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    Associação da terapia de reposição hormonal e o desenvolvimento do Câncer de Mama e de Endométrio

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    A terapia de reposição hormonal (TRH) é amplamente utilizada pelas mulheres para o tratamento de sintomas da pós-menopausa e, geralmente, se trata da administração de estrogênio associado progesterona, ou apenas o estrogênio isolado. Contudo, apesar de seus vários benefícios, a TRH pode trazer malefícios, entre eles o câncer de mama e de endométrio. Este trabalho consiste em uma revisão sistemática da literatura científica, com o objetivo de compreender a relação da TRH e a ocorrência do câncer de mama e de endométrio. Evidências demonstraram que algumas neoplasias mamárias possuem receptores específicos para o estrogênio, principal hormônio utilizado na terapia, que podem estimular a proliferação tumoral. Por isso, é recomendado que a terapia seja realizada com a associação de outros hormônios que podem amenizar ou inibir o efeito estrogênico, como o exemplo dos androgênios. Da mesma forma, a terapia que utiliza estrogênio também oferece risco para o desenvolvimento do câncer endometrial. Portanto, para se tomar a decisão consciente de realização ou não de TRH na entrada na menopausa, é necessário considerar uma diversidade de fatores durante a coleta da história clínica e conscientizar a paciente de seus futuros riscos ou até contraindicar totalmente a terapia. Por fim, a composição da TRH é o fator que mais influência no risco de desenvolvimento de câncer de mama e de câncer de endométrio, sendo assim, a decisão do médico responsável sobre terapia combinada ou isolada é crucial

    Apendicite aguda: a percepção dos médicos assistencialistas

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    O apêndice vermiforme órgão de morfologia tubular e fundo cego, pode ser acometido pelo processo patológico conhecido como apendicite aguda, a qual tem elevada prevalência na população e corresponde à grande incidência de intervenções cirúrgicas. Essa patologia decorre de uma obstrução da luz desse órgão por diversas possíveis causas, sendo por fecálitos a principal. Essa obstrução pode resultar em ulceração da mucosa, gangrena e a ruptura de sua parede, comprometendo, de forma infecciosa e inflamatória, o peritônio. A gravidade do prognóstico piora com a evolução da doença, tendo importância o diagnóstico e a terapêutica precoce. Com base no exposto, o objetivo dessa pesquisa foi avaliar a percepção dos médicos acerca dos seus métodos diagnósticos e terapêuticos preferenciais a respeito dessa patologia e suas demais percepções sobre esse tema. Essa pesquisa foi aprovada pelo comitê de ética e pesquisa para sua realização. Foram empregados questionários preparados no Google Forms com divulgação desse por meio de instrumentos da internet destinados a médicos que atuam na terapêutica da apendicite aguda. Os dados obtidos foram tabulados por meio do programa Excel para constatação dos resultados obtidos.  A faixa etária de maior frequência entre os participantes corresponde a 31 a 35 anos e 36 a 40 anos. O tempo médio de formados foi de 11 anos. A especialidade mais prevalente observada no questionário foi cirurgia geral. A quantidade de apendicectomias realizadas pelos participantes foi de mais de 101 procedimentos. O sintoma característico da apendicite, auxiliar no diagnóstico, foi de dor em fossa ilíaca direita seguido por náusea e vômitos. O exame mais citado foi o Hemograma, sendo que como de imagem, o mais prevalente foi a tomografia computadorizada. A complicação de maior prevalência observada foi a infecção de ferida operatória. A maioria dos voluntários informou que prescreve antibióticos apenas casos específicos. Com relação ao tempo de espera entre o diagnóstico e a realização do procedimento, a maioria dos participantes informou que não é uma prática comum deixar o procedimento para o dia seguinte, porém, a segunda resposta mais citada foi a de aguardar o dia seguinte “devido a mais de uma razão”. A frequência em que, ao realizar o procedimento cirúrgico, o diagnóstico de apendicite aguda não se confirmou, foi a mais citada entre os médicos participantes que informaram que, ainda assim, a cirurgia “ocorreu e o apêndice foi removido”. A videolaparoscopia foi o método terapêutico com maior número de escolhas. Quanto à solicitação de exames de imagem para a confirmação diagnóstica a maioria dos voluntários apontou que a realiza “frequentemente” e, a segunda resposta mais escolhida entre os respondentes foi “em todos os casos”. Assim, os dados apontam que a apendicectomia é uma prática cirúrgica frequente entre os profissionais, sendo que a videolaparoscopia foi o método cirúrgico de escolha da maioria, independente do tempo de atuação do cirurgião. A conduta perante o uso da antibioticoterapia no sistema particular de saúde é mais frequentemente utilizada do que quando comparadas ao seu uso no sistema público. Além disso, quase todos os médicos constataram que já presenciaram casos de apendicectomia negativa, o que evidencia a importância de um diagnóstico preciso. Entretanto, é surpreendente que mesmo com todos os dados já comprovados pela literatura de que diagnóstico e tratamento precoces estão relacionados a menor índice de complicações, ainda 65% dos cirurgiões relatam o adiamento dessa cirurgia do dia para a noite
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