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USO DE PLANTAS MEDICINAIS POR MORADORES DE VÁRZEA GRANDE NO MUNICÍPIO DE JAGUARETAMA-CE
O uso de plantas medicinais no tratamento e na cura de enfermidades é tão antigo quanto a espécie humana, e ainda hoje são comercializadas em feiras livres, mercados populares e encontradas em quintais residenciais. A Organização Mundial de Saúde (OMS) define planta medicinal como sendo “todo e qualquer vegetal que possui, em um ou mais órgãos, substâncias que podem ser utilizadas com fins terapêuticos ou que sejam precursores de fármacos semi-sintéticos”. Muitas pessoas que fazem o uso de plantas acham que por serem naturais não fazem mal à saúde, porém, este é um conceito equivocado, pois existem plantas medicinais dotadas de toxicidade, devido à existência de determinados constituintes farmacologicamente ativos. Diante disso, o trabalho tem como objetivo verificar a utilização de plantas medicinais por moradores de Várzea Grande. A pesquisa será realizada na Unidade Básica de Saúde do Tôco, do município de Jaguaretama – CE. Os dados serão coletados no período de abril a julho de 2019, através de um formulário contendo perguntas referentes ao perfil socioeconômico, as principais plantas utilizadas, indicações, posologia, forma de preparo, fontes de informações adquiridas e possíveis riscos que as plantas podem ocasionar. Serão incluídas no estudo, hipertensos atendidos na referida Unidade Básica de Saúde no município de Jaguaretama– CE no período do estudo, com diagnóstico clínico-laboratorial há pelo menos seis meses de hipertensão, independente do estágio (1, 2, 3 ou hipertensão sistólica isolada) de acordo com os critérios da Sociedade Brasileira de Hipertensão; maiores de 18 anos; de ambos os sexos. Serão excluídos pacientes com distúrbios psíquicos e neurológicos que limitem a compreensão adequada das informações contidas no formulário e que não concordarem em participar da pesquisa. A pesquisa será submetida ao Comitê de Ética do Centro Universitário Católica de Quixadá, através da Plataforma Brasil. Ressalta-se a importância de realizar um estudo sobre a utilização de plantas medicinais nos hipertensos em Unidades Básicas de Saúde, tendo em vista que os próprios profissionais de saúde envolvidos em seus cuidados desconhecem os riscos de interações e reações adversas que as mesmas podem causar e muitos têm a convicção do que é natural não faz mal e acabam utilizando-as de maneira inadequada e indiscriminada, o que pode tornar um risco a saúde desses pacientes
ENTENDENDO OS HORMÔNIOS TIREOIDEANOS: REVISÃO DE LITERATURA
O hipotireoidismo e hipertireoidismo são alterações da glândula tireoide que traz várias complicações no organismo humano. O hipertireoidismo tem várias causas, entre elas as reações imunológicas. O hipotireoidismo é definido como um estado clinico ou ausência de hormônios circulantes da glândula tireoide, denominados T4 (tiroxina) e T3 (tri-iodotironina), para subir uma função orgânica normal. Enquanto que o hipertireoidismo consiste em um estado hipermetabólico causado pelo aumento na função da glândula tiroide e, consequente, aumento dos níveis circulantes dos hormônios T3 e T4 livres. O objetivo da pesquisa visa abordar o manejo, diagnóstico e tratamento dos pacientes com hipotireoidismo e hipertireoidismo, de acordo com as evidências mais recentes da literatura e adequadas para a realidade clínica do país. Foi realizada busca das evidencias disponíveis em literatura bibliográfica de caráter exploratório-descritivo, foi realizada uma busca nas bases de dados: Bireme, Embase, Lilacs, Medline/PubMed, Periódicos Capes, Scopus, ScienceDirect, Scielo e SciFinder, com publicações nacional e internacional. A partir de artigos analisados foi possível descrever principais tipos hipotireoidismo e hipertireoidismo formas de diagnósticos e tipos de tratamento disponíveis, que resultaram em recomendações, incluindo investigação etiológica, tratamento com drogas antitireoidianas, iodo radioativo e cirurgia. Relação ao hipotireoidismo é importante destacar a relação deste com o sistema cardiovascular como o fator que aumenta o risco de aparecimento de doença cardíacas e deve-se ter atenção ao tipo de exercício físico que deve ser prescrito em função das alterações do sistema cardiovascular. Concluindo, o tratamento pode ser realizado com drogas antitireoidianas, administração de radioiodoterapia ou cirurgia de acordo com a etiologia da tireotoxicose, as características clínicas, disponibilidade local de métodos e preferências do médico-assistente e paciente. Em relação aos aspectos nutricionais, dentre os artigos avaliados, pouco tem sido citado sobre o papel da alimentação no surgimento e no controle destas disfunções, sendo o aspecto mais relevante encontrado o de que a vitamina leva a diminuição da hipertrofia cardíaca em pacientes com hipertireodismo. Sendo assim, no campo nutricional, é preciso investigar mais o papel da alimentação estas duas disfunções
UTILIZAÇÃO DE FÁRMACOS ANTIDEPRESSIVOS DURANTE A AMAMENTAÇÃO: ANÁLISE DA SEGURANÇA
A utilização de fármacos psicotrópicos durante a amamentação continua levantando alguns questionamentos e dúvidas, entre elas, sobre a segurança do lactente frente a possíveis efeitos colaterais, verificando se existe a necessidade da interrupção da amamentação durante o tratamento farmacológico da lactante. Considerando a ocorrência de sintomas psiquiátricos no período puerperal faz-se necessário o uso de psicofármacos durante esse período para pacientes que já tenham diagnóstico de doença mental e em casos que a mulher desenvolve depressão pós-parto, situação que a leva indagar se deve interromper a amamentação para fazer o tratamento, visto que os fármacos são excretados no leite materno, expondo o lactente ao contato com o medicamento antidepressivo. Devido a pouca informação por parte de mulheres que estejam amamentando, sobre a relação tratamento-amamentação, objetivou-se com o presente trabalho, esclarecer dúvidas existentes em relação a utilização de medicamentos antidepressivos durante a amamentação, exemplificando fármacos que são utilizados sem provocar maiores danos ao lactente, a fim de promover o conhecimento a respeito. O presente estudo foi fundamentado perante revisão descritiva da literatura científica sobre amamentação e uso de fármacos antidepressivos durante esse processo, onde a pesquisa foi feita por meio da análise de artigos dos bancos de dados SciELO e BVS, utilizando os seguintes descritores: antidepressivos, depressão pós-parto, amamentação. Foram selecionados 04 (quatro) artigos completos, publicados em língua portuguesa, entre os anos de 2012 a 2017. O leite materno é de fundamental importância para a saúde da criança pela sua disponibilidade de nutrientes e substâncias imunoativas, além de favorecer a relação efetiva entre o bebê e a mãe. Os profissionais de saúde devem estar atentos para a terapia farmacológica em mães que estejam amamentando, a decisão com relação a interromper ou não a amamentação deve considerar os riscos e benefícios para a mãe e para o lactente. Os trabalhos analisados mostraram-se positivos no que diz respeito à utilização de fármacos antidepressivos, no entanto, chama a atenção para a interrupção desse tratamento se houver uma comprovação do impacto do fármaco no aleitamento ou no desenvolvimento do bebê. Os fármacos antidepressivos de escolha e mais seguros durante a amamentação pertencentes a classe dos Inibidores Seletivos da Recaptação da Serotonina (ISRS) são Sertralina e Paroxetina. E da classe dos Tricíclicos (ADTs) são Amitriptilina, Nortriptilina e Imipramina, sendo preferíveis utilizar a menor dose eficaz para o controle dos sintomas. Contudo, é necessário manter o estado de vigilância ao bebê atentando aos sinais e sintomas que o mesmo possa apresentar. Conclui-se que o tratamento farmacológico antidepressivo não constitui uma razão que deva, necessariamente, conduzir ao abandono da amamentação