10 research outputs found
Efeitos da Estimulaçao Biventricular, Via Minitoracotomia, sobre o Comportamento ClÃnico-Funcional de Pacientes com Insuficiência CardÃaca Avançada
A estimulaçao biventricular tornou-se interessante alternativa terapêutica para pacientes com disfunçao ventricular e bloqueio de ramo esquerdo (BRE) nao controlados pelo tratamento clÃnico. Os objetivos deste estudo foram avaliar o comportamento clÃnico e funcional a longo prazo de pacientes submetidos a estimulaçao biventricular, o comportamento das arritmias ventriculares e dos parâmetros funcionais diastólicos e avaliar as taxas de complicaçoes, internaçao hospitalar e mortalidade. Vinte e oito pacientes com insuficiência cardÃaca (IC) em classe funcional (CF) III ou IV e BRE foram estudados prospectivamente durante 22,06 ± 12,26 meses. A estimulaçao biventricular foi realizada por meio da abordagem epicárdica do ventrÃculo esquerdo, via minitoracotomia. Em 17 pacientes ocorreu melhora funcional significativa da IC, assim como aumento da distância média percorrida no teste de 6 minutos (23,6%), incremento da fraçao de ejeçao (FE) (26,5%), reduçao da densidade de extra-sÃstole ventricular (EV)/24h (87,2%) e taquicardia ventricular nao sustentada (TVNS)/24h (90%), com reduçao do diâmetro diastólico do ventrÃculo esquerdo (VE) (4,5%) e da duraçao do QRS (10%). Registrou-se ainda reduçao significativa do parâmetro tempo para o enchimento diastólico máximo (T/PFR) na ventriculografia radioisotópica (13%), incremento do parâmetro taxa de enchimento diastólico máximo (PFR) (26%) e reduçao da taxa de internaçao por IC (63%). A fibrilaçao atrial foi responsável por descompensaçao clÃnica em 16 pacientes e dois apresentaram taquicardia ventricular sustentada. Até o final do seguimento ocorreram sete óbitos, sendo dois súbitos e três por IC progressiva. A análise de regressao logÃstica univariada revelou associaçao estatÃstica entre FE188ms e a maior ocorrência de óbitos. O PFR revelou-se um fator independente preditivo da mortalidade
Estimulaçao CardÃaca Artificial na Terapêutica da Insuficiência CardÃaca
A insuficiência cardÃaca congestiva (ICC) vem se tornando um dos maiores problemas de saúde publica mundial, acometendo pelo menos 15 milhoes de pessoas. Apesar de todos os avanços terapêuticos, a mortalidade permanece elevada e a taxa de transplantes cardÃacos ainda é muito baixa. A estimulaçao cardÃaca artificial para o tratamento da ICC iniciou-se em 1990 com o marcapasso atrioventricular (DDD,C) com programaçao de intervalo AV curto, evoluiu para a estimulaçao multi-sÃtio, e hoje apresenta resultados promissores. A estimulaçao biventricular tem demonstrado vantagens clÃnicas na avaliaçao sob o ponto de vista da classe funcional (NYHA), da qualidade de vida ou dos parâmetros hemodinâmicos. Em 1995, Nishimura estudou 15 pacientes com disfunçao ventricular severa, distribuindo-os conforme os valores do intervalo PR: (grupo 1 > 200 ms e grupo 2 < 200 ms). Observou que os pacientes com intervalo PR longo (média de 283 ms) apresentavam melhora do débito cardÃaco (cerca de 38%) após a adequaçao do intervalo AV. A pressao de enchimento ventricular esquerdo e o tempo de enchimento diastólico também apresentavam melhora significativa (p=0,003). Por outro lado, pacientes com intervalo A
Estimulaçao CardÃaca Artificial na Terapêutica da Insuficiência CardÃaca
A insuficiência cardÃaca congestiva (ICC) vem se tornando um dos maiores problemas de saúde publica mundial, acometendo pelo menos 15 milhoes de pessoas. Apesar de todos os avanços terapêuticos, a mortalidade permanece elevada e a taxa de transplantes cardÃacos ainda é muito baixa. A estimulaçao cardÃaca artificial para o tratamento da ICC iniciou-se em 1990 com o marcapasso atrioventricular (DDD,C) com programaçao de intervalo AV curto, evoluiu para a estimulaçao multi-sÃtio, e hoje apresenta resultados promissores. A estimulaçao biventricular tem demonstrado vantagens clÃnicas na avaliaçao sob o ponto de vista da classe funcional (NYHA), da qualidade de vida ou dos parâmetros hemodinâmicos. Em 1995, Nishimura estudou 15 pacientes com disfunçao ventricular severa, distribuindo-os conforme os valores do intervalo PR: (grupo 1 > 200 ms e grupo 2 < 200 ms). Observou que os pacientes com intervalo PR longo (média de 283 ms) apresentavam melhora do débito cardÃaco (cerca de 38%) após a adequaçao do intervalo AV. A pressao de enchimento ventricular esquerdo e o tempo de enchimento diastólico também apresentavam melhora significativa (p=0,003). Por outro lado, pacientes com intervalo A
Efeitos da Estimulaçao Biventricular, Via Minitoracotomia, sobre o Comportamento ClÃnico-Funcional de Pacientes com Insuficiência CardÃaca Avançada
A estimulaçao biventricular tornou-se interessante alternativa terapêutica para pacientes com disfunçao ventricular e bloqueio de ramo esquerdo (BRE) nao controlados pelo tratamento clÃnico. Os objetivos deste estudo foram avaliar o comportamento clÃnico e funcional a longo prazo de pacientes submetidos a estimulaçao biventricular, o comportamento das arritmias ventriculares e dos parâmetros funcionais diastólicos e avaliar as taxas de complicaçoes, internaçao hospitalar e mortalidade. Vinte e oito pacientes com insuficiência cardÃaca (IC) em classe funcional (CF) III ou IV e BRE foram estudados prospectivamente durante 22,06 ± 12,26 meses. A estimulaçao biventricular foi realizada por meio da abordagem epicárdica do ventrÃculo esquerdo, via minitoracotomia. Em 17 pacientes ocorreu melhora funcional significativa da IC, assim como aumento da distância média percorrida no teste de 6 minutos (23,6%), incremento da fraçao de ejeçao (FE) (26,5%), reduçao da densidade de extra-sÃstole ventricular (EV)/24h (87,2%) e taquicardia ventricular nao sustentada (TVNS)/24h (90%), com reduçao do diâmetro diastólico do ventrÃculo esquerdo (VE) (4,5%) e da duraçao do QRS (10%). Registrou-se ainda reduçao significativa do parâmetro tempo para o enchimento diastólico máximo (T/PFR) na ventriculografia radioisotópica (13%), incremento do parâmetro taxa de enchimento diastólico máximo (PFR) (26%) e reduçao da taxa de internaçao por IC (63%). A fibrilaçao atrial foi responsável por descompensaçao clÃnica em 16 pacientes e dois apresentaram taquicardia ventricular sustentada. Até o final do seguimento ocorreram sete óbitos, sendo dois súbitos e três por IC progressiva. A análise de regressao logÃstica univariada revelou associaçao estatÃstica entre FE188ms e a maior ocorrência de óbitos. O PFR revelou-se um fator independente preditivo da mortalidade
Ressincronizaçao Ventricular no Tratamento da Insuficiência CardÃaca Dilatada: Prevalência de Toracotomias Incor-HCFMUSP (1997-2005)
Em pacientes com disfunçao ventricular e distúrbio de conduçao pelo ramo esquerdo, a ressincronizaçao cardÃaca é utilizada no tratamento da insuficiência cardÃaca (IC) refratária ao tratamento clÃnico, com resultados comprovadamente eficazes em curto e médio prazos. No final da década de 90, foram introduzidos métodos para cateterizaçao e estimulaçao com eletrodos especÃficos para o seio coronário. Atualmente, a técnica endovenosa é considerada o principal método para ressincronizaçao cardÃaca; entretanto, a toracotomia ainda é um método efetivo e eficaz nos casos de posiçoes instáveis, altos limiares, estimulaçao frênica, trombose venosa, entre outros. O presente estudo teve como objetivo descrever a prevalência de toracotomias na casuÃstica do InCor-HCFMUSP desde os primeiros casos (fevereiro de 1997 a dezembro de 1999, quando era a única opçao disponÃvel) até dezembro de 2005, listando os principais motivos de sua realizaçao
Ressincronizaçao Ventricular no Tratamento da Insuficiência CardÃaca Dilatada: Prevalência de Toracotomias Incor-HCFMUSP (1997-2005)
Em pacientes com disfunçao ventricular e distúrbio de conduçao pelo ramo esquerdo, a ressincronizaçao cardÃaca é utilizada no tratamento da insuficiência cardÃaca (IC) refratária ao tratamento clÃnico, com resultados comprovadamente eficazes em curto e médio prazos. No final da década de 90, foram introduzidos métodos para cateterizaçao e estimulaçao com eletrodos especÃficos para o seio coronário. Atualmente, a técnica endovenosa é considerada o principal método para ressincronizaçao cardÃaca; entretanto, a toracotomia ainda é um método efetivo e eficaz nos casos de posiçoes instáveis, altos limiares, estimulaçao frênica, trombose venosa, entre outros. O presente estudo teve como objetivo descrever a prevalência de toracotomias na casuÃstica do InCor-HCFMUSP desde os primeiros casos (fevereiro de 1997 a dezembro de 1999, quando era a única opçao disponÃvel) até dezembro de 2005, listando os principais motivos de sua realizaçao
ICD patients with elevated defibrillation threshold: clinical behavior and therapeutic alternatives
FUNDAMENTO: A programação ideal da energia de choque do CDI deve ser pelo menos 10 J acima do limiar de desfibrilação (LDF), necessitando de técnicas alternativas quando o LDF é elevado. OBJETIVO: Avaliar o comportamento clÃnico dos portadores de CDI com LDF>25 J e a eficácia da terapêutica escolhida. MÉTODOS: Foram selecionados portadores de CDI, entre janeiro de 2000 e agosto de 2004 (banco de dados prospectivo), com LDF>25 J intra-operatório, e analisaram-se: caracterÃsticas clÃnicas, FEVE, resgate de eventos arrÃtmicos pelo CDI e óbitos. RESULTADOS: dentre 476 pacientes, 16 (3,36%) apresentaram LDF>25J. Idade média de 56,5 anos, sendo 13 pacientes (81%) do sexo masculino. Quanto à cardiopatia de base 09 eram chagásicos, 04 isquêmicos e 03 com etiologia idiopática. A FEVE média dos pacientes foi 37% e 94% utilizavam amiodarona. O seguimento médio foi de 25,3 meses. Em 02 pacientes com LDF > Choque Máximo (CM), foi necessário implante de eletrodo de choque adicional (array), sendo mantido programação com CM em zona de FV (>182bpm) nos demais. Durante o seguimento 03 pacientes apresentaram 67 terapias de choque apropriadas (TCA) com sucesso. Ocorreram 07 óbitos sendo 5 por causas não cardÃacas e 2 por insuficiência cardÃaca avançada. Os pacientes que foram a óbito apresentaram nÃveis de LDF maiores (p=0,0446), entretanto sem relação com a causa dos mesmos tendo em vista que não ocorreram TCA sem sucesso. CONCLUSÃO: Nessa coorte de pacientes com CDI, a ocorrência de LDF elevado foi baixa, implicando terapêuticas alternativas. Houve associação com disfunção ventricular grave, entretanto sem correlação com as causas de óbito.BACKGROUND: The ideal programming of the implantable cardioverter defibrillator (ICD) shock energy should be at least 10J above the defibrillation threshold (DFT), requiring alternative techniques when the DFT is elevated. OBJECTIVE: To assess the clinical behavior of ICD patients with DFT>25J and the efficacy of the chosen therapy. METHODS: Patients who had undergone ICD implantation between Jan/00 and Aug/04 (prospective database) and presented intraoperative DFT>25J were selected. The analyzed variables were: clinical characteristics, LVEF, rescue of arrhythmic events from ICD and causes of deaths. RESULTS: among 476 patients, 16 (3.36%) presented DFT>25J. The mean age was 56.5 years, and 13 patients (81%) were men. According to the baseline cardiomyopathy, 09 patients had Chagas' disease, 04 had ischemic cardiomyopathy and 03 had idiopathic cardiomyopathy. Mean LVEF was 0.37 and amiodarone was used by 94% of the patients. Mean follow-up (FU) period was 25.3 months. DFT was higher than maximum energy shock (MES) in 2 patients and it was necessary to implant an additional shock electrode (array). It was programmed MES in ventricular fibrillation zone of ICD therapy in the other patients. In the FU, 03 patients had 67 successful appropriate shock therapies (AST). There were 05 noncardiac and 02 heart failure deaths. The patients who died showed higher DFT levels (p=0.044) without correlation with death because there wasn't unsuccessful AST. CONCLUSION: In this cohort of ICD patients, the occurrence of elevated DFT (>25J) was low, leading to alternative therapies. There was an association with severe ventricular dysfunction, although without correlation to the causes of death
Efetividade do CDI na Taquicardia Ventricular Sincopal e na Parada CardÃaca
Objetivo: comparar o comportamento clÃnico-evolutivo de portadores de CDI por taquicardia ventricular (TV) sincopal ou parada cardÃaca (PC) por TV/FV. Método: 585 pacientes foram submetidos a implante de CDI entre jan/2000 e jul/2005 para prevençao secundária de morte súbita cardÃaca (MSC). Foram selecionados 415 pacientes de um banco de dados prospectivo, distribuÃdos em dois grupos: G1, com TV sincopal (n=318) e G2, com PC por TV/FV (n=97). As variáveis analisadas foram: idade, sexo, fraçao de ejeçao do ventrÃculo esquerdo (FEVE), classe funcional de insuficiência cardÃaca (CF IC), medicamentos, terapias de choque apropriadas (TCA) pelo CDI e óbitos. Para análise estatÃstica foram utilizados os testes do qui-quadrado e t de Student. As curvas de sobrevida foram construÃdas pelo método Kaplan-Meier e comparadas pelo teste log rank. O valor de pResultados: O tempo de seguimento médio foi de 24,4±24 meses. Houve predomÃnio do sexo masculino em ambos os grupos (G1=74, 6% e G2=73,2%, p=NS) e de chagásicos, no grupo 1 (G1=114 (35,96%) x G2=15 (15,46%), p=0,001). Os grupos foram semelhantes quanto à CF de IC (75% em CF II) e TCA pelo CDI. Houve maior mortalidade no G2 (pConclusao: A maior mortalidade no grupo de sobreviventes de PC denota, possivelmente, maior gravidade nesse subgrupo. A ocorrência de TCA similar entre os grupos sugere que o CDI tem efetividade semelhante na terapêutica da TV sincopal e de sobreviventes de PC por TV/FV
Efetividade do CDI na Taquicardia Ventricular Sincopal e na Parada CardÃaca
Objetivo: comparar o comportamento clÃnico-evolutivo de portadores de CDI por taquicardia ventricular (TV) sincopal ou parada cardÃaca (PC) por TV/FV. Método: 585 pacientes foram submetidos a implante de CDI entre jan/2000 e jul/2005 para prevençao secundária de morte súbita cardÃaca (MSC). Foram selecionados 415 pacientes de um banco de dados prospectivo, distribuÃdos em dois grupos: G1, com TV sincopal (n=318) e G2, com PC por TV/FV (n=97). As variáveis analisadas foram: idade, sexo, fraçao de ejeçao do ventrÃculo esquerdo (FEVE), classe funcional de insuficiência cardÃaca (CF IC), medicamentos, terapias de choque apropriadas (TCA) pelo CDI e óbitos. Para análise estatÃstica foram utilizados os testes do qui-quadrado e t de Student. As curvas de sobrevida foram construÃdas pelo método Kaplan-Meier e comparadas pelo teste log rank. O valor de pResultados: O tempo de seguimento médio foi de 24,4±24 meses. Houve predomÃnio do sexo masculino em ambos os grupos (G1=74, 6% e G2=73,2%, p=NS) e de chagásicos, no grupo 1 (G1=114 (35,96%) x G2=15 (15,46%), p=0,001). Os grupos foram semelhantes quanto à CF de IC (75% em CF II) e TCA pelo CDI. Houve maior mortalidade no G2 (pConclusao: A maior mortalidade no grupo de sobreviventes de PC denota, possivelmente, maior gravidade nesse subgrupo. A ocorrência de TCA similar entre os grupos sugere que o CDI tem efetividade semelhante na terapêutica da TV sincopal e de sobreviventes de PC por TV/FV