32 research outputs found

    TECNOLOGIAS E PRODUÇÃO DE SENTIDOS: ADOLESCÊNCIA, AUTOLESÃO/AUTOMUTILAÇÃO E EDUCAÇÃO

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    Neste artigo, apresentamos um levantamento bibliográfico sobre a prática da autolesão não suicida em adolescentes, problematizando as narrativas sobre o tema pelo viés de autores e autoras do campo da Saúde, da Educação e da Psicologia que focam seus estudos nas tecnologias como produtoras de subjetividade. Consultamos ainda manuais diagnósticos voltados aos/às profissionais de saúde, assim como legislação e documentos que orientam o trabalho na Educação, em especial a BNCC, e da saúde, em se tratando de questões envolvendo crianças e adolescentes e a prática de autolesão, além de documentos de referência na área de saúde e legislações oficiais. O tema mostra-se relevante pela crescente demanda na comunidade escolar voltada para práticas de cuidado nesse contexto, e também por se tratar de um assunto que preocupa todos/as os/as envolvidos/as. Assim, tivemos aqui como objetivo reunir um arcabouço teórico, a fim de compreender melhor a adolescência, a autolesão, e suas articulações com as mídias e a produção de subjetividades. Concluímos que é necessário que se observe de forma crítica para o conteúdo midiático veiculado nas redes sociais, no que tange à autolesão e à automutilação, na ideia de instigar estudiosos/as e interventores/as do campo da educação a olharem para tais fenômenos e, consequentemente, sentirem-se parte do processo de cuidado e propositores/as de novas problematizações

    ÉTICA E DIREITOS HUMANOS NA EDUCAÇÃO: O QUE OS ESTUDOS DE GÊNERO TÊM A VER COM ISSO?

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    No presente artigo, trazemos à tona a importância da articulação entre Direitos Humanos e os Estudos de Gênero no contexto da Educação Formal. Tal problematização engloba, sob nosso ponto de vista, um movimento ético-estético-político necessário para o cenário atual, e para uma Educação comprometida com a realidade das pessoas que dela se beneficiam. Na ideia de que construímos e somos construídos por intermédio das relações, e que inventamos e damos sentido ao mundo por intermédio da linguagem, propomos um olhar interdisciplinar e problematizador em meio às práticas de sala de aula. A noção de cidadania, nesse cenário, ganha centralidade, e exercita uma prática de formação integral, sensível e incentivadora das diversidades e do cuidado em prol da emergência de modos singulares de existir

    (DES) CONSTRUÇÃO DE GÊNERO NO CENÁRIO SERTANEJO UNIVERSITÁRIO

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    A música é um dos artefatos culturais mais presentes no cotidiano da população e o tipo de conteúdo veiculado nela, muitas vezes, reflete e influencia nos fenômenos sociais e nos processos de subjetivação. Este artigo tem por objetivo evidenciar a representação e a (des)construção da mulher e do homem nas músicas sertanejas universitárias, analisando criticamente os sentidos de gênero no cenário em questão, atentando às noções de sujeito ali expressas. O artigo foi construído através de uma pesquisa qualitativa, de caráter descritivo e documental. Foram selecionadas dez músicas do estilo sertanejo universitário mais tocadas no período de março de 2019 do site da Som Livre (somlivre.com). A análise dos dados se deu por intermédio da Análise de Discurso e resultou em dois eixos temáticos: Decepção amorosa, alcoolismo, público e privado e sexualidade, relação sexual e posse. Através deste estudo, evidenciamos a dominação masculina sob as mulheres e o culto ao uso de álcool após o término dos relacionamentos amorosos

    CONSTRUCIONISMO SOCIAL E A LÓGICA DE CUIDADO NA CONTEMPORANEIDADE

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    O presente estudo propõe uma análise de artigos científicos, com fins de investigar as propostas de autores/as que se utilizam do referencial teórico do Construcionismo Social e que apontam este como ferramenta potencial para o trabalho comunitário. Foi realizada uma revisão narrativa, elegendo para a discussão 11 artigos científicos publicados na Biblioteca Virtual em Saúde Brasil. Os dados foram analisados e discutidos embasando-se na perspectiva do Construcionismo Social, o que gerou quatro eixos temáticos: comunidade protagonista; trabalho interdisciplinar; intervenção como possibilidade de mudança para usuários/as e profissionais; espaço comunitário como lugar de intervenção e cuidado. O presente estudo evidenciou a importância dos espaços dialógicos como potencializadores de mudança e transformação. Apontou ainda o Construcionismo Social como pressuposto suscitador da reflexão ética face aos efeitos de nossas práticas profissionais. Ao propor a reflexão continuada sobre a dialética teoria e prática do/a próprio/a profissional, potencializa ações e relações equitativas, onde as pessoas sejam reconhecidas em sua singularidade e respeitadas em suas diferenças

    PROFESSOR: MEDIADOR E FIGURA AFETIVA / TEACHER: MEDIATOR AND AFECTION FIGURES

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    No processo de ensino-aprendizagem, estão envolvidos diversos sujeitos responsáveis pela sua existência, tendo-se como figura de destaque a relação professor-aluno. Dentro deste contexto, o educador se encontra no papel de mediador, figura esta necessárianas relações estabelecidas entre seres humanos desde a infância e que permite o desenvolvimento das funções psicológicas superiores. Entretanto, não é possível pensar nesta relação permeada pela mediação sem se levar em conta a afetividade que é carregada junto com ela e que, por sua vez, causa muita influência em todo esse processo. A partir disso, o objetivo do presente trabalho é relacionar estas questões afetivas com o papel do mediador no processo de ensino-aprendizagem, uma vez que se acredita que estes fatos não podem ser entendidos separadamente

    Diálogos entre gênero, saúde e direito educativo: colocando em análises as diretrizes curriculares da educação

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    In this article, we will discuss the thematic about gender, health and promotion of citizenship, by means of analysis of the Curriculum Guidelines  of  National Education. With this research, we problematize the production of meanings, in relation to the thematic chosen, with the purpose of putting in analysis that notions of subject and of world official materials of the Ministry of Education makes available for the exercise of educational practices. We make use of theoretical contributions related to Education Law, to Gender Studies of post-structuralist inspiration, and Social Constructionism. The guidelines, understood as public domain materials, were analyzed by means of Discourse Analysis proposed by Mary Jane Spink. With the present work, we conclude that the Guidelines point to a conception of subject and world in a constant process of construction, notion is linked to the promotion of citizenship and the precepts of the authors that guided this study. Inspired by this research, we raise the question of how the authors that put these actions into practice in their educational contexts experience such Guidelines, experience such Guidelines, considering that this problematizing logic, printed on the materials under analysis, not always compact with the notions of subject and world experienced by the communities in their daily lives.En el presente artículo, discordamos sobre las temáticas género, salud y promoción de ciudadanía, por intermedio del análisis de las Directrices Curriculares de la Educación Nacional. Con esta investigación, problematizamos la producción de sentidos, en lo que se refiere a las temáticas escogidas, con fines de poner en análisis que nociones de sujeto y de mundo materiales oficiales del Ministerio de la Educación ponen a disposición para el ejercicio de prácticas educativas. Hicimos uso de aportes teóricos relacionados al Derecho Educativo, a los Estudios de Género de inspiración post-estructuralista y al Construccionismo Social. Las directrices, entendidas como materiales de dominio público, fueron analizadas por intermedio del Análisis de Discurso propuesto por Mary Jane Spink. Con el presente trabajo, concluimos que las Directrices apuntan hacia una concepción de sujeto y de mundo en un constante proceso de construcción, noción esta vinculada a la promoción de la ciudadanía y a los preceptos de los / as autores / as que orientaron este estudio. Inspiradas en esta investigación, planteamos el cuestionamiento de cómo los / as actores / as que ponen en práctica tales acciones en sus contextos educativos vivencian tales Directrices, teniendo en vista que esa lógica problematizadora, impresa en los materiales en análisis, no siempre comprimen con las nociones de sujeto y de mundo vivenciadas por las comunidades en sus cotidianos. No presente artigo, discorremos sobre as temáticas gênero, saúde e promoção de cidadania, por intermédio da análise das Diretrizes Curriculares da Educação Nacional. Com esta pesquisa, problematizamos a produção de sentidos, no que tange às temáticas escolhidas, com fins de colocar em análise que noções de sujeito e de mundo materiais oficiais do Ministério da Educação disponibilizam para o exercício de práticas educacionais. Fizemos uso de aportes teóricos relacionados ao Direito Educativo, aos Estudos de Gênero de inspiração pós-estruturalista e ao Construcionismo Social. As diretrizes, entendidas como materiais de domínio público, foram analisadas por intermédio da Análise de Discurso proposta por Mary Jane Spink. Com o presente trabalho, concluímos que as Diretrizes apontam para uma concepção de sujeito e de mundo em um constante processo de construção, noção esta atrelada à promoção de cidadania e aos preceitos dos/as autores/as que nortearam este estudo. Inspiradas nesta pesquisa, levantamos o questionamento de como os/as atores/as que colocam em prática tais ações em seus contextos educacionais vivenciam tais Diretrizes, tendo em vista que essa lógica problematizadora, impressa nos materiais em análise, nem sempre compactua com as noções de sujeito e de mundo vivenciadas pelas comunidades em seus cotidianos

    APRESENTAÇÃO

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    Nesta edição da Revista Psicologia em Foco, apresentamos cinco artigos inéditos, com temáticas e delineamentos de pesquisa variados. A partir de reflexões que discutem o Sistema Único de Saúde, a Educação e a Saúde Docente, a Depressão Pós-Parto Materna, a Depressão na Pós-Modernidade e o Luto em Profissionais da Saúde, nossa revista traz uma discussão ampla, embora complexa, no compilado destes textos que falam da riqueza e da diversidade da pesquisa e da prática profissional no âmbito do cuidado humano.            Na ideia de que tais escritos contribuam com o fazer cotidiano em saúde, desejamos uma excelente leitura, juntamente com os votos de um ano de novas pesquisas e reflexões. Cláudia Reis FloresEdinara Michelon BisogninEliane Cadon

    APRESENTAÇÃO

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    De acordo com o Dicionário Aurélio, Foco, na área da física, “é um ponto para onde convergem raios luminosos refletidos por um espelho”. Nesta lógica, a Revista Psicologia em Foco chega ao seu sexto volume, número sete, com profundo desejo de que os artigos apresentados possam servir como espelho a profissionais e acadêmicos da área, refletindo, como raios luminosos, novas pesquisas e intervenções. Como instrumentos de interlocução, oferecemos a você, leitor/a, cinco artigos inéditos. No primeiro, “Avaliação Psicológica no Planejamento de Intervenção Grupal”, Juliana da Silva Carminatti, Fabiana dos Santos Gediel Bernardo e Jefferson Silva Krug discutem a avaliação psicológica como uma ferramenta fundamental a ser adotada na construção de programas de intervenção psicológica. Na sequência, as autoras Ana Paula Parise Malavolta e Camilla Baldicera Biazus pensam a arte como função de holding aos “ditos loucos” no artigo “O Vínculo Entre Arte, Psicanálise e Loucura: Por um Espaço de Criação e Invenção”. O terceiro artigo, “Reflexões Sobre a Práxis do Psicólogo em Equipamentos de Acolhimento Institucional: Relato de uma Experiência”, de Ana Paula Melchiors Stahlschmidt, versa sobre o fazer psicológico e suas nuances, especialmente no que tange ao trabalho interdisciplinar, em uma instituição voltada ao acolhimento de crianças e adolescentes. “Resiliência e Meninos em Situação de Rua: Fatores de Proteção e de Risco”, título do quarto artigo, da autoria de Saulo Santos Menezes de Almeida, Anne Caroline Almeida Silva e Catarina Pina Camandaroba, confirma que o enfrentamento dos fatores de risco e o aproveitamento dos fatores protetivos contribuem na construção de sujeitos resilientes. Por fim, “Trajetórias do Acompanhamento Terapêutico: A Cidade e a Loucura”, dos autores Pedro José Pacheco e Vilson Carlos Simborski Menezes, corrobora a ideia de que o Acompanhamento Terapêutico, para além de uma política, refere-se a uma prática clínica no contexto contemporâneo. Considerando que produzir conhecimento constitui para novas e responsáveis formas de fazer Psicologia, agradecemos aos/às autores/as por compartilharem suas experiências conosco e desejamos aos/às leitores/as proveitosa leitura

    APRESENTAÇÃO

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    É com muito orgulho que chegamos ao sexto volume, número oito, da Revista Psicologia em Foco. Com produções inéditas e diversificadas, que versam sobre pesquisas e práticas no campo da Psicologia, a presente revista compromete-se com a problematização de fazeres, aliados a uma ciência inquieta, pensante e em constante movimentação. Neste número, o/a leitor/a é convidado/a por Ângela Cândido da Silva e Leticia Horn Oliveira, em seu artigo “Conciliando a Realização Pessoal, o Trabalho e a Família: um Estudo com Mulheres do Interior do Rio Grande do Sul” a discutir a condição da mulher contemporânea que, em meio a suas atividades laborais, de mãe e de dona de casa, enfrenta uma realidade que gera importante discussão no campo da Psicologia. Na sequência, Mariana Sanches Della Pace de Carvalho e Barbara Maria Barbosa Silva, com o artigo “Estilos Parentais: um Estudo de Revisão Bibliográfica” mapeiam a produção científica nacional que trata dos Estilos Parentais, convidando o/a leitor/a a refletir sobre as produções acerca da temática lançadas a nível nacional em bancos de dados eletrônicos. Anahy Silveira Freitas Azambuja de Oliveira e Vilson Carlos Simborski Menezes discutem, na sequência, a respeito das práticas psicológicas no âmbito da Psicologia Jurídica, apresentando experiências de estágio em Psicologia focadas no âmbito jurídico, no artigo intitulado “Psicologia e Ciências Jurídicas: Refletindo sobre Práticas Possíveis em Psicologia Jurídica”. O quarto artigo apresentado neste número, de autoria de Simone Dreher e Amanda Saraiva Angonese, intitulado “Sentimentos Motivadores do Homicídio Passional” descreve um estudo realizado com homens que cumprem pena por homicídio passional, permitindo a inserção e o olhar diferenciado da Psicologia em temáticas polêmicas e que geram opiniões controversas. Por fim, apresentamos o artigo “Suicídio: a Percepção Familiar Sobre Aquele Que Deu Fim à Própria Vida”, de Pedro Canisio Spies e Crístofer Batista da Costa, que trata de uma pesquisa realizada com famílias, no intuito de investigar sua percepção sobre o suicídio de um de seus membros. Esperamos que as leituras sejam proveitosas e que gerem bons frutos, seja em relação a pesquisas e/ou a práticas profissionais cotidianas. Agradecemos, por fim, aos/às autores/as que compartilharam suas experiências acadêmicas e profissionais, permitindo a concretização do compromisso da Universidade de socializar com a comunidade suas produções e indagações. Boa leitura

    APRESENTAÇÃO

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    É sempre um imenso prazer lançar a Revista Psicologia em Foco nesta época do ano! É como se, de alguma forma, fechássemos um ciclo com êxito, por intermédio da oferta, junto à comunidade, de uma produção acadêmica, fruto do exercício diário da ciência.            Para esta edição, apresentamos cinco artigos, com assuntos e epistemologias diversificadas. O intuito é divulgar a produção acadêmica de qualidade e propositora de novas práticas, com a parceria de pesquisadores/as na área da Psicologia.            Em tempos de cortes na Educação, banalização dos processos de ensino e desvalorização do/a professor/a, cabe à Universidade resistir a esses processos, insistindo em seu papel de fomentar a discussão crítica e, quiçá, auxiliar na promoção de mudanças neste cenário.            Esperamos que as leituras sejam produtivas e que, mesmo neste período que o Brasil vive em que o pensamento crítico é condenado e colocado em questão, possamos semear reflexões e desacomodações em nossos/as leitores/as
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