime. Aspectos como a falta de informação acerca do trabalho de parto e parto, peregrinação hospitalar e intervenções desnecessárias foram destacados como elementos que tornam a parturição uma experiência negativa. No entanto, a utilização de medidas de conforto foram avaliadas como elementos que promovem segurança e bem-estar. Conclusão: É fato que existe uma necessidade de reformulação assistencial prestada a essas puérperas desde o pré-natal, a partir do fornecimento de orientações sobre o trabalho de parto e parto e implementação boas práticas obstétricas na assistência, para que assim a mulher possa experienciar de forma prazerosa este momento e ser de fato protagonista do seu parto
Análise da violência obstétrica pela mulher: vivência e reconhecimento de procedimentos obstétricos associados / Analysis of obstetric violence by women: experience and recognition of associated obstetric procedures
Objetivo: Identificar a análise da mulher acerca violência obstétrica a partir da vivência de procedimentos obstétricos associados. Método: estudo descritivo observacional do tipo transversal com abordagem quantitativa, realizado em três maternidades públicas de Alagoas, no período de Outubro de 2017 a Maio de 2018, através da aplicação de questionário a 261 puérperas em alojamento conjunto. Resultados: as intervenções obstétricas mais recorrentes foram uso de ocitocina, Manobra de Kristeller e exames de toques repetidos; em que mais da metade das puérperas de parto normal não puderam escolher a posição de parir no momento do parto; cuja maioria desconhece a temática da violência obstétrica, mas identificam não terem sofrido com este tipo de violência. Conclusões: a violência obstétrica sofrida não é reconhecida pela mulher, ressaltando a importância do profissional, sobretudo o enfermeiro, frente à construção do empoderamento feminino desde o pré-natal