4 research outputs found

    Os desafios para o controle da Tuberculose no Brasil : The challenges for Tuberculosis control in Brazil

    Get PDF
    Introdução: A tuberculose (TB) é uma doença infecto-contagiosa causada pelo Mycobacterium tuberculosis, também chamado de bacilo de Koch. É uma enfermidade de cunho social. Em 2015, a Organização Mundial da Saúde (OMS) estimou 10,4 milhões de novos casos de TB, 1,4 milhão de mortes e taxa de cura de 83%. Essa patologia é transmitida através da fala, espirro ou tosse. Com o início do esquema terapêutico adequado, a transmissão tende a diminuir gradativamente e, em geral, após 15 dias de tratamento chega a níveis insignificantes. No que se refere às manifestações, a TB cursa com uma síndrome infecciosa crônica e a maioria dos pacientes apresenta febre, adinamia, anorexia, emagrecimento e sudorese noturna. Quando a tuberculose é extrapulmonar, os sinais e sintomas dependem dos órgãos ou sistemas acometidos. Para o diagnóstico dessa afecção são utilizados, principalmente, o exame microscópico direto (baciloscopia direta através do escarro), a cultura para micobactéria com identificação de espécie, o teste rápido para tuberculose (TR-TB), a prova tuberculínica e a radiografia de tórax. Seu tratamento dura pelo menos seis meses, é gratuito, está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) e deve ser preferencialmente feito em regime de Tratamento  Diretamente  Observado  (TDO). O objetivo do tratamento é curar a doença e  reduzir  rapidamente  a  propagação da infecção. Embora a eficácia dos medicamentos anti-tuberculose seja de até 95%, no Brasil a taxa de cura é de aproximadamente 70%, que  pode  ocorrer  por abandono do tratamento e uso incorreto dos  fármacos. Assim, o presente artigo visa analisar o panorama sócio-epidemiológico da tuberculose no Brasil, a fim de promover maior visibilidade a essa patologia e de melhor compreender o progressivo aumento de casos da doença. Metodologia: revisão integrativa da literatura nas bases de dados PubMed, SCIELO e Lilacs, mediante a utilização dos descritores: “tuberculose x tratamento” e “tuberculosis treatment x untreated tuberculosis”. Foram selecionados 15 artigos, de 2009 a 2021. Artigos completos e com publicação inferior a 13 anos foram incluídos. Estudos publicados em periódicos de baixo fator de impacto foram excluídos. Discussão: Um grande desafio para o controle da tuberculose está relacionado à incidência desproporcional observada entre as populações de maior risco, dentre elas a carcerária. A maior preocupação com a sobrevivência ao invés da saúde, o medo de segregação e o baixo acesso à informação, influenciam na baixa participação dessa população nos tratamentos e na prevenção. Ademais as periferias brasileiras, caracterizadas por ambientes de aglomeração e de precariedade sanitária apresenta maior incidência de TB e impasse no controle dessa patologia. A pandemia de COVID-19 também corroborou para elevação do número de casos de TB não diagnosticados, com tratamento insatisfatório e reduziu a adesão à vacinação para esse fim. Por fim, sabe-se que o tratamento da tuberculose é demorado, sendo por isso comum o seu abandono. Conclusão: Apesar de apresentar tratamento bem estabelecido, a TB ainda possui altas incidências na população brasileira, isso devido aos óbices socioeconômicos. Portanto, faz-se importante realizar monitoramento intenso e atenção direcionada às classes menos favorecidas da população a fim de assegurar que os portadores dessa patologia sejam adequadamente diagnosticados e tratados

    Lesões musculoesqueléticas em atletas de vôlei: uma revisão integrativa

    Get PDF
    Introdução: O voleibol é um popular esporte praticado mundialmente que proporciona ao jogador enormes ganhos físicos, sociais e de bem-estar geral. Apesar disso, a prática do esporte, sobretudo em níveis profissionais, constitui um fator de risco para lesões. Mais comum a esse esporte são os entorses, as tendinopatias e as distensões, que atingem principalmente os membros superiores e inferiores.   Objetivos: Analisar as principais lesões musculoesqueléticas relacionadas à prática do voleibol, em seus diversos aspectos. Métodos: Foi feita uma busca sistemática nas bases de dados SciELO e PubMed, no idioma inglês, em que foram selecionados estudos relacionados às principais lesões que acometem jogadores de voleibol. Resultados e discussão: Após a busca com descritores, foram selecionados 49 artigos que abordam aspectos de etiologia, diagnóstico, fatores de risco e métodos de prevenção das lesões nos sítios anatômicos mais comuns: ombros, cotovelos, mãos, lombar, tornozelos e joelhos. Conclusão: As lesões, em sua maioria, possuem como etiologia a sobrecarga de treinamento e os traumas relacionados ao impacto do salto, que é inerente ao voleibol. Programas de treinamento que envolvem o fortalecimento muscular e períodos de recuperação são chave para prevenir lesões no voleibol

    Efeitos do CPAP na pressão arterial em pacientes com apneia obstrutiva do sono e hipertensão arterial resistente: uma revisão integrativa

    Get PDF
    Introdução: A apneia obstrutiva do sono (AOS) caracteriza-se por períodos de interrupção ao fluxo aéreo devido ao estreitamento das vias aéreas superiores, o que decorre da redução da atividade muscular e consequente colabamento das paredes da faringe. Há maior prevalência entre os homens com obesidade e com idade avançada. O principal sintoma relatado é, usualmente, a sonolência diurna excessiva. Ressalta-se que até 80% dos casos de AOS estão associados à hipertensão arterial sistêmica (HAS) e destes, cerca de 20% são portadores de HAS resistente (HAR). Essa interação parece ser explicada pela hiperatividade simpática na AOS. Nesse sentido, considerando que a pressão positiva contínua (CPAP) é o tratamento de base para a AOS, surge a necessidade de avaliar seus efeitos sobre a HAR. Objetivos: Analisar o impacto na redução da pressão arterial (PA) e no prognóstico cardiovascular de pacientes que apresentam AOS e HAR.  Métodos: Revisão de 25 artigos encontrados nas bases de dados PubMed e Google Scholar, a partir dos descritores “Obstructive sleep apnea”,  “Resistant hypertension", “CPAP" e “Blood pressure”, utilizando os filtros idioma inglês, publicação nos últimos 15 anos e estudos dos tipos ensaio clínico, meta-análise e revisão sistemática.   Resultados e discussão: As pesquisas mostraram que, em intervenções de até 6 meses, há redução modesta, porém estatisticamente significativa, sobre os níveis pressóricos de 24 horas com o uso do CPAP. Embora alguns resultados tenham sido antagônicos ao mostrar alterações não significativas e maior impacto do dispositivo sobre a PA noturna, a maior parte dos ensaios clínicos mostraram que essa diminuição aparenta ser mais importante durante a vigília. Além disso, um estudo mostrou redução de troponina e de peptídeo natriurético cerebral. Conclusão: Foi possível compreender que o CPAP é uma forma eficaz de tratamento da AOS e pode ter efeito benéfico sobre a PA, especialmente em portadores de HAR e quando associada à terapia anti-hipertensiva farmacológica otimizada. Contudo, salienta-se a necessidade de estudos com amostras maiores e com maior tempo de seguimento a fim de verificar a persistência da redução da PA e determinar com precisão os efeitos no prognóstico cardiovascular

    Aspectos nutricionais na Anemia falciforme: Uma revisão integrativa

    Get PDF
    Introdução:  A anemia falciforme (AF) é uma doença autossômica recessiva causada por uma mutação no gene da globina β, originando a hemoglobina S, que possui o formato de foice, aumentando a propensão à hemólise. Dessa forma, os mecanismos da AF criam um estado de estresse oxidativo sistêmico, e os  níveis de antioxidantes enzimáticos e de não enzimáticos são reduzidos. Estes últimos, são provenientes da dieta como, as vitaminas E e C, β-caroteno e o retinol plasmático, que são deficientes nos glóbulos vermelhos. Ademais, notou-se que outros micronutrientes também relacionam-se com a doença,  como o ácido fólico, a piridoxamina, a vitamina D e o zinco, além da demanda energética e do nível de hidratação corporal. Objetivos: Revisar estudos envolvendo a fisiopatologia da AF e aspectos nutricionais associados, discutindo a relação entre essa doença e a demanda energética, a hidratação e a ingestão de micronutrientes. Métodos: Revisão integrativa de 46 estudos da base de dados PubMed e SciELO, nos idiomas inglês e Português, utilizando como palavras-chave “sickle cell disease”, “energy”, “hydration” e “micronutrient”. Resultados: Os resultados encontrados foram relativos aos estudos sobre os micronutrientes na AF. Em relação à vitamina D, foi observado que a dor crônica pode estar associada a níveis menores dessa vitamina na AF. Quanto à vitamina A, o grupo que recebeu o dobro da dose recomendada obteve níveis significativamente maiores de retinol. A suplementação de vitamina C aumentou a concentração plasmática, os níveis de marcadores de hemólise e a contagem de reticulócitos. Os indivíduos normais HbAA apresentaram níveis séricos de zinco significativamente maiores do que indivíduos com AF em crise dolorosa aguda. Ademais, notou-se que os pacientes com AF dependentes de transfusão de sangue apresentaram expressão gênica de hepcidina menor do que os controles. Por fim, foi verificado que crianças com AF e suplementadas com folato apresentaram, em estado de equilíbrio, níveis maiores que o grupo controle, enquanto aquelas em estado de crise dolorosa tiveram concentrações menores. Conclusão: A fim de identificar os efeitos carenciais e as vantagens e desvantagens da suplementação de micronutrientes em pacientes com AF são necessários novos estudos comparativos com amostras mais abrangentes
    corecore