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    Condições bucais e o impacto na qualidade de vida de crianças e adolescentes em tratamento antineoplásico

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    Este estudo transversal buscou analisar as condições bucais e o impacto na qualidade de vida de crianças e adolescentes em tratamento antineoplásico. Examinadores treinados avaliaram 51 voluntários de 2 a 18 anos selecionados por amostragem censitária, diagnosticados com neoplasia. Avaliou-se: índice de cárie (ICDAS/CPOD-ceod) fluxo salivar e capacidade tampão, presença de placa bacteriana visível (IPV), índice de sangramento gengival (ISG) e entrevista sobre hábitos de higiene oral e dieta. O questionário PedsQL® 3.0 Módulo Câncer, dimensão saúde bucal, foi aplicado para analisar impacto da saúde bucal na qualidade de vida. Os dados foram analisados no software Bioestat® 5.1 mediante aplicação do teste T student e correlação Pearson com nível de significância de 5% (p<0,05). A maioria da amostra eram do gênero masculino (76,47%), com idade média de 8,6±4,53 anos, diagnosticados com leucemia (62,74%) tratando-se com quimioterapia (92,16%). Variáveis odontológicas com CPOD médio 7,12±6,09, IPV de 49,79%, ISG de 17,91%, hipossalivação (0,56±0,34ml/min) e baixa capacidade tampão (4,02±1,15). Indivíduos com nível socioeconômico mais baixo apresentaram maior acúmulo de biofilme (p<0,05). O escore médio (83,43) do PedsQL® 3.0 mostrou baixo impacto da saúde bucal na qualidade de vida. Existiu correlação entre a prevalência de cárie e o impacto na qualidade de vida (Pearson, r= - 0,54; p= 0,0000). As crianças e adolescentes participantes da pesquisa não possuíam boa saúde bucal: hipossalivação, baixa capacidade tampão e acúmulo expressivo de placa bacteriana, fatores que aumentam o risco de desenvolvimento de doenças bucais como: cárie dentária, doença periodontal e mucosite oral, situações que podem interferir no estado de saúde geral do paciente, através do desenvolvimento de bacteremia e sepse, repercutindo negativamente no desenvolvimento e tratamento do câncer. Mesmo diante de precariedade das condições bucais, as respostas, coletadas pelo instrumento PedsQL 3.0 Módulo câncer, expressaram que a saúde bucal, com exceção da presença de cárie, não influenciou na qualidade de vida das crianças e adolescentes em tratamento antineoplásico. Torna-se necessária a implantação de estratégias educativas para melhor informar pacientes e cuidadores quanto a importância dos cuidados bucais, durante e depois do tratamento antineoplásico, para minimizar os efeitos adversos da doença e do seu tratamento

    Análise da relação entre vaginose bacteriana e doença periodontal como fator de risco de parto prematuro e recém-nascido de baixo peso

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    Este estudo transversal objetivou analisar a relação entre infecção ginecológica por Vaginose Bacteriana (VB) e Doença Periodontal (DP), em mulheres gestantes, com o risco de trabalho de parto prematuro (TPP) e recém-nascido de baixo peso (RNBP). Foram avaliadas 36 gestantes recrutadas por amostragem censitária na maternidade de um Hospital Universitário de Alagoas, admitidas em trabalho de parto ou para tratamento de enfermidades que evoluíram para parto pré-termo ou a termo. Dados ginecológicos, obstétricos, perinatais e do RN foram coletados seguindo cartão de pré-natal. A VB foi diagnosticada pela medida do pH vaginal, microscopia a fresco e bacterioscopia pelo gram. Aplicou-se entrevista relacionada à percepção sobre os hábitos de higiene bucal das gestantes. A avaliação odontológica consistiu na aplicação de Índice Periodontal Comunitário (IPC) e Índice de Placa Visível (IPV). Observou-se associação entre TPP e RNBP (p<0,0001). As mulheres que tiveram amniorrexe prematura mostraram maior chance de ter RNBP (p=0,04). VB não teve relação com TPP e RNBP (p>0,05). Nenhuma variável odontológica, inclusive DP apresentou relação com o surgimento de VB (p>0,05). Observou-se IPC médio 1,61±0,9 e baixo nível de acúmulo de placa bacteriano (1,22±0,75) com maiores níveis nas oriundas do interior (p=0,003). As gestantes com PP e RNBP apresentaram escores de IPC mais severos (2,00±0,77). Não se encontrou relação entre VB e doença periodontal como fatores de risco para prematuridade e baixo peso ao nascer
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