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    CARACTERIZAÇÃO GENOTÍPICA E FENOTÍPICA DE ISOLADOS DE ESCHERICHIA COLI DETECTADOS EM CASOS DE COLIBACILOSE SUÍNA NEONATAL OCORRIDOS EM SANTA CATARINA ENTRE OS ANOS DE 2019-2022

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    Introdução: A Escherichia coli Ă© uma bactĂ©ria da microbiota gastrointestinal, entretanto, algumas cepas sĂŁo patogĂȘnicas e causam doenças, como a colibacilose suĂ­na neonatal. Essa doença provoca prejuĂ­zos na suinocultura, acometendo leitĂ”es nos primeiros dias de vida, causando diarreia, desidratação e atĂ© morte dos animais. É causada por cepas de E. coli enterotoxigĂȘnica (ETEC), que apresentam pelo menos um tipo de fĂ­mbria (principalmente F4, F5, F6 e F41) e um tipo de toxina, sendo as termolĂĄbeis (LT I e LT II) e termoestĂĄveis (STa e STb), as mais frequentes. Objetivo: Este estudo visou caracterizar genotipicamente e fenotipicamente isolados de Escherichia coli de casos de colibacilose suĂ­na neonatal ocorridos em Santa Catarina entre os anos de 2019-2022. MĂ©todo: Sessenta e seis isolados de E. coli foram identificados em leitĂ”es de atĂ© cinco dias de vida e com sinais clĂ­nicos de colibacilose neonatal, oriundos de nove granjas catarinenses. As amostras foram testadas quanto Ă  resistĂȘncia a 13 antimicrobianos. Todos os isolados foram avaliados quanto Ă  formação de biofilme, e por trĂȘs reaçÔes de PCR multiplex, para detectar genes que codificam fĂ­mbrias e toxinas. Resultados: Um total de 98% dos isolados foram considerados multirresistentes e 10,6% foram resistentes a todos os 13 antimicrobianos testados. Na avaliação da suscetibilidade para colistina, 52% dos isolados foram classificados como resistentes. Em relação a capacidade de produção de biofilme, 83,3% apresentaram algum grau de produção. Na tĂ©cnica de PCR multiplex, em quatro isolados foi detectado o gene STb, em um isolado foi detectado o gene LT e outro isolado apresentou trĂȘs genes (STa, F41 e F5). ConclusĂŁo: Praticamente todos os isolados foram multirresistentes e apresentaram altas taxas de resistĂȘncia a antimicrobianos importantes, tanto na saĂșde animal como na humana, a exemplo da colistina, considerada tratamento de Ășltimo recurso para infecçÔes com bactĂ©rias gram-negativas multirresistentes

    DETECÇÃO DE CIRCOVÍRUS SUÍNO TIPO 3 (PCV-3) EM SUÍNOS DE CINCO ESTADOS BRASILEIROS ENTRE 2018-2022

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    Introdução: O circovĂ­rus suĂ­no tipo 3 (PCV-3) pertence Ă  famĂ­lia Circoviridae, Ă© pequeno, nĂŁo envelopado e o seu genoma Ă© formado por um fita simples circular de DNA. Ele tem sido associado Ă  ocorrĂȘncia de falhas reprodutivas e a problemas respiratĂłrios. No entanto, Ă© frequentemente detectado em coinfecçÔes com outros agentes como: circovĂ­rus suĂ­no tipo 2 (PCV-2), influenza suĂ­na (SIV) e Mycoplasma hyopneumoniae. Objetivo: O objetivo deste estudo foi detectar PCV-3 em suĂ­nos apresentando diferentes sintomatologias clĂ­nicas, provenientes de cinco estados brasileiros. MĂ©todo: Um total de 196 amostras foram analisadas, das quais, 162 amostras eram fragmentos de pulmĂ”es com lesĂŁo coletadas em abatedouros em SC entre 2018-2019. De 34 suĂ­nos em fase de maternidade, creche e terminação, foram coletados pools de ĂłrgĂŁos. Esses animais apresentavam os principais quadros clĂ­nicos: doença respiratĂłria, sĂ­ndrome multissistĂȘmica do definhamento dos suĂ­nos (SMD), artrite e doenças entĂ©ricas. Esses animais eram provenientes de granjas de GO, MG, PR, RS e SC e as amostras foram coletadas entre 2021-2022. Todas as amostras foram maceradas, em seguida foram submetidas a extração do DNA e uma qPCR para amplificação de um gene especĂ­fico de PCV-3. As amostras com Ct ≀ 38 foram consideradas positivas. Resultados: Cerca de 27% (53/196) das amostras testadas foram positivas para PCV-3 e eram provenientes de suĂ­nos de vĂĄrias idades, apresentando sintomatologia clĂ­nica variada e de granjas de vĂĄrios estados. Dessas, em 37 (18.9%) amostras tambĂ©m foi detectado PCV-2, alĂ©m do PCV-3. Nas demais amostras positivas, outros patĂłgenos tambĂ©m foram identificados (dados nĂŁo apresentados). ConclusĂŁo: O PCV-3 tem se tornado um vĂ­rus endĂȘmico na suinocultura brasileira. No presente estudo ele foi detectado em animais de granjas de vĂĄrios estados brasileiros e  com diferentes sintomatologias clĂ­nicas. Entretanto, a associação com o desfecho clĂ­nico nem sempre pode ser realizada devido a alta frequĂȘncia de coinfecçÔes entre PCV-3 e outros patĂłgenos
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