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    Biocombustíveis alternativos na agricultura familiar na Amazônia Oriental / Alternative biofuels in family farming in Eastern Amazonia

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    O estudo teve como objetivo avaliar os aspectos socioeconômicos e a demanda por biocombustíveis dos agricultores familiares do município de Igarapé-Açu. Foram levantados dados sociais, econômicos e ambientais relacionados às atividades do uso e aquisição de lenha pelas unidades de produção familiar. A pesquisa foi realizada no decorrer dos anos de 2017 a 2019. Desenvolve-se pesquisa de campo, com entrevistas semiestruturada, observação direta e coleta de dados. A análise dos dados evidenciou que os agricultores são dotados de conhecimentos e experiência sobre o uso da terra, já com a adoção de práticas e princípios agroecológicos nos seus sistemas produtivos, entre eles o preparo de área sem queima e implantação de sistemas agroflorestais. Entretanto, nessa localidade, os familiares dos agricultores são compostos por poucos membros, de baixa renda familiar, com pequenas áreas produtivas e têm a produção de farinha de mandioca como a principal atividade produtiva. Consequentemente a lenha tem seu papel fundamental, havendo uma demanda de 0,50t ou 2,68st de lenha para cada 1t de farinha produzida no município por esses agricultores, de modo que já há agricultores que relatam dificuldades em adquirir lenha em sua propriedade, procedente predominantemente de capoeira média e do preparo de área

    Projeto Tipitamba: transformando paisagens e compartilhando conhecimento na Amazônia

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    Na Região Amazônica, a agricultura familiar pratica tradicionalmente o sistema de derruba-e-queima, uma prática questionada pelas perdas em nutrientes, emissões de gases nocivos à atmosfera, riscos de incêndios e avanço do desmatamento. Assim, os níveis de sustentabilidade decrescem na medida em que as queimadas se repetem e o tempo de pousio é reduzido. A tecnologia desenvolvida pela Embrapa Amazônia Oriental (Sistema Tipitamba) propõe substituição deste método tradicional pelo sistema de corte-e-trituração. A tecnologia influencia favoravelmente as propriedades físicas, químicas e biológicas do solo, além do que a adoção permite também usufruir os serviços ambientais associados à presença da vegetação secundária em pousio (capoeira) que inclui melhoria no balanço e captura de carbono, transporte de água para a atmosfera, proteção à lixiviação e restauração ecológica. O preparo de área sem o uso do fogo, associado ao enriquecimento de capoeira e a sistemas agroflorestais, resgata a sustentabilidade econômica, social e ecológica da produção na unidade familiar rural amazônica. O presente estudo analisa o caso dos investimentos no Sistema Tipitamba à luz da abordagem cepalina do Big Push para a Sustentabilidade
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