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Tratamento paliativo precoce no Brasil: dentre casos isolados, um relato
A revista The Economist publicou o ranking “Quality of Death Index”, em 2015, cravando que o Brasil é o pior país para se morrer. Diante deste cenário, os cuidados paliativos são extremamente importantes por ampararem o paciente fora da possibilidade de cura e os indivíduos envolvidos nesse sistema. Recentes publicações científicas demonstraram, ainda, a relação diretamente proporcional entre o precoce início dos cuidados paliativos com retorno positivo do plano terapêutico e com o aumento da qualidade de vida do paciente. Como objetivo, buscou-se analisar a experiência de uma paciente sob cuidados paliativos iniciado em uma Unidade Básica de Saúde do município de Sinop-MT e caracterizar a importância desse sistema no planejamento dos cuidados multiprofissionais. Quanto aos métodos, utilizou-se relato de experiência através de um estudo de caso. No relato de experiência, a paciente VR, feminina, 84 anos, vítima de um acidente vascular encefálico (AVE) em sua casa, no mês de maio de 2019. Apresenta antecedentes de ser hipertensa e sedentária, associados ao sobrepeso e à idade avançada. Admitida no Hospital Regional da cidade, permanece na UTI por um mês, retorna para sua residência com seguimento pela equipe de atenção básica, realizado um plano terapêutico multidisciplinar imediato, para o cuidado de forma integral e alívio de sofrimento que atenda não só a paciente em si, mas também ao contexto psicossocial envolvido. Atualmente, obteve-se um controle das doenças de base e administração de medicação conforme a necessidade da paciente e o zelo quanto a polifarmácia. Em conclusão, o prévio início dos cuidados paliativos, simultaneamente com o plano terapêutico eficaz, gera um grande potencial de qualidade de vida e resposta clínica assertiva. Dessa forma, a complexidade da metodologia paliativa precoce, atrelada a uma equipe interdisciplinar, amortece os sintomas da moléstia acometida pelo paciente, amenizando o sofrimento, embasados em abordagem holística tanto da paciente quanto do seu entorno