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Anestesia e doença de alzheimer: panorama de uma possível correlação
A Doença de Alzheimer (DA) é uma doença neurodegenerativa marcada por deposição de beta-amilóide extracelular e formações neurofibrilares compostas por proteína tau hiperfosforilada acumulada no meio intracelular. Além disso, há o envolvimento do gene da apolipoprotrína E humana, que prejudica a depuração da proteína beta-amilóide no cérebro. É uma das causas mais comuns de demência nos idosos e cerca de 47 milhões de pessoas no mundo são afetadas pela DA e as estimativas da incidência dessa patologia dobra a cada 10 anos a partir dos 60 anos. Estudos apontaram alguns fármacos como possíveis fatores de risco para o desenvolvimento de DA caso ocorra exposição a longo prazo. Dentre estes, podemos citar os benzodiazepínicos e os anticolinérgicos. Essa revisão objetiva relacionar o uso de anestésicos diversos (inalatórios e parenterais) com o aparecimento de demência e características associadas à DA. Trata-se de uma revisão integrativa de literatura na qual foram selecionados 24 artigos científicos obtidos na plataforma PublicMedline (PubMed), publicados entre os anos de 2014 a 2020, com a utilização dos Descritores em Ciência da Saúde (DeCS): “Anesthesia”, “Dementia” e “Alzheimer Disease”. RESULTADOS: A anestesia está relacionada a um processo de neuropatogênese durante o perioperatório podendo estar associada a prevalência da DA. A disfunção cognitiva pós-operatória sustenta a possibilidade de confluência entre DA e anestesia. Assim como a proteína tau e a beta-amilóide, algumas citocinas como IL-6, TNF-alfa e IL-10 também estão aumentadas após eventos anestésicos, sugerindo neuroinflamação. Ao observar a associação da DA com os diferentes tipos de anestesia foi proposto que é improvável que o propofol exerça influência na patogênese dessa doença. Entretanto, a anestesia com o uso de isoflurano e com propofol promove o aumento da proteína tau e beta-amilóide. A anestesia recorrente com sevoflurano também demonstrou correlação significativa com disfunções neurológicas através da redução da proteína glial-fibrilar ácida que é expressa em células gliais e cursou mais com a disfunção cognitiva quando comparado ao propofol ou anestesia peridural. A anestesia geral foi correlacionada com a DA pela promoção da agregação e oligomerização aumentadas do peptídeo Aβ e hiperfosforilação da proteína tau que são proteínas específicas ligadas à DA e anestésicos inalatórios e com gases halogenados associam-se a risco maior de demência. Além disso, diversas comorbidades podem ser fatores de risco para DA quando associadas à anestesia geral. Assim, a anestesia contribui para o acúmulo de proteína beta-amilóide e aumento da fosforilação da proteína tau que, juntamente com algumas comorbidades e com fatores genéticos do paciente influem no desenvolvimento de demência e da DA. Porém, essa correlação ainda é descrita de forma inconsistente, tornando necessárias maiores evidências científicas que comprovem a associação
Anestesia pré-hospitalar em pacientes traumatizados
A anestesia pré-clínica de emergência é arriscada mesmo para médicos experientes e reserva não apenas desafios, como impacto no prognóstico dos pacientes. Os profissionais que a operam nem sempre fazem os procedimentos de acordo com as recomendações farmacológicas e estudos mostram consequências na morbimortalidade nesse cenário. As divergências nas recomendações, devido à disponibilidade diferente de equipamentos de resgate, nos conceitos do ensino ou na disciplina dos profissionais, tornam a educação e o treinamento atualizado diferenciais para uma boa abordagem. Conhecer a eficácia da anestesia pré-hospitalar em pacientes com trauma no cenário emergencial. Revisão de literatura integrativa, com buscas nas bases de dados Pubmed e Lilacs. Foram utilizados como descritores: anestesia pré-clínica, trauma e emergência. Definiu-se como critério de inclusão a relevância temática, artigos com o qualis Capes na plataforma Sucupira superior a B2 e/ou fator de impacto superior a três e publicação a partir do ano de 2016. Dentre os desafios para a implementação efetiva da anestesia pré-clínica de emergência (PHEA), a falta de protocolos é o que mais promove impacto direto na morbimortalidade dos pacientes. Isso porque a tomada de decisão e conduta do médico baseia-se, majoritariamente, em sua experiência e análise de benefícios e malefícios. Em termos práticos, há a dicotomia entre a utilização de sedação geral e a anestesia regional. Os dados evidenciam que o uso de anestesia geral, com indução rápida ultrapassou 85% dos casos analisados, apresentando o Tiopental como o agente hipnótico mais usado - essa técnica promove maiores prejuízos sucedidos de óbito, precoce ou tardio. Quanto à anestesia regional em pacientes traumáticos, o uso de bloqueio de nervo periférico (PNB) é cada dia mais ampliado. Isso porque além do controle da dor mais rápido e efetivo, o perfil de efeito colateral é mais favorável que o das técnicas convencionais (opioides sistêmicos), um benefício essencial para o procedimento de anestesia pré-clínica emergencial. Além disso, possibilita a outros profissionais, além dos médicos anestesiologistas, a realização da técnica. Ademais, a velocidade da conduta influencia na morbimortalidade dos pacientes com quadro de trauma. Nesse sentido, a triagem e estratificação de risco mostrou-se essencial pois diminui os riscos de resultados adversos, promove uma utilização de recursos eficaz e diminui os custos. Os estudos apontaram ainda que presença de um médico anestesiologista em ambiente de atendimento a traumas aumentou, comprovadamente, a probabilidade de bom prognóstico. Ainda que sob divergências, a PHEA é eficaz, desde que usada nos casos mais adequados e direcionados por protocolos pré-estabelecidos, em detrimento da experiência profissional. Nesse sentido há necessidade de treinamento e padronização de ferramentas para a realização de condutas mais eficazes
O uso de protocolos eras para procedimentos analgésicos
Introdução: A dor tem implicâncias prejudiciais para a recuperação do paciente frente a sua patologia ou procedimento realizado. Nesse sentido, o uso de analgésicos opioides são os principais recursos utilizados nos pós-operatórios, porém eles acarretam consigo efeitos adversos e, consequentemente, prolongação do tempo de internação. Assim, o uso de medicamentos não opioides e multimodais vem sendo discutidos, visando reduzir os efeitos adversos relacionados ao uso de opioides por meio da implementação de protocolos de recuperação pós-operatória (ERAS). Objetivo: Conhecer o impacto e a importância do protocolo ERAS para procedimentos que envolvam a analgesia multimodais. Material e método: Realizada revisão de literatura, com buscas nas bases de dados Pubmed, Bireme e Lilacs. Foram utilizados como descritores: opioide-free, anestesia, analgesia, protocolos Definiu-se como critério de inclusão a relevância temática, artigos com o qualis Capes na plataforma Sucupira superior a B2 e/ou fator de impacto superior a três e publicação a partir do ano de 2016. Resultados: A implementação de protocolos de recuperação pós-operatória (ERAS) visa reduzir a dor pós-operatória, além dos efeitos adversos dos medicamentos opioides, que são os principais utilizados no período perioperatório e prevenir o uso crônico de opioides, por meio de uma analgesia multimodal e livre de opioides. Além disso, o uso de opioides pode levar à hiperalgesia, em que há o aumento da sensibilidade dolorosa e até mesmo à tolerância aguda, que faz o paciente requerer doses altas do opioide para conseguir o efeito analgésico. Nesse sentido, a implementação de ERAS torna-se de grande importância visando diminuir as complicações e morbidade pós-operatória e melhorar a recuperação e a qualidade de vida do paciente. Foi observado que o uso de anestesia livre de opioides aumentou de 17% no período pré-ERAS para 58% no período pós-ERAS, porém, a prescrição de opioides na alta hospitalar não teve diferença significativa após a implementação de ERAS, retratando, assim, que o comportamento do médico deve ser modificado na prescrição de opioides na alta hospitalar. Ademais, o uso de dexmedetomidina e clonidina, medicamentos não opioides e multimodais, mostrou redução do uso de morfina no pós-operatório de pessoas submetidas a cirurgia bariátrica. Além disto, foi concluído que os dois únicos preditores significativos de uma prescrição de opioide em cirurgias colorretais são o sexo feminino e os escores de dor moderada a grave antes da alta, isso porque mulheres são mais sensíveis à dor experimentalmente induzida, evidenciada por altos índices de dor e menor tolerância à dor. Conclusão: A implementação de ERAS é de suma importância para a diminuição da dor pós-operatória, redução dos efeitos adversos e do uso crônico de medicamentos opioides. Assim, o comportamento do médico deve ser modificado e atualizado para que a prescrição de opioides na alta seja reduzido, visto que a trajetória ERAS da instituição protocolar tem sucesso no manejo intra-hospitalar da dor, mas ele não consegue abordar o período crucial imediatamente ao redor das receitas de alta e de opioides
Prevalência dos níveis pressóricos de pacientes atendidos no ambulatório de uma instituição de ensino superior - Prevalence of blood pressure levels in patients attending the outpatient clinic of a higher education institution
ResumoObjetivo: Avaliar os níveis pressóricos dos indivíduos atendidos em um ambulatório de enfermagem em uma instituição de ensino superior. Métodos: Trata-se de um estudo observacional, transversal, descritivo e retrospectivo, por meio da análise de registros de pacientes atendidos no período de agosto de 2011 a dezembro de 2015 no Ambulatório de enfermagem (Unicuidar) do Centro Universitário de Anápolis - UniEvangélica considerando o atendimento ao púbico, sexo, idade e níveis pressóricos. Resultados: Foram analisadas 5.723 fichas de atendimentos onde foi verificado que houve uma diferença estaticamente significativa (p=0,0003) mostrando que mulheres buscam mais o atendimento em serviços de saúde. O mesmo ocorreu com relação a faixa etária (p=0,0001), sendo amais frequente de 21 a 40 anos (41,2%) envolvendo tanto acadêmicos quanto funcionários. Os funcionários (46%) são a categoria que mais procura os atendimentos oferecidos (p=0,0001). Com relação aos níveis pressóricos, constatou-se que a maioria (75%) dos participantes são normotensos (p=0,0001). Conclusão: O UniCuidar contribui para o desenvolvimento de habilidades, comportamentos e atitudes para a análise crítica e reflexiva entre as interfaces do conhecimento teórico e prático, proporcionando mais oportunidades aos acadêmicos, capacitação profissional e técnica-científica na formação do futuro enfermeiro. Novas pesquisas deverão ser realizadas com o intuito de verificar a abrangência do serviço UniCuidar no atendimento dos indivíduos que o procuram.Palavras-chave:Níveis pressóricos. Enfermagem. Hipertensão. AbstractObjective: To evaluate the pressure levels of the individuals attended in a nursing outpatient clinic in a higher education institution. Methods: This is a cross-sectional, descriptive and retrospective observational study, through the analysis of records from patients from August 2011 to December 2015 at the Nursing Outpatient Clinic (Unicuidar) of Centro Universitário de Anápolis - UniEvangelica, considering Pubic care, sex, age, and blood pressure levels. Results: A total of 5,723 patient records were analyzed, showing that there was a statistically significant difference (p = 0.0003) showing that women seek more care in health services. The same occurred in relation to the age group (p = 0.0001), being more frequent from 21 to 40 years (41.2%) involving both academics and employees. The employees (46%) are the category that most seeks the services offered (p = 0.0001). Regarding pressure levels, it was observed that the majority (75%) of participants were normotensive (p = 0.0001). Conclusion: UniCuidar contributes to the development of skills, behaviors and attitudes for critical and reflexive analysis between Interfaces of theoretical and practical knowledge, providing more opportunities for academics, professional and technical-scientific training in the training of future nurses. New research should be carried out with the purpose of verifying the scope of the UniCuidar service in the care of the individuals who seek it.Keyword:Pressure levels. Nursing outpatient clinic. Hypertension
Perfil clínico-epidemiológico dos portadores do vírus da hepatite C no município de Anápolis - GO no período de 2013 a 2014 - Clinical-epidemiological profile of hepatitis C virus carriers in the municipality of Anápolis-GO from 2013 to 2014
ResumoObjetivo: analisar o perfil clínico-epidemiológico do portador do vírus da hepatite C em tratamento no serviço de assistência especializado no município de Anápolis - GO no período de 2013 a 2014. Métodos: Este estudo foi do tipo observacional, descritivo e retrospectivo e de base populacional, foi realizado no município de Anápolis-GO, no Programa de Hepatites Virais por meio da análise dos prontuários dos pacientes atendidos pelo Serviço de Atendimento Especializado. Resultados: Foram encontrados 63 indivíduos portadores do vírus HCV registrados no serviço em tratamento nos anos de 2013 a 2014. Os 63 sujeitos analisados 58,7% eram do gênero masculino e 41,3% do gênero feminino. Em relação à idade foi observada a média de 52 anos. A genotipagem do HCV o mais prevalente foi o tipo 1 (23,8%) com o subtipo 1a (28,6%). O tempo de tratamento mais prevalente foi de 24 semanas (20,6%). A terapia tripla foi utilizada em 41,3% dos pacientes, porém 46,0% dos prontuários não havia dados referentes ao tipo de terapia. A maioria dos pacientes não apresentou reações adversas (30,1%), todavia, em 46,1% dos prontuários não haviam dados referentes às reações adversas. Não houve diferença significativa na quantidade de pacientes nos anos estudados. No ano de 2013 com 49,2% e 2014 com 50,8% foram assistidos no serviço. Conclusão: A qualidade observada nos prontuários, de modo geral, é deficitária e requer a qualificação do pessoal responsável pelo preenchimento. No futuro novas pesquisas deverão ser realizadas com o intuito de verificar a abrangência do serviço no atendimento dos pacientes com hepatite.Palavras-chave:Hepatite C. Epidemiologia. Terapia tripla.AbstractObjective: To analyze the clinical-epidemiological profile of the hepatitis C virus carrier in the specialized care service in the city of Anápolis / GO from 2013 to 2014. Methods: This study was observational, descriptive and retrospective and based was conducted in the municipality of Anápolis-GO, in the Viral Hepatitis Program through the analysis of the medical records of the patients attended by the Specialized Attention Service. Results: A total of 63 HCV virus individuals were registered in the service under treatment in the years 2013 to 2014. The 63 subjects analyzed were 58.7% male and 41.3% female. The mean age was 52 years. The most prevalent HCV genotyping was type 1 (23.8%) with subtype 1a (28.6%). The most prevalent treatment time was 24 weeks (20.6%). Triple therapy was used in 41.3% of the patients, but 46.0% of the charts had no data regarding the type of therapy. The majority of patients did not present adverse reactions (30.1%), however, 46.1% of the records had no data regarding adverse reactions. There was no significant difference in the number of patients in the studied years. In the year of 2013 with 49.2% and 2014 with 50.8% were assisted in the service. Conclusion: The quality observed in the medical records, in general, is deficient and requires the qualification of the personnel responsible for filling it. In the future, new research should be carried out to verify the coverage of the service in patients with hepatitis.Keyword:Hepatitis C. Epidemiology. Triple therapy
Indicações para o uso de cetamina
Introdução: A cetamina é uma droga antagonista dos receptores N-metil-D-aspartato (NMDA), o que a torna qualificada para uso em diferentes fins que, conforme a dosagem, adequa-se como analgésico, sedativo, anestésico de indução ou anestésico de manutenção. Trata-se de um fármaco que já vem sendo empregado para o tratamento da dor crônica há muito tempo, apesar das poucas pesquisas formais a esse respeito. Além da cetamina ser indicada em cuidados pré-hospitalares, emergenciais e críticos sendo amplamente usada por anestesistas no mundo inteiro ela também possui propriedades anti-inflamatórias, broncodilatadores e neuroprotetoras. Objetivos: Apontar as diferentes indicações clínicas da cetamina nos cuidados com o paciente, destacando sua importância em diversas situações do cotidiano médico. Materiais e método: Trata-se de uma revisão integrativa de literatura na qual foram realizadas buscas nas plataformas PubMed, Scielo e Google Acadêmico utilizando os descritores "cetamina", "indicações", "usos terapêuticos", “dor” e “anestesia” indexados nos referidos bancos de dados entre 2009 e 2019. Resultados: A cetamina é cada vez mais usada para fazer analgesia e sedação em procedimentos pré-hospitalares e emergenciais. É ideal para o manejo de eventos traumáticos. A cetamina pode ser usada com segurança em combinações com outras drogas de indução ou sedação, p.ex. propofol. A combinação cetamina e propofol reduz em cerca de 50% a dose necessária de cada droga, e reduz a incidência e a gravidade dos efeitos colaterais de ambas. A cetamina tem efeitos broncodilatadores e é eficaz em pacientes com broncoespasmo agudo. Acredita-se que o efeito da cetamina sobre as vias aéreas seja através da modulação da cascata inflamatória. Uma revisão recente mostrou que a cetamina pode ter utilidade em casos de asma refratária ao tratamento convencional. A cetamina possui várias aplicações potenciais em cuidados críticos, tais como sedação, analgesia e o tratamento de broncoespasmo persistente. Em relação ao uso da substância para o tratamento de dor central, sua utilização reduziu a dor contínua com a reação de pequenos efeitos colaterais, o que revela sua eficácia para esses casos. A cetamina tem mostrado grande potencial anestésico local, principalmente no aspecto intra-articular em cirurgias ortopédicas, visto que produz analgesia persistente, sem a necessidade de muitos analgésicos adicionais. Demonstrou-se mobilização mais precoce do membro operado em cirurgias de joelho com a utilização da cetamina quando comparado com o magnésio ou tramadol. Apesar do seu efeito anestésico potente, apresenta uma reação adversa extremamente comum: alucinações. Como forma de resolver tais efeitos adversos, tem se mostrado eficaz a utilização simultânea de benzodiazepínicos ou de agonistas do receptor alfa-2. O uso de cetamina via oral mIntrodução: A cetamina é uma droga antagonista dos receptores N-metil-D-aspartato (NMDA), o que a torna qualificada para uso em diferentes fins que, conforme a dosagem, adequa-se como analgésico, sedativo, anestésico de indução ou anestésico de manutenção. Trata-se de um fármaco que já vem sendo empregado para o tratamento da dor crônica há muito tempo, apesar das poucas pesquisas formais a esse respeito. Além da cetamina ser indicada em cuidados pré-hospitalares, emergenciais e críticos sendo amplamente usada por anestesistas no mundo inteiro ela também possui propriedades anti-inflamatórias, broncodilatadores e neuroprotetoras. Objetivos: Apontar as diferentes indicações clínicas da cetamina nos cuidados com o paciente, destacando sua importância em diversas situações do cotidiano médico. Materiais e método: Trata-se de uma revisão integrativa de literatura na qual foram realizadas buscas nas plataformas PubMed, Scielo e Google Acadêmico utilizando os descritores "cetamina", "indicações", "usos terapêuticos", “dor” e “anestesia” indexados nos referidos bancos de dados entre 2009 e 2019. Resultados: A cetamina é cada vez mais usada para fazer analgesia e sedação em procedimentos pré-hospitalares e emergenciais. É ideal para o manejo de eventos traumáticos. A cetamina pode ser usada com segurança em combinações com outras drogas de indução ou sedação, p.ex. propofol. A combinação cetamina e propofol reduz em cerca de 50% a dose necessária de cada droga, e reduz a incidência e a gravidade dos efeitos colaterais de ambas. A cetamina tem efeitos broncodilatadores e é eficaz em pacientes com broncoespasmo agudo. Acredita-se que o efeito da cetamina sobre as vias aéreas seja através da modulação da cascata inflamatória. Uma revisão recente mostrou que a cetamina pode ter utilidade em casos de asma refratária ao tratamento convencional. A cetamina possui várias aplicações potenciais em cuidados críticos, tais como sedação, analgesia e o tratamento de broncoespasmo persistente. Em relação ao uso da substância para o tratamento de dor central, sua utilização reduziu a dor contínua com a reação de pequenos efeitos colaterais, o que revela sua eficácia para esses casos. A cetamina tem mostrado grande potencial anestésico local, principalmente no aspecto intra-articular em cirurgias ortopédicas, visto que produz analgesia persistente, sem a necessidade de muitos analgésicos adicionais. Demonstrou-se mobilização mais precoce do membro operado em cirurgias de joelho com a utilização da cetamina quando comparado com o magnésio ou tramadol. Apesar do seu efeito anestésico potente, apresenta uma reação adversa extremamente comum: alucinações. Como forma de resolver tais efeitos adversos, tem se mostrado eficaz a utilização simultânea de benzodiazepínicos ou de agonistas do receptor alfa-2. O uso de cetamina via oral mostrou eficiência no controle da dor fantasma, com o aparecimento de efeitos colaterais toleráveis. Apresenta a versatilidade quanto às possíveis vias de administração, dependendo do tratamento e das necessidades de biodisponibilidade, já que pode ser administrada por via: oral, retal, nasal, intravenosa, intramuscular, subcutânea, transdérmica, epidural ou intratecal. O uso da cetamina por via epidural proporciona o alívio completo da dor em síndromes complexas de dor regional. Sabe-se que a cetamina ministrada por via oral sofre intenso metabolismo de primeira passagem, reduzindo a biodisponibilidade do fármaco por essa via, além de resultar em um metabólito com efeitos pouco conhecidos: nor-cetamina. No entanto, sabe-se que as doses utilizadas por via oral para controle da dor são menores que as utilizadas por vias parenterais. A cetamina possui efeito considerável de analgesia sobre a dor decorrente da isquemia, contudo, com uma pequena janela terapêutica. Conclusão: Diante disso, conclui-se a cetamina é uma droga versátil com um delineamento admirável que permite o seu uso com êxito em uma grande variedade de situações.ostrou eficiência no controle da dor fantasma, com o aparecimento de efeitos colaterais toleráveis. Apresenta a versatilidade quanto às possíveis vias de administração, dependendo do tratamento e das necessidades de biodisponibilidade, já que pode ser administrada por via: oral, retal, nasal, intravenosa, intramuscular, subcutânea, transdérmica, epidural ou intratecal. O uso da cetamina por via epidural proporciona o alívio completo da dor em síndromes complexas de dor regional. Sabe-se que a cetamina ministrada por via oral sofre intenso metabolismo de primeira passagem, reduzindo a biodisponibilidade do fármaco por essa via, além de resultar em um metabólito com efeitos pouco conhecidos: nor-cetamina. No entanto, sabe-se que as doses utilizadas por via oral para controle da dor são menores que as utilizadas por vias parenterais. A cetamina possui efeito considerável de analgesia sobre a dor decorrente da isquemia, contudo, com uma pequena janela terapêutica. Conclusão: Diante disso, conclui-se a cetamina é uma droga versátil com um delineamento admirável que permite o seu uso com êxito em uma grande variedade de situações
O papel das estratégias multimodais na diminuição dos eventos adversos associados ao uso de opioide
Introdução: desde a década de 1960, os opioides têm sido utilizados como medicamentos de referência em induções anestésicas, uma vez que permitem uma inibição do sistema simpático sem colapso cardiovascular e liberação de histamina. Contudo, recentemente, diversos estudos têm mostrado as consequências do uso exacerbado de opioides e a necessidade de estratégias multimodais com baixas (ou nenhuma) quantidades de opioides estão sendo exploradas e instituídas para um melhor bem-estar do paciente cirúrgico. Objetivo: Compreender os efeitos dos opioides sobre o paciente cirúrgico e os eventos adversos associados. Material e método: Trata-se de uma revisão de literatura integrativa, com buscas nas bases de dados Pubmed, Lilacs, Bireme e Google Scholar. Foram utilizados quatro descritores: anestesia, opioid-free, técnicas analgésicas e multimodal treatment. Definiu-se como critério de inclusão a relevância temática, artigos com qualis Capes na plataforma sucupira superior a B2 e/ou fator de impacto superior a três e publicação a partir do ano de 2016. Resultados: Os opioides, além da depressão respiratória intraoperatória, são responsáveis, na sua maioria, por afecções pós-operatórias, como hiperalgesia, indução de tolerância, isquemia intestinal e especificamente em pacientes geriátricos, o delirium e a disfunção cognitiva no momento pós-cirúrgico. Devido a isso, estratégias multimodais têm sido adotadas e apontam melhoras para os pacientes, não só na diminuição dos efeitos inerentes ao opioide, como na redução de náuseas e vômitos, além da diminuição do tempo de recuperação pós-cirúrgica e sua menor associação menores índices de mortalidade, melhor desfecho cardiopulmonar, renal, intestinal e neurológico quando comparado a infusão de agente único, além de uma extubação mais rápida e menor permanência em Unidades de Tratamento Intensivo. Conclusão: O uso de estratégias multimodais com baixos níveis ou sem opioides se mostrou eficaz em relação aos efeitos pós-operatórios. Além disso, essas estratégias também apresentaram eficiência igual ou melhor do que o uso de anestesia de infusão única com menor período de recuperação, menos reações adversas e melhor prognóstico para o paciente
Introdução
Apresentação, Expediente, Equipe Editorial, Sumário e Editorial
Percepção dos pacientes sobre cirurgia robótica em câncer de próstata após o procedimento
Introdução: A medicina evoluiu juntamente com a tecnologia, no ano 2000 era criado o protótipo do primeiro equipamento com a proposta não de substituir a mão de obra médica, mas sim de auxiliá-la, o robô cirúrgico da Vinci. Hoje bem sedimentada e cada vez mais no ambiente hospitalar, a cirurgia robótica trouxe vantagens aos cirurgiões: melhor visibilidade do campo operatório, melhor destreza cirúrgica, maior precisão e maior conforto. Muitas vantagens aos pacientes igualmente existem: menor perda sanguínea, menores incisões, recuperação pós-operatória mais rápida, além de menor risco de complicações inerentes à cirurgia Cerca de 64% das prostatectomias radicais são feitas com sistema robótico nos EUA e o método difundiu-se por todo o mundo, incluindo a América do Sul, sendo uma das cirurgias remotas mais realizadas atualmente. Por ser um tratamento novo, tem-se tornado bastante utilizado, por suas vantagens a outros métodos. Objetivo: Expor a percepção dos pacientes acerca da cirurgia robótica após o procedimento. Material e método: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, cuja pesquisa foi realizada nas bases de dados informatizadas Pubmed, SciELO, ScienceDirect, Lilacs com o uso dos descritores Mesh (Medical Subject Headings): robotics operations, remote operation, prostatic neoplasm. Primeiramente foram encontrados 29 artigos. Foram utilizados os fatores de exclusão ano de publicação a partir de 2017, artigos originais, com tema que foque na percepção dos pacientes operados por cirurgia robótica em câncer de próstata sobre o procedimento. Assim, 7 artigos foram escolhidos para análise. Resultados: Os estudos mostraram que as expectativas dos pacientes acerca do tratamento inovador não são atendidas. Um trabalho foi feito com o intuito de avaliar a satisfação dos pacientes pós prostatectomia radical aberta, videolaparoscópica e robô assistida. Foi percebido que de um total de 400 pacientes que responderam (taxa de resposta de 61%), 84% estavam satisfeitos e 19% lamentaram sua escolha de tratamento. A obra conseguiu chegar a uma conclusão em comum, em que os pacientes que foram submetidos à prostatectomias radicais robô assistidas eram mais propensos a sentirem-se arrependidos e insatisfeitos, possivelmente devido à maior expectativa de um procedimento “inovador”. Para entender tais expectativas e as possíveis insatisfações de uma maneira mais objetiva foi desenvolvido e aprimorado, trabalhos aplicaram questionários que fossem claros para avaliar tal resultado: o questionário “Pentafecta”, na qual se inclui aspectos como margem cirúrgica e os três principais aspectos relatados em outro método, o questionário “ Trifecta”: potência sexual, continência e recorrência bioquímica. Conclusão: É fato que a cirurgia robótica possui diversos benefícios que melhoram a técnica operatória, dando conforto e melhores instrumentos para o cirurgião e propiciando um melhor pós-operatório ao paciente Por outro lado, a percepção dos pacientes acerca da cirurgia torna-se negativa, por não atenderem suas expectativas. Nesse sentido, faz-se bem uma pratica clinica mais aproximada entre médico e paciente em direção à uma conversa mais transparente sobre vantagens e desvantagens, bem como os reais resultados e consequências do procedimento inovador. Assim, a decisão sobre qual procedimento optar seja realmente conjunta