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Empowerment e adesão ao regime terapêutico em pessoas portadoras de diabetes
Enquadramento: A Diabetes Mellitus importante flagelo de saúde pública, contribui para
um elevado índice de morbi-mortalidade, devido às complicações associadas que
acarretam limitações e incapacidades para o desempenho das actividades de vida diária da
pessoa com diabetes. Em consequência, a adesão ao regime terapêutico é um dos focos de
atenção dos cuidados de saúde. Como ferramenta promotora duma melhor gestão na
diabetes, os enfermeiros promovem o empowerment, processo através do qual a pessoa
adquire conhecimentos e desenvolve competências e consequentemente um maior poder e
controlo sobre a sua saúde.
Objetivos: Identificar factores sociodemográficos e clínicos relacionados com os
autocuidados em pessoas com diabetes; Determinar o efeito preditivo do empowerment na
adesão ao regime terapêutico em pessoas com diabetes.
Metodologia: Estudo descritivo realizado numa amostra não probabilística por
conveniência de 150 pessoas com diabetes de ambos os sexos, com uma média de idades
de 66,85±9,72 anos, casados/ em união de fato (72,7%), reformados (74,7%) e com baixa
escolaridade (78,0%). A colheita de dados, foi suportada num Questionário
Sociodemográfico e Clínico, na Escala de Empowerment da Diabetes (Anderson; Funnel;
Fitzgerald & Marrero, 2000) e na Escala Atividades de autocuidado com a diabetes,
traduzida e validada para português por Bastos & Lopes (2004).
Resultados: As mulheres (4,44±0,77), os solteiros/viúvos/divorciados (4,22±0,84), os
detentores de situação financeira confortável (5,02±0,62), os que ocupam os tempos livres
com desporto/lazer/cultura (4,37±0,79) apresentam melhor adesão ao regime terapêutico.
São ainda os indivíduos com diabetes tipo 1 (4,29±0,92), que tomam insulina (4,64±0,88),
que realizam a vigilância/monitorização da glicemia e registo no Guia do Diabético
(4,35±0,69), e com IMC mais elevado (r=0,548; p=0.000), que pontuaram com melhor
adesão. Verificou-se também que quanto maior o empowerment, melhor a adesão ao
regime terapêutico (r=0,377; p=0.000).
Conclusão: Os resultados sugerem que os determinantes sociodemográficos e clínicos se
relacionam de forma significativa com a adesão ao regime terapêutico e que o
empowerment, a prediz de forma relevante, pelo que se impõe considerá-los no
planeamento das intervenções de enfermagem/ saúde que lhe são dirigidas.
Palavras-chave: Adesão ao regime terapêutico, Empowerment, Pessoas com Diabetes.ABSTRACT
Background: Diabetes Mellitus is an important public health scourge, that contributes to a
high rate of morbidity and mortality due to associated complications that cause limitations
and disabilities to perform the activities of daily living in people with diabetes.
Consequently, adherence to therapy is a focus of attention of health care. As a tool for
better management in diabetes, nurses promote empowerment, process through which a
person acquires knowledge and develops skills and consequently greater power and control
over their health.
Objectives: To identify sociodemographic and clinical factors related to self-care in people
with diabetes; determine the predictive effect of empowerment on adherence to therapeutic
regimen in persons with diabetes.
Methods: This descriptive study in a non-probabilistic convenience sample of 150 people
with diabetes in both sexes, with a mean age of 66.85 ± 9.72 years, married / in union
indeed (72.7%), retired (74.7%) and with lower education (78.0%). Data collection was
supported by a Clinical and Sociodemographic questionnaire, the Diabetes Empowerment
Scale (Anderson; Funnel; Fitzgerald & Marrero, 2000) and Self-Care Activities Scale with
diabetes, translated and validated into Portuguese by Bastos & Lopes (2004).
Results: The women (4.44 ± 0.77), single / widowed / divorced (4.22 ± 0.84), holders of
comfortable financial situation (5.02 ± 0.62) who occupy the time free with sports / leisure/
culture (4.37 ± 0.79), have better adherence to treatment regimen. Are still individuals with
type 1 diabetes (4.29 ± 0.92), taking insulin (4.64 ± 0.88), which perform surveillance /
monitoring of blood glucose and registration in Diabetic Guide (4.35 ± 0.69), and BMI
(r = .548, p = .000), who scored with better adherence. It was also found that the greater
the empowerment, better adherence to the therapeutic regimen (r = .377, p = .000).
Conclusion: The results suggest that the clinical and sociodemographic determinants relate
significantly with adherence to treatment regimen and empowerment, predicts
significantly, so it is necessary to consider them in the planning of nursing interventions /
health.
Keywords: Adherence to treatment regimen, Empowerment, People with Diabetes