RESPOSTA À ADUBAÇÃO NITROGENADA E EFEITOS NOS COMPONENTES DE RENDIMENTO DO MILHO EM RIO DO SUL - SC

O milho tem importância significativa em termos socioeconômicos, seja porque é plantado em sua maior parte por pequenos produtores, seja porque é o principal insumo para alimentação de suínos e aves. O objetivo do trabalho foi avaliar o efeito de doses de nitrogênio na produção de milho híbrido  AS1730PRO3, conduzido no município de Rio do Sul – SC, na área experimental do curso de agronomia. Os tratamentos foram doses de nitrogênio aplicados em cobertura conforme recomendação da Rede Oficial de Laboratórios - Rolas (T1 = sem cobertura de nitrogênio, T2 = 145 kg.ha-1 de N conforme recomendação da rolas, T3 = 325 kg.ha-1 de N dobro da recomendação da rolas). Foi utilizado delineamento de blocos casualizados, com 6 repetições, com parcelas com 20 m2, totalizando com 16 parcelas e área de 360 m2. O solo no local do experimento é classificado como cambissolo, com pH em água = 6,0; Fósforo = 8,4 mg.dm3; Potássio = 126,6 mg.dm3; Matéria orgânica = 2,4%; Argila = 33 % O plantio direto na palhada dessecada de aveia preta foi realizado no dia 14 de outubro de 2020, com espaçamento entre linhas de 50 cm e 80.000 plantas por hectare. A quantidade de adubo formulado aplicado no momento da semeadura foi de 500 kg ha-1, da fórmula 07-28-14. O nitrogênio em cobertura foi aplicado na forma de ureia e parcelado em duas aplicações nas seguintes datas: 23/11 e 14/12.  A avaliação foi realizada dia 08 de março de 2021. Avaliou-se os seguintes parâmetros de cinco plantas da área útil da parcela: altura de inserção da folha bandeira - AFB, altura de inserção da espiga principal - AIE, número de grãos por espiga - NGE, peso de grãos por espiga com umidade corrigida para 13% - PMG, e estimativa de produção para população por hectare - EP. A população final de plantas por hectare (POP) foi avaliada através da contagem do número de plantas em dois metros lineares da linha de plantio. Os resultados médios obtidos por tratamento e parâmetros foram:   T1) AFB 2,45 m; AIE 1,33 m; NGE 523; PMG 163 g; EP 191sc.ha-1; POP 85.833 plantas.ha-1; T2) AFB 2,49 m; AIE 1,34 m; NGE 531; PMG 188 g; EP 219sc.ha-1; POP 83.333 plantas.ha-1; T3) AFB 2,49 m; AIE 1,35 m; NGE 549; PMG 208 g; EP 242sc.ha-1; POP 93.333 plantas.ha-1. Ocorreram diferenças significativas entre os tratamentos para a média dos parâmetros peso de grãos por espiga e para estimativa de produção de grãos em sacos por hectare. O tratamento que recebeu o dobro da recomendação de nitrogênio em cobertura apresentou valores superiores ao tratamento sem cobertura, sem diferir estatisticamente do tratamento que recebeu a recomendação da Rolas. A milho híbrido AS1730PRO3 apresentou resposta positiva para produção de grãos e aplicação de nitrogênio em cobertura, com peso médio de grãos por espiga de 188 g quando recebeu recomendação da Rolas e 208 g quando foi aplicado o dobro da recomendação