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Epidemiologia da Malária no Brasil e resultados parasitológicos, de 2010 a 2019 / Malaria epidemiology in Brazil and parasitological results, from 2010 to 2019
A malária é uma doença infectoparasitária, causada por protozoários do gênero Plasmodium, apresenta maior incidência em regiões tropicais e subtropicais. Seu amplo espectro de distribuição, relevância epidemiológica e potencial de gravidade clínica, justificaram a realização deste estudo, o qual trata-se de um estudo epidemiológico, descritivo, de série temporal, realizado através de dados secundários do Sistemas de Informações de Saúde do Sistema Único de Saúde (Datasus) – TABNET/DATASUS, do qual extraiu-se os dados sobre a malária no Brasil, no período de 2010 a 2019. Encontrou-se predomínio de infecção na seguinte ordem, em número de casos: Plasmodium vivax-4736, Plasmodium falciparum-1767, mista por Plasmodium falciparum e Plasmodium vivax-229, formas assexuadas e sexuadas do P. falciparum (F + Fg)-187, formas assexuadas e sexuadas do P. vivax (V+Fg) com 101 casos, infecções por P. ovale -53, P. malariae-38, somente gametócitos dos plasmódios (Fg)-17 e por infecção mista por P. falciparum e P. malariae-8. Houve tendência decrescente de número de casos de 2010 a 2017, com pico em 2018 e decréscimo em 2019, a região com maior número de casos foi a Sudeste com 3385 casos, a raça mais afetada foi de brancos seguida por pardos, a faixa etária com maior predominância foi de 20 a 39 anos e a escolaridade com ensino Médio incompleto foi mais acometida pela malária. Demonstrando que embora tenham ocorrido progressos quanto ao controle da malária em nosso país, ainda observa-se grande número de casos confirmados no Brasil, exigindo ainda melhorias quanto ao seu controle e possível erradicação.
Critérios de confirmação e evolução da paralisia flácida aguda no Brasil de 2014 a 2018 / Confirmation criteria and evolution of acute flaccid paralysis in Brazil from 2014 to 2018
Este estudo investigou os critérios de confirmação e evolução da paralisia flácida aguda (PFA) no Brasil, entre o período de 2014 e 2018. Trata-se de estudo epidemiológico, de série temporal, utilizando para análise estatística a estatística descritiva e Teste de Correlação de Pearson, considerando-se como significância p-valor<0.05. Foram notificados 2460 casos de PFA, com mediana de 492 casos notificados de 1° sintoma, média 492 (±17,65), houve correlação estatisticamente significante entre os anos em estudo (p<0.05). Quanto aos critérios de confirmação, predominou o critério laboratorial: 68,13% dos casos, seguido por critério de evolução: 14,71% dos casos. Encontrou-se casos Ignorados/brancos(média 42,8±25,11), laboratório(média 335,2±225,6), critério de confirmação clínico-epidemiológico (média 37,2±35,8), perda de seguimento(1,8±2,2), óbito(média2,6±2,2), evolução(média72,4±69,0), houve correlação estatisticamente significante para ignorado/branco e: clínico-epidemiológico (r=0.90 e p=0.040); óbito (r=0.09 e p=0.006); evolução(r=0.95 e p=0.013) e para óbito: evolução (r=0.99 e p=0.002). Quanto à evolução, 53,41% dos casos evoluíram para cura sem sequela, 22,60% para cura com sequela e 1,7% para óbito. Casos ignorado/branco(média 109,6±24,58); cura com sequela(média 111,2±23,19); cura sem sequela(média 262,8±20,6); óbitos por outra causa(média 8,4±1,52), sem correlação estatisticamente significante entre as variáveis(p>0.05). Observou-se que no Brasil existe uma vigilância epidemiológica rigorosa, no que se refere à PFA, no entanto, a escassez de estudos sobre o tema nos remete à necessidade de ampliação dos estudos sobre as PFAs em nosso país Brasil para que os conhecimentos advindos, promovam melhorias no rastreio, diagnóstico e controle contínuo destas doenças no Brasil.