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Distribuição e abundância de isópodos terrestres (Crustacea: Isopoda: Oniscidea) nas marismas do Estuário da Lagoa dos Patos, Rio Grande do Sul, Brasil
Marismas são habitats abioticamente estressantes, mas altamente produtivos. A maior parte desta produção é consumida por detritÃvoros, como os Oniscidea. O trabalho objetivou conhecer a abundância e a distribuição de isópodos terrestres nas marismas do Estuário da Lagoa dos Patos, Brasil. Três marismas foram amostradas na primavera/2007, verão, outono e inverno/2008. Em cada marisma, um transecto de 10m foi fixado, onde 10 quadrados de 20x20cm foram colocados e todo material removido. Os isópodos identificados foram depositados na coleção de Crustáceos-IO/FURG. A variação de abundância das espécies foi comparada entre as marismas através de Manova. Duas espécies foram identificadas em cada marisma: Balloniscus sellowii e Atlantoscia floridana na Barra e Pólvora e B. sellowii e B. glaber na Torotama. A densidade média de isópodos encontrada na Barra foi de 6,9 ind/m2, na Pólvora de 5,0 ind/m2 e na Torotama de 6,1 ind/m2. A abundância de isópodos terrestres foi estatisticamente diferente entre as estações do ano (p = 0,00), mas não entre as marismas (p = 0,86). Na Torotama/Inverno, a abundância de isópodos é significativamente maior do que nas demais estações e locais, exceto na Barra/Primavera (p = 0,14); Barra/Inverno (p = 0,20) e Pólvora/Primavera (p = 0,38). A salinidade é inversamente proporcional ao número de indivÃduos coletados na Barra e na Pólvora. Na Torotama, o número de isópodos cresce com o aumento do nÃvel da água e do detrito depositado sobre o terreno. A distribuição e abundância de isópodos terrestres são fortemente influenciadas por fatores ambientais
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