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Dissecção aguda de aorta: fisiopatologia, manifestações clínicas e manejo terapêutico / Acute aorta dissection: pathophysiology, clinical manifestations and therapeutic management
A dissecção de aorta se baseia em uma patologia onde a parede interna do vaso é exposta ao lúmen em virtude de vários fatores de risco, como: hipertensão, alterações cardiovasculares e malformações de valva aórtica. Tal exposição se deve, mediante achados histológicos ao longo do processo de cisalhamento da artéria, à degradação da matriz extracelular envolvendo depleção de células musculares lisas bem como a fragmentação de fibras elásticas e degradação de colágeno. Somado a esta sequência de eventos, o processo inflamatório desencadeado auxilia na liberação de substâncias pró-inflamatórias que resultam na destruição do vaso sanguíneo, comprometendo as estruturas colágenas e o consumo da elastina. Embora a radiografia e o ecocardiograma apresentem uma baixa sensibilidade e especificidade na apresentação da dissecção, estes exames são a primeira abordagem em um paciente com suspeita, além de serem os mais práticos e mais baratos. No entanto, o grau de acurácia da tomografia computadorizada permite a avaliação minuciosa da afecção. Dessa forma, para reparar o rompimento da íntima e média, em alguns casos até a adventícia, é necessário a administração de cardioprotetores, hipotensores e cirurgia com o objetivo de restaurar a complacência arterial, sobretudo no ponto de descontinuidade da camada do vaso no segmento acometido
Indicações da fundoplicatura para o tratamento da doença do refluxo gastroesofágico / Indications of fundoplicature for the treatment of gastroesophageal reflux disease
A doença do refluxo gastroesofágico (DRGE), causada por um distúrbio do esfíncter esofágico inferior (EEI), é uma patologia comum em todo o mundo. O esôfago é dividido em porção cervical, torácica, diafragmática e abdominal, tendo, no hiato diafragmático, o esfínter esofágico inferior. O enfraquecimento dessa estrutura permite o refluxo do conteúdo gástrico, gerando sintomas típicos, como a azia, atípicos, como disfagia, e extraesofágicos, como tosse. O diagnóstico da DRGE é composto pela anamnese e exames complementares, caso necessário, como a endoscopia. Já o seu tratamento pode ser clínico ou cirúrgico, o primeiro é baseado em mudanças do estilo de vida e medicamentos, e o segundo é realizado através da fundoplicatura. Tal procedimento é indicado para pacientes que não respondem ao tratamento convencional ou que apresentem outras condições clínicas associadas. A fundoplicatura de Nissen é o padrão ouro da abordagem cirúrgica, entretanto existem outras técnicas, como a de Toupet e de Dor. Assim, apesar da abordagem cirúrgica ser a última linha do tratamento, ainda há pacientes que não obtêm melhora, o que chama a atenção para a necessidade de avaliação de novas técnicas. Nesse sentido, esse artigo buscou reunir informações que vão desde os aspectos inerentes à fisiopatologia até as suas condutas terapêuticas, dando ênfase à fundoplicatura que é o tratamento contemporâneo, padrão ouro