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    Hipotireoidismo congênito: impasse no desenvolvimento infantil

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    Introdução: O hipotireoidismo congênito (HC) é um distúrbio do metabolismo, caracterizado pela produção inadequada de hormônios da tireoide devido ao mau funcionamento da glândula. É uma das principais causas de retardo mental e de atrasos no desenvolvimento neuropsicomotor, porém existem tratamentos aptos a resolverem tais problemas se diagnosticado oportunamente. Objetivo: Evidenciar como o hipotireoidismo congênito influencia no desenvolvimento da criança. Material e método: O presente estudo trata-se de uma revisão integrativa em que a coleta de dados foi feita a partir de fontes secundárias de 20 artigos. A busca foi realizada nas bases de dados Scielo, Bireme e PubMed. Utilizando os descritores Ciências da Saúde (DeSC): “hypothyroidism” and “congenital” and “child development”, foram selecionados artigos publicados nos últimos 6 anos. Resultado: De acordo com a literatura, os hormônios produzidos pela tireoide, tiroxina (T4) e triiodotironina (T3), possuem uma regulação de secreção pela hipófise através da liberação do hormônio de estimulação da tireoide (TSH). Estes hormônios são fundamentais para o crescimento, pois controlam a velocidade do metabolismo e para maturação e organogênese do sistema nervoso (SN), visto que influenciam na mielinização, formação de sinapses, arborização dendrítica e vascularização. No HC, em que na maior parte dos casos é resultado da máformação da glândula tireoide, ocorrem disfunções cognitivas, devido a deficiência dos hormônios T3 e T4, onde as regiões responsáveis por essas habilidades, cerebelo, hipocampo e córtex cerebral possuem receptores para esses hormônios, responsáveis pelo desenvolvimento neurológico. Após esse retardo cognitivo, ocorrem efeitos deletérios na fala, audição, quociente intelectual, reflexos e coordenação motora. Além disso, a atividade muscular automática, o crescimento ósseo, pela falta do aparecimento e crescimento dos centros de ossificação epifisal, dependentes de T3 eT4, a mineralização e resistência dos ossos, também são comprometidos. Na infância, uma imagem radiológica com a ausência da epífise distal do fêmur e proximal da tíbia, possuem relevância clínica. Após a análise dos estudos, foi possível perceber que o diagnóstico clínico de HC em recém-nascidos é muito difícil, pois a maioria dos bebês apresentam sintomatologia evidente somente após os três meses de idade, quando os danos já podem ter se estabelecido, tornando-se imprescindível um acompanhamento médico amplo ao recém-nascido. Conclusão: O hipotireoidismo congênito é uma doença metabólica que afeta principalmente o SN, acarretando alterações patológicas no desenvolvimento cognitivo e físico da criança, criando um quadro de retardos. Deve-se focar no acompanhamento pós-natal, enfatizando a realização do teste do pézinho entre 3 e 5 dias de vida do bebê, devido as concentrações de TSH serem elevados antes deste período, afirmando um falso-positivo. Logo, são necessárias essas medidas que diagnosticam a doença precocemente a fim de minimizar seus danos e iniciar o tratamento, sendo o mais simples, a reposição hormonal

    Influência da evolução do lúpus eritematoso sistêmico nos aspectos psicológicos dos pacientes lúpicos

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    Introdução: O Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) é uma doença crônica inflamatória autoimune com manifestações multissistêmicas, baseada na superprodução de autoanticorpos e falha dos mecanismos de imunorregulação. Por ter cronicidade, o aspecto psicossomático é prevalente, ressaltando a ansiedade, depressão, alterações emocionais e na qualidade de vida. Dessa forma, é importante a análise da interrelação entre os distúrbios psicológicos e a evolução da doença lúpica. Objetivo: Discutir a influência do desencadeamento e evolução do LES nos aspectos psicológicos dos pacientes lúpicos. Material e Método: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura. Foram selecionados 20 artigos sendo 13 escritos em inglês e 7 em português, no período de 2014 a 2019, nas plataformas de pesquisa US National Library of Medicine (PubMed), Literatura LatinoAmericana e do Caribe em Ciências da Saúde (Lilacs), Scientific Eletronic Library Online (Scielo) por meio dos descritores em ciências da saúde “Lúpus Eritematoso Sistêmico”; “Sistema Nervoso Central”; “Transtornos Mentais”. Resultados: De acordo com a literatura, percebe-se que as alterações psicológicas em pacientes lúpicos decorrem, principalmente, da atividade da doença no Sistema Nervoso Central e com isso afeta o processo de evolução do LES. Foi constatado que 40% dos pacientes que estavam na fase aguda da doença apresentava ansiedade e depressão, enquanto apenas 10% dos pacientes na fase inativa da doença apresentavam sintomas psiquiátricos. Além disso, a falta de conhecimento e orientações sobre os sintomas físicos que aparecem na fase de ativação da doença causam impotência, receio da morte, mudanças no planejamento familiar, depressão e ansiedade. A aparência é mudada durante as crises, podendo ocorrer manchas vermelhas na pele, em formato de asa de borboleta e erupções cutâneas na boca, isso leva a diminuição da autoestima e possibilita o surgimento de depressão, assim como a formação de pensamentos suicidas. Ademais o aumento da corticoterapia, com o uso de glicocorticóides, decorrente da evolução na fase ativa da doença pode ocasionar alterações psiquiátricas como distúrbios emocionais e de personalidade bem como dificuldades de concentração. Ao analisar pacientes na fase de não repressão da doença, observaram que a presença de alguns anticorpos específicos, como anti-ribossomo P e anti-neuronais, causam lesões neurodegenerativas bem como modificações nos neurotransmissores, assim possibilita diminuição do desenvolvimento cognitivo de pacientes lúpicos, ao quadro de convulsões, cefaleia, síndrome orgânica cerebral e psicose. Observa-se que o LES se apresenta, inicialmente, com alterações psicológicas sutis como leves disfunções cognitivas ou discretas alterações do comportamento e se manifesta com alterações mais complexas ao longo da evolução na forma ativa de expressão da doença. Conclusão: Logo, percebe-se que a fase ativa de evolução da doença apresenta significativas alterações psicológicas de forma a ressaltar a necessidade de investir em diagnósticos precoces da doença, orientações aos pacientes a respeito dos fatores influenciadores na ativação do LES além de instruir sobre cuidados adequados com a saúde e hábitos de vida que possibilitam uma melhor qualidade de vida do paciente lúpico

    A introdução alimentar em lactentes e aspectos relacionados

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    RESUMO: O aleitamento materno exclusivo nos primeiros seis meses de vida é essencial para o crescimento adequado da criança, além de garantir a imunidade e evitar morbidades futuras. Passado esse período, é indicado iniciar alimentação complementar, de forma gradual e com uso de dieta equilibrada e variada. O texto objetiva investigar as recomendações para transição alimentar em lactentes e compreender os fatores associados a esse processo. Trata-se de uma revisão integrativa a partir da análise de 23 artigos selecionados nas bases de dados Literatura Latino Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Scientific Electronic Library Online (SCIELO), Public Medlines (Pubmed) e Google Acadêmico, utilizando-se os descritores Ciências da Saúde (DeSC): “Breast Feedind” and “Infant Nutrition” and “Infant Nutrition Physiological Phenomena” and “Weaning”, sendo selecionados artigos publicados entre os anos de 2010 à 2019. Por meio da análise dos 23 materiais, observou-se que os primeiros alimentos oferecidos ao infante devem ser de consistência pastosa, acompanhados da ingestão de frutas e oferta de água. Por volta de 8 a 9 meses, a criança poderá receber alimentos com a mesma consistência daqueles consumidos pela família. Deve-se manter sempre uma dieta balanceada e rica em nutrientes. Em contrapartida às indicações corretas de introdução alimentar, percebe-se existência de hábitos inadequados, como a introdução de líquidos antes dos seis meses e o desmame precoce. Muitas dessas práticas ocorrem devido à falta de informação familiar e dos profissionais de saúde. Métodos inovadores de introdução alimentar, a exemplo do BLW, têm ganhado destaque. Conclui-se que uma introdução alimentar adequada segue as recomendações dos Dez Passos Para Alimentação Saudável. Do mesmo modo, observa-se a necessidade de identificação precoce dos hábitos alimentares inadequados do lactente e o reforço de políticas públicas referentes à amamentação e à nutrição infantil, envolvendo a atuação efetiva dos profissionais de saúde nessa questão. &nbsp

    A toxicidade do chumbo e seu risco à saúde humana

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    Os metais pesados são elementos naturais da crosta terrestre, sendo identificados como as toxinas mais antigas conhecidas pelos humanos. Em relação ao chumbo, compreende-se que consiste em uma substância completamente estranha ao metabolismo do indivíduo. Diante disso, a OMS considera que concentrações plúmbeas teciduais superiores ao limiar de 10 μg/dL são prejudiciais ao funcionamento basal do organismo, sendo definidas tais ocorrências como Saturnismo ou Plumbismo. O presente estudo tem como objetivo verificar a intoxicação por chumbo e suas implicações aos diferentes sistemas do corpo humano. Trata-se de uma análise a partir de cinco artigos selecionados nas bases de dados Literatura Latino Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Scientific Eletronic Library Online (SCIELO), Public Medlines (Pubmed) e Medlines, utilizando os descritores “lead exposure” and “prognostic” and “saturnism” and “neurotoxicity” and “renal system”, com seleção de artigos publicados entre 2014 e 2019. Os aspectos clínicos mais recorrentes nos casos de envenenamento por chumbo são transtornos neurocognitivos e neurofisiológicos, que acarretam problemas como a hiperatividade e déficits na cognição. Além disso, observa-se disfunções dos índices fisiológicos renais, com a excreção de biomarcadores que refletem danos no epitélio tubular; distúrbios hematológicos e cardiovasculares, a exemplo de quadros de anemia e hipertensão induzidas pelo chumbo, e a deposição desse material tóxico nos ossos durante um estado crônico do plumbismo. Concluiu-se que a exposição ao chumbo constitui um fator de risco à saúde humana e acarreta reações danosas à vários sistemas do organismo. Por fim, foi notado ainda que fatores como condições socioeconômicas, de moradia e de trabalho são também preditores dos riscos que o chumbo oferece

    Qualidade de vida e nível de estresse em cuidadores de crianças com deficiência intelectual no município de Anápolis-Goiás

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    A deficiência intelectual (DI) é uma condição clinica relacionada com a dificuldade ao lidar com situações cotidianas, tendo como consequência prejuízos na função intelectual e no comportamento. Devido a essa condição, crianças precisam de cuidados especiais em tempo integral, sendo este realizado por seus cuidadores. Aliada a tamanha responsabilidade, sua qualidade de vida diminui devido a fatores como falta de relacionamentos interpessoais, sobrecarga física e emocional, informação profissional inadequada, pouco suporte social e condição socioeconômica, por isso, transtornos psicológicos como estresse, ansiedade e depressão tendem a aumentar significativamente. Portanto, é de suma importância direcionar atenção não somente às crianças com DI, mas também aos seus cuidadores. Diante desse contexto, o presente trabalho tem como objetivo identificar o nível de estresse e a qualidade de vida de cuidadores de crianças com deficiência intelectual matriculadas na APAE-Anápolis. Trata-se de um estudo descritivo de delineamento qualitativo e transversal, com a obtenção dos dados a partir da aplicação de questionários validados a 100 cuidadores de crianças com deficiência intelectual matriculadas na APAE-Anápolis. Os dados obtidos serão tabulados e analisados, trançando-se o perfil de qualidade de vida e o estresse dos participantes, em razão do cuidado com as crianças deficientes. Espera-se verificar a diminuição da qualidade de vida dos cuidadores, com decréscimo, principalmente, na saúde física e psicológica, com maior parcela de participantes enquadrando-se nos sintomas de estresse. Em relação ao perfil sócio demográfico dos cuidadores, espera-se que seja composto majoritariamente por mulheres, mães das crianças com deficiência intelectual, com idade entre 30 e 60 anos

    Síndrome de Budd-Chiari – relato de caso

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    RESUMO: A síndrome de Budd-Chiari (SBC) é uma rara condição patológica caracterizada por obstrução da saída do fluxo venoso hepático, podendo ser classificada em primária, consequente de uma lesão venosa intra-luminal, e secundária, resultante de compressão extrínseca ou invasão do sistema venoso. O presente estudo tem por objetivo relatar um caso de síndrome de Budd-Chiari, ressaltando a importância do diagnóstico e tratamento na prevenção da evolução para hepatopatia crônica. Relata-se o caso de um paciente, 47 anos, que chegou ao PS com dor em região de hipocôndrio direito de forte intensidade associada à distensão abdominal. Realizou-se TC de abdome total apontando presença de trombose de veias supra-hepáticas, confirmando diagnóstico de SBC. Evoluiu com hipertensão portal e sinais de hepatopatia crônica. O tratamento foi realizado com Espironolactona e Marevan. Após seis meses de uso do Marevan, paciente apresentou piora das varizes esofágicas e hematêmese, sendo necessária realização de ligadura elástica de varizes do esôfago. Não houve recomendação de transplante hepático, pois o paciente apresentava MELD 14. Dessa forma o diagnóstico preciso da SBC é imprescindível para que intervenções terapêuticas adequadas possam ser tomadas, evitando, assim, a evolução para hepatopatia crônica, com danos permanentes à funcionalidade do fígado e à qualidade de vida do pacient

    Puberdade precoce central: fatores exógenos desencadeadores

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    Introdução: A puberdade é uma fase de maturação biológica que consiste na reativação do eixo hipotálamo-hipófise-gônadas (HHG), induzindo a secreção de hormônios que acarretam transformações consideráveis. Entende-se puberdade precoce central (PPC) como a ativação inoportuna do eixo HGG, sendo antes dos 8 em meninas e antes dos 9 anos em meninos. O consumo de agrotóxicos, a anóxia perinatal e lesões cranianas são causas relevantes para a PPC. Objetivo: Evidenciar como o consumo de agrotóxicos, a anóxia perinatal e lesões cranianas correlata com a PPC. Material e método: O presente estudo trata-se de uma revisão integrativa, em que a coleta de dados foi feita a partir de fontes secundárias de 20 artigos. A busca foi realizada nas bases de dados PubMed, Scielo e Bireme. Utilizando os descritores Ciências da Saúde (DeSC): “early puberty” and “hipophysis”, “hypothalamus”, foram selecionados artigos publicados nos últimos 6 anos. Resultado: De acordo com a literatura, a infância é uma fase da vida susceptível ao envenenamento por produtos tóxicos do ambiente. O consumo de água, ar e alimentos em relação a massa corporal, aumentam as chances de intoxicação, diante disso, os agrotóxicos organoclorados, substâncias tóxicas, que quando ingeridas pela alimentação de forma contínua, causam uma estimulação do hipotálamo, que é responsável pela síntese do hormônio liberador de gonadotrofina (Gn-RH) e pela ação sobre a hipófise de indução a liberação dos hormônios: luteinizante (LH) e folículoestimulante (FSH), desencadeando uma ação estrogênica que impulsionará o surgimento das características sexuais secundárias precocemente, caracterizando assim a PPC. A anóxia perinatal que compreende a ausência ou diminuição da disponibilidade de oxigênio nas células, nos primeiros 5 minutos de ocorrência, há adaptações fisiológicas de compensação da falta de oxigênio que propiciam quadros de acidose metabólica, hipotensão grave e redução da perfusão encefálica, acarretando danos neurais pela morte celular. A deficiência do hormônio Gn-RH, pode ser resultado de anomalias no hipotálamo de crianças ou em condições patológicas da glândula hipofisária. Ainda na vida intrauterina, uma das causas mais importantes de tais alterações é a anóxia perinatal. A deficiência das concentrações de oxigênio gera distúrbios posteriores como implantação anômala dos dentes, hipoglicemia e retardo no crescimento. Existe uma ligação também, entre traumatismo crânio encefálico e anormalidades do hormônio Gn-RH. Crianças que tiveram trauma grave ou lesão estrutural são mais suscetíveis a alterações hormonais que podem desencadear a PPC. Um dos fatores responsáveis pela PPC após trauma crânio-encefálico (TCE), é o aumento de pressão no eixo HHG com perda da inibição hipotalâmica normal do LH e FSH na infância. Diante disso, se faz necessário um acompanhamento rigoroso a fim de avaliar a taxa de crescimento linear e do desenvolvimento puberal após TCE. Conclusão: A puberdade é a fase de maturação que reativa o eixo HHG, quando tal ativação ocorre antes da idade esperada, recebe o diagnóstico de PPC. Logo, o consumo de agrotóxicos, a anóxia no período perinatal, lesões e traumatismos cranianos podem contribuir para tais quadros de PPC. Por fim, a importância de um acompanhamento rigoroso em crianças, que se enquadram nesses grupos de risco, a fim de evitar tal problema ou tratá-lo da maneira correta é imprescindível
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