2 research outputs found

    MACROALGAS MARINHAS EXÓTICAS NA COSTA BRASILEIRA: UMA REVISÃO

    Get PDF
    The introduction of exotic marine species is a recent concern in Brazil, and seaweeds are the least studied group. The first publications deal with intentional introduction of species for aquaculture. Recent papers focus on putative accidental introductions. In this review we summarize the existing knowledge about the presence of non-indigenous seaweeds on the Brazilian coast. Nevertheless, the labeling of a species as an exotic one can be a complex issue. Kappaphycus alvarezii and K. striatum were the only authorized and well documented intentional introductions in Brazil, aiming to carrageenan production. Caulerpa scalpelliformis, known from a large stretch of the northeast and east Brazilian coast, seems to have spread to Rio de Janeiro state and can be considered as the only invasive species in Brazil so far. Available data indicate that this species is impacting benthic communities on Ilha Grande Bay. In this same region, Laurencia caduciramulosa populations appeared in 2001 and begun to spread. Other introductions are mere suspicions: Anotrichium yagii and Dasya brasiliensis are suspected to be exotic for being conspicuous species not reported previously to well studied areas. Cladophora corallicola, Laurencia venusta, Pedobesia ryukyuensis, Porphyra leucosticta, Porphyra rizzinii and Porphyra suborbiculata, all reported on recent surveys and suspected to be newcomers, should rather be considered as cryptogenic because they may have been overlooked or misidentified on previous surveys.La introducción de especies exóticas marinas es un evento reciente en Brasil, en donde las algas son el grupo menos estudiado. Las primeras publicaciones trataron sobre la introducción intencional de especies para su uso en acuicultura, mientras que las más recientes versan sobre introducciones involuntarias. En este trabajo se revisa el conocimiento actual sobre la presencia de macroalgas no nativas en la costa de Brasil, teniendo en cuenta las dificultades propias al proceso de establecer a una especie como tal. Kappaphycus alvarezii y K. striatum son las únicas especies introducidas oficialmente al Brasil para la producción de carragenanos. Caulerpa scalpelliformis una especie presente a lo largo de la costa noreste del país, parece haber llegado recientemente al estado de Río de Janeiro, en donde se comportaría como una especie invasora, siendo la única que podría ser catalogada como tal en la actualidad. Otra especie que parece haber llegado recientemente a la misma región, es Laurencia caduciramulosa, que fue registrada por primera vez el año 2001. Además de estas especies hay algunas evidencias de que Anotrichium yagii y Dasya brasiliensis, actualmente conspicuas y comunes, pero no reportadas en trabajos anteriores, habrían llegado al Brasil en las últimas décadas. Otros casos son los de Cladophora corallicola, Laurencia venusta, Pedobesia ryukyuensis, Porphyra leucosticta, Porphyra rizzinii y Porphyra suborbiculata que han sido registradas recientemente, pero que no necesariamente serían especies exóticas pues son inconspicuas y de difícil determinación.A preocupação com a introdução de organismos exóticos é recente no país, especialmente no que diz respeito às algas. As primeiras publicações a tratarem de algas exóticas no Brasil tiveram como foco a introdução de espécies de interesse comercial, visando à maricultura, enquanto que publicações mais recentes abordaram introduções involuntárias. Nosso trabalho resume o que se sabe sobre a presença de espécies de macroalgas não-nativas na costa brasileira, enfatizando as dificuldades inerentes ao processo de reconhecer uma espécie como tal.  Kappaphycus alvarezii e K. striatum são as únicas espécies introduzidas oficialmente no país visando a produção de matéria prima para obtenção de carragenanas. Caulerpa scalpelliformis, uma espécie que está presente em larga faixa da costa nordeste do país, parece ter chegado recentemente na Ilha Grande (RJ), onde vem se comportando como espécie invasora, a única que poderia ser catalogada nesta categoria até o momento. Outra espécie que parece ter chegado recentemente na mesma região é Laurencia caduciramulosa, registrada pela primeira vez em 2001. Além destas existem algumas evidências de que Anotrichium yagii e Dasya brasiliensis, atualmente conspícuas e comuns, mas não registradas em trabalhos pretéritos, tenham chegado ao Brasil nas últimas décadas. Casos semelhantes são os de Cladophora corallicola, Laurencia venusta, Pedobesia ryukyuensis, Porphyra leucosticta, Porphyra rizzinii e Porphyra suborbiculata, todas registradas há pouco tempo mas não necessariamente exóticas, pelo fato de serem inconspícuas e de difícil determinação

    The marine macroflora of Abrolhos archipelago and Sebastião Gomes reef (Brazil)

    No full text
    Flora de macrófitas marinhas do Arquipélago de Abrolhos e do Recife Sebastião Gomes (BA). Apesar dos avanços crescentes ao conhecimento da flora de macrófitas marinhas (algas e gramas marinhas) da costa brasileira, desde os trabalhos seminais de A. B. Joly a partir da década de 1950, existem ainda regiões que não foram adequadamente amostradas. Este é o caso das formações recifais mais afastadas da costa. Do sul da Bahia ao norte do Espírito Santo, um grande alargamento da plataforma, conhecido como banco de Abrolhos, abriga a maior formação recifal do Atlântico Sul. Duas regiões dessa extensa área foram escolhidas como foco deste trabalho: i. o recife Sebastião Gomes, a 16 km da foz do rio Caravelas, emerso nas marés-baixas e sujeito a uma maior interferência de sedimentos terrígenos e impactos antrópicos de naturezas diversas e ii. o arquipélago de Abrolhos, a 70 km da costa, caracterizado por formações sedimentares soerguidas, rodeadas por sedimento carbonático de origem biogênica e águas com baixa turbidez e pouco afetadas pela ação do homem. Além destes dois ambientes incluímos em nossas amostragens algumas visitas a chapeirões gigantes típicos da região do bordo do parcel de Abrolhos. Complementarmente, sintetizamos o conhecimento taxonômico existente para esta região do litoral baiano. Não foram estudadas as formas calcárias não articuladas. Como resultado de nossa pesquisa identificamos 103 espécies de macrófitas no recife Sebastião Gomes, sendo 48% Rhodophyta, 26% Phaeophyceae, 25% Chlorophyta e 1% Magnoliophyta. Este resultado, somado aos dados da literatura totaliza 110 táxons para esta região. Nossos estudos adicionam 74 táxons para a flora deste recife, sendo 43 Rhodophyta, 13 Phaeophyceae, 18 Chlorophyta. Para o arquipélago de Abrolhos encontramos 149 espécies, sendo 59% Rhodophyta, 22% Phaeophyceae, 18% Chlorophyta e 1% Magnoliophyta. Somados aos dados da literatura chega-se a um total de 164 táxons para o arquipélago. Nossos estudos adicionaram 59 táxons à flora do arquipélago, sendo 33 Rhodophyta, 11 Phaeophyceae, 14 Chlorophyta e 1 Magnoliophyta. A flora marinha do arquipélago de Abrolhos se mostrou mais diversa do que a do recife Sebastião Gomes, possivelmente devido a uma maior diversidade de hábitats e, talvez, por ser uma área menos impactada e com menor turbidez. Em comparação com o conhecimento da flora marinha das principais formações oceânicas da costa brasileira observa-se, em ordem decrescente de riqueza específica: o arquipélago de Fernando de Noronha, o arquipélago de Abrolhos, o recife Sebastião Gomes, o atol das Rocas, a ilha de Trindade e os penedos de São Pedro e São Paulo. O trabalho descreve e ilustra os atributos mais importantes das espécies encontradas.The Marine Macroflora of the Abrolhos Archipelago and Sebastião Gomes reef (Brazil). Despite the considerable endeavor and advances in the knowledge of the macrophyte flora (seaweeds and seagrasses) on the Brazilian coast since the seminal works of A. B. Joly in the 1950s, there are still areas that have not been adequately sampled. This is the case of the reef formations along the coast. On the southern coast of Bahia there is a pronounced enlargement of the continental shelf known as the Abrolhos bank, which comprises the largest reef formation in the southern Atlantic. We selected two regions within the Abrolhos bank to focus our surveys: i. the Sebastião Gomes reef, 16 km off the mouth of the Caravelas river, and ii. the Abrolhos archipelago, a group of five small islands, 70 km off the coast. Sebastião Gomes reef is subjected to a larger anthropic impact and turbid water due to terrigenous sediments; the Abrolhos archipelago is surrounded by calcareous biogenic sediments, bathed by clear water and protected from human activities. Besides those two nuclear sampling sites we also got samples from some giant chapeirões, a unique reef formation, on the border of the archipelago. The nonarticulated calcareous red algae were not included in our surveys. As a result of our surveys we identified 103 species on Sebastião Gomes reef (48% Rhodophyta, 26% Phaeophyceae, 25% Chlorophyta and 1% Magnoliophyta). This, added to what was already known for this reef totalizes 110 species. Of those, 74 species correspond to first citations for this reef, being 43 Rhodophyta, 13 Phaeophyceae and 18 Chlorophyta. For the archipelago we found 149 spp. (59% Rhodophyta, 22% Phaeophyceae, 18% Chlorophyta and 1% Magnoliophyta). If we include the species that were reported to the archipelago by others, the flora amounts to 164 spp.. Our studies reported, for the first time to the archipelago, 59 taxa: 33 Rhodophyta, 11 Phaeophyceae, 14 Chlorophyta and 1 Magnoliophyta. The higher species diversity at the archipelago may be due to a higher ecological diversity and lower turbidity, but, perhaps also, to a lower human impact, what remains to be investigated. In comparison with other offshore islands and reefs along the Brazilian coast we have the following situation, in a decreasing order of species richness: archipelago Fernando de Noronha, Abrolhos archipelago, Sebastião Gomes reef, Rocas atoll, Trindade island and São Pedro & São Paulo islands. The work describes and illustrates the more relevant aspects of each species studied
    corecore